quarta-feira, 27 de março de 2013

O FILÓSOFO



Não percebi o que quis dizer, mas acho muito profundo…

Deliciem-se com este pensamento eloquente:

Eu quis aqui estar hoje porque, num tempo em que somos confrontados diariamente com a gestão da incerteza e a gestão das incógnitas, é importante que aqueles que têm responsabilidades públicas sejam capazes em cada uma das áreas de ter respostas concretas para o que é concreto e respostas objectivas para o que é específico”. (Fonte)

Só uma mente iluminada, como esta, se poderia pronunciar desta forma… A sua mente está para a filosofia assim como a sua voz (ouçam-no em "Grândola, vila morena") está para o canto lírico.

Enfim, é o que temos…!

sábado, 23 de março de 2013

CHEIRAM A MEDO…!



Marques Mendes, homem pequeno – que não é bailarino –, tem tentado esmerar-se nas considerações mais populistas que a sua capacidade intelectual tem permitido. Não se poderá chamar, como muitos o tentam fazer, de comentador; pois, para ser comentador deveria tecer comentários, críticas e demais apreciações sobre um evento, acontecimento ou tomada de atitude. Como este pseudo-comentador somente ficciona acontecimentos, futura eventos e prevê cenários fantasiosos não se poderá chamar de escoliasta. Também não o chamarei de vendedor de “banha-da-cobra”; não! O vendedor de “banha-da-cobra”, para poder ganhar uns tostões mais facilmente, limitava-se a sobrevalorizar um placebo como solução para todos os males… E não é isto que este homem pequenino – que não é bailarino – tenta fazer quando forja acontecimentos ou, mais grave ainda, sem saber das razões e dos porquês se transforma em porta-voz do poder instalado. Apelidá-lo-ei, tão-somente, de arauto da desgraça.

Porquê arauto da desgraça…?

- Porque, fruto do medo que se instalou nas hostes a que se arregimentou, propala o terror das penas supremas para quem não acatar os desígnios do “bem” – os preconizados pela “voz do dono”;

- Porque, qual pregador medievo ou do tempo da inquisição, anuncia as desgraças apocalípticas para quem não cumprir o que lhe está determinado;

- Porque – e vejam a mesquinhez – tem medo de perder (como irá acontecer, em breve) as prerrogativas que lhe deram… Sim, digo bem, “deram”; pois nunca teve capacidade de as conquistar.

Só assim compreendo a forma do discurso que apresentou no “Jornal da Noite” da SIC, em conversa com a Maria João Ruela, hoje, 23 de Março: Tem medo de José Sócrates… Mas não é o único…

Eles bem cospem para o ar e assobiam para o lado tentando disfarçar; mas o cheiro atraiçoa-os – cheiram a medo…!

Se não viram o vídeo da Opinião de Marques Mendes, na SIC, não perderam nada; se quiserem vê-lo na http://sicnoticias.sapo.pt/opiniao/2013/03/23/a-opiniao-de-marques-mendes, sigam as instruções… Os € 0,60 são com IVA incluído à taxa legal de 23%.



sexta-feira, 15 de março de 2013

METEM-ME NOJO…







Não temos líderes…!




Temos chefias políticas arregimentadas que mais parecem os sargentos dos séculos XVII e XVIII, os “agentes da autoridade” (PSP) do primeiro lustre do século XX ou os chefes de posto (GNR) do mesmo período…

Aos oficiais, de então, era necessário cultura, nobreza, dignidade e honra. Aos sargentos e demais representantes da autoridade bastava-lhes saberem ler, mesmo que não compreendessem o “escrito”. Grassava a iliteracia…

Todavia, quem sabia da guerra eram os sargentos, estes infatigáveis condutores de homens que não se limitavam a dar ordens – acompanhavam as ordens com o seu exemplo… Eram tão vítimas quanto os seus mandados.

Quando me refiro às chefias políticas arregimentadas e à sua aparente parecença com os sargentos e demais agentes da autoridade, não os quero comparar a esta nobre gente de antanho, mas tão-somente ao caricato dos personagens, porque estes quadros militares não merecem ser comparados com a estirpe de chefias políticas que proliferam no nosso país. Muito menos os posso equiparar com os analfabetos oficiais de outros séculos, porque a estes era-lhes exigido cultura, nobreza, dignidade e honra, que as nossas chefias políticas já deram provas de não possuir quaisquer destes predicados.

Não temos líderes – temos chefes opressores sem carácter…


Embora mandem… E exerçam o poder discricionariamente… Não lideram…!


São cínicos… Arrogantes… Mentirosos… Presunçosos… Despóticos…


…Metem nojo…!

sexta-feira, 8 de março de 2013

A TI, MULHER



 Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.


8 de Março de 2013

Escrevo-te, hoje, mãe, mulher, companheira, filha, sogra, nora… Escrevo-te, hoje, porque tenho de aproveitar a boa vontade daqueles que criaram um dia para ti – Mulher –, mesmo sabendo que até neste dia te desrespeitam.

A ti, mãe, que educaste os teus filhos nos princípios da liberdade e do respeito pelos outros e, agora, vês-te traída pela prática indecorosa que os teus filhos põem nos teus ensinamentos…

A ti, mulher e companheira, que vês o agradecimento dos teus sacrifícios quotidianos serem vilipendiados pela violência doméstica, já ébria dos álcoois do desencanto e fruto das expectativas goradas da escravidão do momento…

A ti, filha, que também és mãe, que te vês remetida às origens da casa materna, por ser o último recurso que te resta e aos teus filhos, depois da espoliação a que estes energúmenos do poder instituído te sujeitaram…

A ti, filha, que, a exemplo dos teus irmãos, viste ser roubado o sonho e o futuro imaginado – que para isso estudaste – e vives, não na recordação de bons tempos, mas na narração, para ti ficcionada, da utopia da tua mãe…

A ti, que és a nossa réstia de esperança, de conforto, de apoio, de combate, de repouso e de cura, não nos esqueças, como nós tantas vezes o fazemos pela troca viciosa dos momentos sem história.

Só reconhecendo o teu valor teremos coragem para mudar o mundo. És a nossa musa e a nossa força.

A ti mãe, mulher, companheira, filha, sogra e nora, um muito obrigado…!

A exemplo de todos os dias, hoje – 8 de Março – um bem haja muito especial…!

quinta-feira, 7 de março de 2013

IMBECIS, INCOMPETENTES… CRIMINOSOS





Mais do que imbecis e incompetentes, são criminosos.

Quem…?

-     Em primeiro lugar são os professores do PM-PPC que, se calhar cansados de o verem na universidade durante tantos e tantos anos, o foram aprovando nas diversas cadeiras que constituíam o curso de Economia (?);

-     Depois, quem lhe deu a oportunidade de forjar um currículo simulador de competências, convidando-o, mesmo sabendo da sua mínima valia, para desempenhar funções pomposas de "Administrador não Executivo"…;

-     Por último, "as sanguessugas do poder a qualquer preço" que criaram a "marioneta" que lhes permitiria reinstalar o sistema político saudoso do Estado Novo ou, quiçá, pior ainda – o Neo-liberalismo escravizante e destruidor do Estado Social.


Apesar disto tudo – que grande descaramento –, sabendo que não iria cumprir nenhuma das promessas que tinha feito ao eleitorado, quis dar um ar de respeitabilidade ao defender, antes de ajudar a deitar abaixo o governo socialista (em Novembro de 2010), a responsabilização civil e criminal dos culpados pelos maus resultados da economia do país. E disse mais: "se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções".


Senhor PM-PPC, está nas suas mãos cumprir este seu desejo… Feche-se numa cela (conjuntamente com os seus ministros) e lance fora as chaves. Nós encarregar-nos-emos de lhes dar sumiço, para que cumpram integralmente as suas penas e evitem piores males do que aqueles que, sem remédio, já fizeram a este povo, a esta nação e a este país.

Se não quiser encerrar-se numa cela, Emigre…! Nós não perdoamos, mas agradecemos…!



segunda-feira, 4 de março de 2013

PERDÃO DA DÍVIDA… ALEMÃ




Tão diferente que foi… Havia um sentimento de humanidade…

Hoje, esse sentimento de humanidade foi substituído pelas "Leis do Mercado", pela "Exploração do Homem" e pela "Subjugação dos Povos, das Nações e dos Países".

Fez 60 anos no passado dia 27 de Fevereiro que foi assinado o Acordo de Londres[i] sobre as dívidas alemãs.

Eis um pequeno resumo do conteúdo desse acordo[ii]:

1. Perdão de 50% da dívida;

2. Reescalonamento da dívida restante para um período de 30 anos. Para uma parte da dívida este período foi ainda mais alongado;

3. Condicionamento das prestações à capacidade de pagamento do devedor;

4. O acordo de pagamento visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento;

5. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos;

6. O valor dos montantes afectados ao serviço da dívida não poderia ser superior a 5% do valor das exportações;

7. A grande preocupação foi gerar excedentes para possibilitar os pagamentos sem reduzir o consumo. Como ponto de partida, foi considerado inaceitável reduzir o consumo para pagar a dívida;

8. Outra característica especial do acordo de Londres de 1953, que não encontramos nos acordos de hoje, é que no acordo de Londres eram impostas também condições aos credores – e não só aos países endividados. Os países credores obrigavam-se, na época, a garantir de forma duradoura a capacidade negociadora e a fluidez económica da Alemanha;

9. Uma parte fundamental deste acordo foi que o pagamento da dívida deveria ser feito somente com o superavit da balança comercial. O que, "trocando por miúdos", significava que a RFA (República Federal Alemã) só era obrigada a pagar o serviço da dívida quando conseguisse um saldo de divisas através de um excedente na exportação, pelo que o Governo alemão não precisava de utilizar as suas reservas cambiais.

O Acordo de Londres de 1953 sobre a divida alemã foi assinado em 27 de Fevereiro, depois de duras negociações com representantes de 26 países, com especial relevância para os EUA, Holanda, Reino Unido e Suíça, onde estava concentrada a parte essencial da dívida.
A dívida total foi avaliada em 32 mil milhões de marcos, repartindo-se em partes iguais em dívida originada antes e após a II Guerra. Os EUA começaram por propor o perdão da dívida contraída após a II Guerra. Mas, perante a recusa dos outros credores, chegou-se a um compromisso. Foi perdoada cerca de 50% (Entre os países que perdoaram a dívida estão a Espanha, Grécia e Irlanda) da dívida e feito o reescalonamento da dívida restante para um período de 30 anos. Para uma parte da dívida este período foi ainda mais alongado. E só em Outubro de 1990, dois dias depois da reunificação, o Governo emitiu obrigações para pagar a dívida contraída nos anos 1920.

O acordo de pagamento visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento.

O acordo adoptou três princípios fundamentais:

1. Perdão/redução substancial da dívida;

2. Reescalonamento do prazo da dívida para um prazo longo;

3. Condicionamento das prestações à capacidade de pagamento do devedor.

O pagamento devido em cada ano não pode exceder a capacidade da economia. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos. O valor dos montantes afectados ao serviço da dívida não poderia ser superior a 5% do valor das exportações. As taxas de juro foram moderadas, variando entre 0 e 5 %.
A grande preocupação foi gerar excedentes para possibilitar os pagamentos sem reduzir o consumo. Como ponto de partida, foi considerado inaceitável reduzir o consumo para pagar a dívida.

O pagamento foi escalonado entre 1953 e 1983. Entre 1953 e 1958 foi concedida a situação de período de carência, durante a qual só se pagaram juros.

Outra característica especial do acordo de Londres de 1953, que não encontramos nos acordos de hoje, é que no acordo de Londres eram impostas também condições aos credores – e não só aos países endividados. Os países credores obrigavam-se, na época, a garantir de forma duradoura, a capacidade negociadora e a fluidez económica da Alemanha.

Uma parte fundamental deste acordo foi que o pagamento da dívida deveria ser feito somente com o superavit da balança comercial. O que, "trocando por miúdos", significava que a RFA só era obrigada a pagar o serviço da dívida quando conseguisse um saldo de divisas através de um excedente na exportação, pelo que o Governo alemão não precisava de utilizar as suas reservas cambiais.

EM CONTRAPARTIDA, os credores obrigavam-se também a permitir um superavit na balança comercial com a RFA – concedendo à Alemanha o direito de, segundo as suas necessidades, levantar barreiras unilaterais às importações que a prejudicassem.

Hoje, pelo contrário, os países do Sul são obrigados a pagar o serviço da dívida sem que seja levado em conta o défice crónico das suas balanças comerciais.



[i] Um acordo que garantia a não redução do consumo interno ou a chave do crescimento económico, portanto a salvaguarda do nível de vida dos cidadãos. Exactamente o contrário do que hoje acontece em Portugal. O consumo interno é hoje um palavrão nalgumas bocas portuguesas, seja embora, de acordo com as leis da economia, o motor de uma economia. Haveria, pois, economistas nas equipas que negociaram o acordo, para além dos habituais "politico-filósofos".

[ii] De um texto de João S. Baêna

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O POVO É QUEM MAIS ORDENA…



QUE SE LIXE A TROIKA


 Porque não se fala na Revolução Islandesa…?

Porque, como se poderá ver no filme seguinte, a força de um povo vale mais que os interesses privados do resto do mundo, e, segundo o interesse do capital e da alta finança, não convém que este conhecimento se generalize.




Soubemos fazer uma revolução contra ditadores apoiados por uma enorme força repressiva… Foi um exemplo para o Mundo; a ela seguiram-se, quase de imediato, a revolução espanhola e muitas mais "Primaveras de Liberdade"

Será que meia dúzia de incompetentes irresponsáveis poderá continuar a amedrontar e a depauperar um povo com tão grandes pergaminhos formados na sua História de quase nove séculos…?

Se esta gente que nos rege já se amedronta com meia-dúzia de cidadãos a cantarem a "Grândola vila morena", quão amedrontados não ficarão com o País em uníssono a exigir a sua demissão [que, para outros, será renúncia]…?

Não precisamos de exemplos externos para sabermos que a união faz a força e que a força dos trabalhadores é o seu número; todavia, podemos reconhecer que, quando um povo quer, nada se lhe consegue opôr e a vitória é certa.

A força de um povo vale mais que os interesses privados do resto do mundo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PESTE GRISALHA



"A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha" - Carlos Peixoto

Na sequência do meu post de ontem, um amigo fez-me chegar, via e-mail, algumas considerações e depoimentos que se solidarizam com a minha manifesta indignação relativa à responsabilidade da minha (neste caso, nossa) geração ter permitido que pessoas como Carlos Peixoto tenham chegado a deputados.

Quem é Carlos Peixoto…?


Carlos Peixoto é um advogado, deputado do PSD, que teve o descaramento e a falta de respeito de apodar de Peste Grisalha a geração que lhe permitiu ser livre (de dizer asneiras) e lhe garantiu a possibilidade de estar sentado num lugar superiormente digno – mas que até aceita a mais genuína incompetência se para tal for eleita (como no caso vertente).

Que fez Carlos Peixoto…



Carlos Peixoto resolveu mimosear o povo com a sua opinião sobre o envelhecimento do país. Sem se preocupar com o facto de, muito naturalmente, ainda ter familiares vivos – lúcidos, hábeis, úteis e necessários –, produziu, através do Jornal I, esta aviltante frase lapidar: "A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha".

Por outro lado, Carlos Peixoto indigna-se, "pela primeira vez na nossa história a fasquia dos 100 mil nascimentos ano não foi este ano atingida. Ficámo-nos pelos 90 206, o que representa um decréscimo alarmante".


Que deveria fazer Carlos Peixoto…?

Carlos Peixoto deveria vacinar-se imediatamente contra esta peste. Deste modo evitaria chegar àquela idade – a idade do saber – ficando-se pelo caminho e na ignorância que nos demonstrou ser possuidor.

Deveria, também, cumprir a sua obrigação para com o dever inalienável de aumentar a natalidade… Ou não deixe sair os emigrantes…

Como…?

Pergunte à geração "empestada". Ela explica:

1º Essa geração da peste grisalha aumentou a natalidade e com segurança nos nascimentos…

2º Essa geração da peste grisalha foi imigrante e emigrante; assim sendo, deu filhos aos países onde eram emigrantes e aumentou a natalidade no País donde foi imigrante.


Enfim, senhor doutor cumpra o seu dever, se souber…!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A MINHA GERAÇÃO




Será que a minha geração ainda tem tempo…?



Foi a minha geração que, enquanto juventude, foi condenada a "carne para canhão" na guerra colonial.

Foi a minha geração que, quando jovem, estava estigmatizada a que lhe retirassem o futuro.



Foi a minha geração que do nada fez esperança.



Foi a minha geração que emancipou este país e lhe devolveu a dignidade que, havia muito, lhe tinha sido roubada – fez o 25 de Abril de 1974.

Foi a minha geração que criou acordos de solidariedade e garantias de aposentação dignas para os mais necessitados e para os idosos.

Foi a minha geração que acautelou o tão falado estado social (nem mesmo o estado novo teve a coragem de o atacar frontalmente).


Mas… infelizmente, também:

Foi a minha geração que pariu a geração que nos governa.

Foi a minha geração que não soube ou não quis impedir a conquista dos aparelhos dos partidos políticos pelas Juventudes Partidárias, as quais desregradamente assumiram a conquista do poder.

Foi a minha geração que, não querendo educar as J's, se acomodou (pois precisava delas para as campanhas) e, desleixando-se, votou na incompetência, na canalhice, na ganância e na má-fé destas "juventudes pretensiosas".

Foi a minha geração que permitiu aos cobardes o exercício da opressão, porque não soube ou não quis consolidar a verdadeira democracia.


Só espero que a minha geração – a quem tentam presentemente roubar o futuro e a dignidade –, numa réstia de coragem, consiga evitar a tragédia iminente.

Espero que a minha geração decida o que fazer no próximo dia 2 de Março.



Talvez ainda haja tempo…

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

É TEMPO DE DESPERTAR



De que vale a denúncia das evidências dos crimes praticados pelos nossos actuais governantes se, logo a seguir, à laia de explicação, se justificam e nos entram pela casa dentro, através dos seus subservientes órgãos de comunicação, com um ar de santidade inquestionável, achincalham-nos de estúpidos, povo terceiro-mundista, atrasados mentais, idiotas e tudo o mais que a chispa da ignomínia arremessada pelos seus olhares nos querem dizer…?

E nós calamos…!

De que vale percebermos as intrigas mal urdidas por esses aprendizes de feiticeiro, que visam a nossa destruição, se calma e disciplinadamente nos encaminhamos, sob as suas ordens, para o matadouro – quais cordeiros a imolar em sacrifício – consentindo as suas arbitrariedades?

E nós calamos…!

De que vale carpirmos o arrependimento por termos contribuído para a "eleição", consolidada em vãs promessas, destes flagiciosos arregimentados em quadrilha que pretendem destruir-nos?

E nós calamos…!

Penso que já todos nos apercebemos do nosso mortal destino e do triste futuro a que estamos condenados se nada fizermos…

Já sentimos a nossa força no 15 de Setembro de 2012.

É tempo de fazer algo mais do que simplesmente dizer basta.

É tempo de parar as imbecilidades e irresponsabilidades deste bando de cretinos, sob pena de contribuirmos para que cavem a sepultura dos nossos próprios filhos, pois a nossa já a foi feita.

É tempo de despertar…!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A VIDA


Será este o sentido da Vida...?


Não! Este é o Ciclo da Vida...

O sentido da vida andam a tentar roubá-lo...



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Proposição alternativa disjuntiva… ou a arte de enganar o povo



Diz o povo, no seu saber milenar, que "um homem pequenino ou é velhaco ou bailarino". O saber experimentado do povo permite fazer tal afirmação. É uma proposição que, neste caso, configura uma "regra geral" relativa à apreciação da dimensão física de cada indivíduo e relacionada com as suas apetências (e competências) ou capacidades.

Marques Mendes, homem de baixa estatura física, poderá ser uma ilustração deste aforismo. Aparece com regularidade – mais do que seria desejável – na televisão (TVI) ora como arauto para as más notícias, ora como simples intérprete das alcoviteirices que lhes são solicitadas pelos membros do governo ou correligionários partidários. Fá-lo de tal maneira que sugere a arte da revolução nos palcos ao som da música – o bailado; e, um homem, apesar de baixa estatura, que seja intérprete de bailado é um Bailarino.

Ora, o adágio popular, na sua versão original, apresenta-se como uma enunciação alternativa disjuntiva. Concluindo que a referida personagem televisiva é bailarina, levar-me-ia a excluir a primeira alternativa do ditado popular. Todavia, penso que, neste caso e com esta pessoa, há uma excepção à regra: deixa de ser uma proposição alternativa disjuntiva para passar a ser uma proposição copulativa.


…é velhaco e bailarino!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

UM JÁ LÁ VAI…



Carlos Mulas Granados é um dos coautores do estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal, no qual são feitas sugestões para a reforma do Estado e para o corte de 4000 milhões de euros, como pode ler-se no Expresso online.

Espero que este senhor não cobre os seus serviços à percentagem, porque, se assim fosse, o pseudo-estudo seria muito superior a 4000 milhões de euros.

Bem… Não interessa. Neste momento o que é importante é que um já lá vai… Não do FMI, mas de uma Organização digna e respeitável – Fundação Ideas, ligada ao PSOE.

Digo digna porque soube agir em conformidade, expulsando um ganancioso indigno e usurpador da dignidade; qualifico-a de respeitável porque soube amputar-se de uma aparente mais-valia (embora desonesta), para poder com honra prosseguir nas suas funções.

Num comunicado, a Fundação Ideas explica, entre outras coisas, que considera que este caso representa uma "gravíssima quebra de confiança" naquele que foi, até então, director da Ideas.

Se todas as Organizações que intervêm a nível mundial no destino dos povos tivessem um mínimo da dignidade e honra que a Fundação Ideas demonstrou, estaríamos agora a assistir ao despedimento do Senhor Mulas Granados do FMI.
Poderemos iludir-nos, pensar alto e perguntar: Um já lá vai; será que em breve irão todos os outros que se sujeitam a estas vilanias…?

Penso que não. Porque, se assim fosse, restar-nos-ia a esperança de ver corridos de forma dura e exemplar os mandantes (no nosso caso o governo de Passos Coelho) destes sabujos vampiros que, a troco de umas gotas de sangue, vendem a sua alma; ou, antes, o que lhes resta da dignidade, porque alma… alma já não têm.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A NECESSIDADE DE REPRESENTAR… E SER OUVIDO



Os espectadores estavam inquietos nos seus lugares. Mexiam-se, inconfortáveis, com uma frequência pouco usual que aquela Sala de Teatro já não estava habituada a sentir; até porque já há tempo em demasia que as peças de qualidade duvidosa por esta sala "assentavam arraiais".

O público frequentador desta Sala era quase sempre o mesmo em todas as representações que ultimamente ali apareciam. Na falta de qualidade cultural ou de credibilidade artística, as pessoas acomodavam-se às rotinas adquiridas – eram frequentadores habituais da Sala de Teatro.

A Peça, a exemplo das últimas que ali foram representadas, era protagonizada pelos mesmos canastrões: Pedro Coelho e Gaspar.

Desta vez, talvez porque no seio da própria companhia reina a discórdia, o Ponto ("criador" das deixas para os autores) foi súbita e anormalmente assumido pelo pivô dos saltimbancos: Selassié.

Este nome ficou na história, mas não é a mesma individualidade. O mais conhecido – Hailé Selassié – foi imperador da Etiópia; o "nosso" Ponto integra uma companhia de saltimbancos…

Já quase tudo era admitido naquela sala de teatro. Mesmo assim o público estava mais instável do que era costume. Esta instabilidade manifestada pela plateia contagiava os próprios canastrões protagonistas. O da voz bem timbrada quase que não se ouvia e a voz tremia-lhe; o outro, o da conversa mais pausada, inexplicavelmente atropelava as palavras e estas, deficientemente, saíam-lhe em catadupas.

Mas, eis senão quando, o Ponto (o senhor Selassié) salta para Cena e com o mais seráfico dos sorrisos, recita – ele próprio – ignorando a Didascália, o enredo e a própria peça, começa a recitar (qual canastrão protagonista e convencido):

Os cortes na despesa no Estado Social, entenda-se, são melhores que aumentos de impostos, embora coexistam. Estes cortes deixam "ao estimado público" a escolha entre morrer de fome, morrer de peste ou enforcar-se. Morrer de morte natural ou de velhice e com dignidade é que nunca mais acontecerá…

Entretanto, cá fora na rua, o temporal exercitava-se, com o vento rugindo e a chuva ensopando quem não se tinha refugiado na Sala de Teatro. E, talvez porque as pessoas no exterior da Sala de Teatro não tenham ouvido o senhor do Ponto (Selassié), ninguém se matou.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ORGULHOSAMENTE SÓS…!



Os juros do resgate


Medeiros Ferreira escreveu no seu blog, relativamente a "os juros do mercado": "a República da Irlanda financiou-se por estes dias 'nos mercados' a taxas inferiores às oferecidas pela troika àquele país. Eis um dado a ter em conta, caso a tendência se mantenha, e alastre aos outros países sob 'assistência' como tudo parece indicar…" (negritos e sublinhados meus).

Seria uma boa notícia e, aí sim, poderíamos "ver a luz ao fundo do túnel". Infelizmente para nós portugueses não passa de uma ilusão; é que nós estamos a ser governados sob um Programa do FMI, temos como Primeiro-ministro Passos Coelho e como Dono da Obra Victor Gaspar. Para além de tudo isto, a verdade é um bem escasso que não existe neste governo.

Houve um interregno de trinta e oito anos, mas, agora, continuamos orgulhosamente sós…!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

É COM A INSINUAÇÃO E A MENTIRA QUE SE GOVERNA…



O Jornal de Negócios chocou a opinião pública com a sua manchete altamente difundida pela rádio e pela televisão.

Porquê…?

Para quê…?



Como escreve Estrela Serrano no seu blog "Vai e Vem": "O FMI agradece a colaboração de ministros e secretários de Estado na elaboração do “estudo”, isto é, o governo não só o encomendou como participou nele activamente".

Repare-se nos agradecimentos feitos aos ministros e secretários de Estado que o "pretenso" relatório faz no seu prefácio o qual, apesar de ter a indicação de "FOR OFFICIAL USE ONLY" na primeira página, o Jornal de Negócios se encarregou (prestando um favor ao Governo) de "alarmar" a população com a "tragédia iminente" – mais catástrofes para Portugal, se não se cumprir o anunciado:

In drafting this report, the team benefited greatly from discussions with Ministers and/or State Secretaries from all 11 ministries as well as their staffs, and with various representatives of other organizations. Specifically, the mission met with Ministers of State Vítor Gaspar (Finance) and Paulo Portas (Foreign Affairs); Ministers José Pedro Aguiar Branco (National Defense), Miguel Macedo (Internal Administration), Paula Teixeira da Cruz (Justice), Álvaro Santos Pereira (Economy and Employment), Assunção Cristas (Agriculture, Sea, Environment, and Spatial Planning), Paulo Macedo (Health), Nuno Crato (Education and Science), and Pedro Mota Soares (Solidarity and Social Security); and Secretaries of State Carlos Moedas (Prime Minister’s Office) and Paulo Simões Júlio (Minister Assistant of Parliamentary Affairs). The mission team greatly benefitted from the guidance provided by State Secretaries Luís Morais Sarmento and Helder Rosalino of the Ministry of Finance, and Miguel Morais Leitão of the Ministry of Foreign Affairs. The team would like to express its sincere appreciation for the excellent discussions and feedback provided by the government officials it met with. It would like to express its gratitude to the staff of ESAME for its outstanding coordination and logistical help during the team’s stay in Lisbon. [pág. 5 do pretenso "Relatório" do FMI – Negritos e sublinhados nossos]

A RTP alertou, de imediato que o "Plano do FMI defende mais despedimentos e cortes em salários e pensões":




Atente-se, também na preocupação que a divulgação do “relatório” provocou em pelo menos parte do governo e da maioria. Repare-se nas reacções comprometidas dos ministros Mota Soares e Aguiar Branco em declarações na TVI24, que se pode ver aqui

Este pequeno vídeo é relevante e sintomático.

A divulgação deste pretenso "Relatório" obedece a intenções pouco confessáveis.

Concordo com Estrela Serrano quando denuncia que "a estratégia de divulgação deste 'relatório' no momento em que se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento de Estado é, no mínimo, indecorosa. Acrescentar mais medo e insegurança aos portugueses quando ainda nem sabem quanto vão receber este mês é incompetência política e insensibilidade social".

Isto não é somente incompetência…



Veja-se o que escreve a Presseurop, relativamente ao "relatório":

"A receita do FMI para cortar 4 mil milhões
No início de 2013, o FMI apresentou uma longa lista de recomendações para reformar o Estado Português e atingir os cortes necessários de quatro mil milhões de euros na despesa. O relatório 'Rethinking the State – Selected Expenditure Reforms Options' [Repensar o Estado – Seleção de Despesas e Opções de Reformas], encomendado pelo Governo, e a que o Jornal de Negócios teve acesso, o FMI diz que o Estado português precisa de 'reformas inteligentes', sugerindo como prioridade os cortes com pessoal e salários nos setores da Educação, Saúde e Forças de Segurança. O Fundo propõe um aumento das taxas para os doentes que usam o Serviço Nacional de Saúde, cortes nas pensões de reforma e também a dispensa de 50 mil professores".

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

REFUNDAR PORTUGAL



Não sei quem teve esta ideia peregrina: "Formar 1700 cidadãos para prestarem informações sobre os cidadãos e para os cidadãos"…

Criou-se uma escola de Bufos…!

Sabemos que, segundo o chefe da repartição de programas especiais da GNR, o major Fonseca (em entrevista à Antena 1), "a GNR está a dar formação a civis para servirem de interlocutores junto da população. De norte a sul do país já foram formadas cerca de 1700 pessoas, autarcas, padres, agentes de IPSS, que junto das populações vão ajudar a promover acções de sensibilização e prevenção das forças policiais".

Será mais um passo para refundar Portugal?

Se é, o resultado já tinha sido inventado no Estado Novo… Só que, agora, a GNR dá formação. Resta saber se é remunerada e se obedece a mais uma estratégia de combater o desemprego…

Ao que chegámos…!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SERÁ ILITERACIA, CONTÁGIO OU MÁ SINA…?


Não somos dois…


Passos disse à TSF que o "Pedro" do Facebook e o PM são a mesma pessoa (quem diria…?):

«Nós não somos duas pessoas, eu sou primeiro-ministro e também sou cidadão. E apesar de não utilizar o mesmo registo quando falo com a minha família ou com os meus amigos ou quando falo com os cidadãos, na minha qualidade de cidadão também, que muitas vezes uso quando falo como primeiro-ministro, isso não significa que diga coisas diferentes», afirmou Passos Coelho.

«Posso dizer de maneira diferente, mas não digo coisas diferentes», reforçou com uma "belíssima" voz de barítono (ver e ouvir aqui).


Está bem. Acreditamos.

É diferente (para melhor) e com uma construção frásica bastante mais evoluída em relação a esta de uma figura imaginária:

Nós não ser dois pessoa, mim ser promêro menistro e também ser gente. E apesar de não utilizar os mesmo registo quando falo com os meu família ou com meus amigo ou quando falo com gente, eu que também sou gente, que muitas vez uso quando falo como promêro menistro, isso não quer dizer que digo coisa diferente.

Posso dizer diferente, mas não digo coisa diferente.

Nós não semos estúpido. Semos é um pouco burro…


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

LEALDADE NÃO DEVERIA SER SINÓNIMO DE IRRACIONALIDADE




Queria descansar um pouco das "escritas", das críticas e chamadas de atenção; queria, ainda, repousar da obrigação a que me impus de comentar, alertar ou, tão-somente, indignar-me publicamente. E foi por isso que tentei passar um mês sem escrever qualquer post. Em vão…! É de tal maneira galopante e incongruente a asneira e a estupidez de quem nos governa que inviabilizou o período que tinha optado para descansar.

Nem sequer falei das férias em Hotel de luxo do ministro Miguel Relvas, pois, está-se a ver, não eram férias – era trabalho. Só não sabemos a quem servia…

Porém, quando fui confrontado com as diversas declarações, opiniões e entrevistas de Teresa Leal Coelho ao longo dos três últimos dias, não resisti: interrompi o meu repouso…!

Teresa Leal Coelho, vice de Passos, manifesta "discordância absoluta" com a ideia de Cavaco sobre a crise económica. O impacto da mensagem do Presidente é considerado no Governo "muito mau, cá dentro e lá fora", relata o Expresso. E continua:

"Não acompanhamos o Presidente da República na ideia da espiral recessiva. Discordamos em absoluta dessa ideia", afirmou Teresa [que é] Leal [ao] Coelho.

A deputada e vice-presidente de Passos Coelho no PSD lembra, ainda, que "as projeções do Governo (um crescimento de -1%) não são muito diferentes da expetativa dos organismos oficiais (-2%)".

Claro que não são muito diferentes… São o dobro…

Quanto às dúvidas levantadas pelo Presidente sobre a constitucionalidade de alguns artigos do Orçamento de Estado, Teresa [que é] Leal [ao] Coelho diz que aguardarão "serenamente" que o Tribunal Constitucional responda. Mas reconhece que se a decisão for pela inconstitucionalidade, isso "tornará o exercício orçamental ainda mais difícil para o Governo".

E como não será para os portugueses, se a opção do Tribunal Constitucional for outra…?

Ser Leal ao Coelho não deveria obrigar a que um qualquer deputado (ou até para um simples cidadão) abdique da sua inteligência, perca o seu sentido crítico ou, simplesmente, não seja honesto. Acredito que a falta de inteligência, a ausência de sentido crítico ou a desonestidade não são condições para ser deputado da maioria; mas que, por vezes, parece… parece!