quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A VIDA


Será este o sentido da Vida...?


Não! Este é o Ciclo da Vida...

O sentido da vida andam a tentar roubá-lo...



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Proposição alternativa disjuntiva… ou a arte de enganar o povo



Diz o povo, no seu saber milenar, que "um homem pequenino ou é velhaco ou bailarino". O saber experimentado do povo permite fazer tal afirmação. É uma proposição que, neste caso, configura uma "regra geral" relativa à apreciação da dimensão física de cada indivíduo e relacionada com as suas apetências (e competências) ou capacidades.

Marques Mendes, homem de baixa estatura física, poderá ser uma ilustração deste aforismo. Aparece com regularidade – mais do que seria desejável – na televisão (TVI) ora como arauto para as más notícias, ora como simples intérprete das alcoviteirices que lhes são solicitadas pelos membros do governo ou correligionários partidários. Fá-lo de tal maneira que sugere a arte da revolução nos palcos ao som da música – o bailado; e, um homem, apesar de baixa estatura, que seja intérprete de bailado é um Bailarino.

Ora, o adágio popular, na sua versão original, apresenta-se como uma enunciação alternativa disjuntiva. Concluindo que a referida personagem televisiva é bailarina, levar-me-ia a excluir a primeira alternativa do ditado popular. Todavia, penso que, neste caso e com esta pessoa, há uma excepção à regra: deixa de ser uma proposição alternativa disjuntiva para passar a ser uma proposição copulativa.


…é velhaco e bailarino!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

UM JÁ LÁ VAI…



Carlos Mulas Granados é um dos coautores do estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal, no qual são feitas sugestões para a reforma do Estado e para o corte de 4000 milhões de euros, como pode ler-se no Expresso online.

Espero que este senhor não cobre os seus serviços à percentagem, porque, se assim fosse, o pseudo-estudo seria muito superior a 4000 milhões de euros.

Bem… Não interessa. Neste momento o que é importante é que um já lá vai… Não do FMI, mas de uma Organização digna e respeitável – Fundação Ideas, ligada ao PSOE.

Digo digna porque soube agir em conformidade, expulsando um ganancioso indigno e usurpador da dignidade; qualifico-a de respeitável porque soube amputar-se de uma aparente mais-valia (embora desonesta), para poder com honra prosseguir nas suas funções.

Num comunicado, a Fundação Ideas explica, entre outras coisas, que considera que este caso representa uma "gravíssima quebra de confiança" naquele que foi, até então, director da Ideas.

Se todas as Organizações que intervêm a nível mundial no destino dos povos tivessem um mínimo da dignidade e honra que a Fundação Ideas demonstrou, estaríamos agora a assistir ao despedimento do Senhor Mulas Granados do FMI.
Poderemos iludir-nos, pensar alto e perguntar: Um já lá vai; será que em breve irão todos os outros que se sujeitam a estas vilanias…?

Penso que não. Porque, se assim fosse, restar-nos-ia a esperança de ver corridos de forma dura e exemplar os mandantes (no nosso caso o governo de Passos Coelho) destes sabujos vampiros que, a troco de umas gotas de sangue, vendem a sua alma; ou, antes, o que lhes resta da dignidade, porque alma… alma já não têm.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A NECESSIDADE DE REPRESENTAR… E SER OUVIDO



Os espectadores estavam inquietos nos seus lugares. Mexiam-se, inconfortáveis, com uma frequência pouco usual que aquela Sala de Teatro já não estava habituada a sentir; até porque já há tempo em demasia que as peças de qualidade duvidosa por esta sala "assentavam arraiais".

O público frequentador desta Sala era quase sempre o mesmo em todas as representações que ultimamente ali apareciam. Na falta de qualidade cultural ou de credibilidade artística, as pessoas acomodavam-se às rotinas adquiridas – eram frequentadores habituais da Sala de Teatro.

A Peça, a exemplo das últimas que ali foram representadas, era protagonizada pelos mesmos canastrões: Pedro Coelho e Gaspar.

Desta vez, talvez porque no seio da própria companhia reina a discórdia, o Ponto ("criador" das deixas para os autores) foi súbita e anormalmente assumido pelo pivô dos saltimbancos: Selassié.

Este nome ficou na história, mas não é a mesma individualidade. O mais conhecido – Hailé Selassié – foi imperador da Etiópia; o "nosso" Ponto integra uma companhia de saltimbancos…

Já quase tudo era admitido naquela sala de teatro. Mesmo assim o público estava mais instável do que era costume. Esta instabilidade manifestada pela plateia contagiava os próprios canastrões protagonistas. O da voz bem timbrada quase que não se ouvia e a voz tremia-lhe; o outro, o da conversa mais pausada, inexplicavelmente atropelava as palavras e estas, deficientemente, saíam-lhe em catadupas.

Mas, eis senão quando, o Ponto (o senhor Selassié) salta para Cena e com o mais seráfico dos sorrisos, recita – ele próprio – ignorando a Didascália, o enredo e a própria peça, começa a recitar (qual canastrão protagonista e convencido):

Os cortes na despesa no Estado Social, entenda-se, são melhores que aumentos de impostos, embora coexistam. Estes cortes deixam "ao estimado público" a escolha entre morrer de fome, morrer de peste ou enforcar-se. Morrer de morte natural ou de velhice e com dignidade é que nunca mais acontecerá…

Entretanto, cá fora na rua, o temporal exercitava-se, com o vento rugindo e a chuva ensopando quem não se tinha refugiado na Sala de Teatro. E, talvez porque as pessoas no exterior da Sala de Teatro não tenham ouvido o senhor do Ponto (Selassié), ninguém se matou.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ORGULHOSAMENTE SÓS…!



Os juros do resgate


Medeiros Ferreira escreveu no seu blog, relativamente a "os juros do mercado": "a República da Irlanda financiou-se por estes dias 'nos mercados' a taxas inferiores às oferecidas pela troika àquele país. Eis um dado a ter em conta, caso a tendência se mantenha, e alastre aos outros países sob 'assistência' como tudo parece indicar…" (negritos e sublinhados meus).

Seria uma boa notícia e, aí sim, poderíamos "ver a luz ao fundo do túnel". Infelizmente para nós portugueses não passa de uma ilusão; é que nós estamos a ser governados sob um Programa do FMI, temos como Primeiro-ministro Passos Coelho e como Dono da Obra Victor Gaspar. Para além de tudo isto, a verdade é um bem escasso que não existe neste governo.

Houve um interregno de trinta e oito anos, mas, agora, continuamos orgulhosamente sós…!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

É COM A INSINUAÇÃO E A MENTIRA QUE SE GOVERNA…



O Jornal de Negócios chocou a opinião pública com a sua manchete altamente difundida pela rádio e pela televisão.

Porquê…?

Para quê…?



Como escreve Estrela Serrano no seu blog "Vai e Vem": "O FMI agradece a colaboração de ministros e secretários de Estado na elaboração do “estudo”, isto é, o governo não só o encomendou como participou nele activamente".

Repare-se nos agradecimentos feitos aos ministros e secretários de Estado que o "pretenso" relatório faz no seu prefácio o qual, apesar de ter a indicação de "FOR OFFICIAL USE ONLY" na primeira página, o Jornal de Negócios se encarregou (prestando um favor ao Governo) de "alarmar" a população com a "tragédia iminente" – mais catástrofes para Portugal, se não se cumprir o anunciado:

In drafting this report, the team benefited greatly from discussions with Ministers and/or State Secretaries from all 11 ministries as well as their staffs, and with various representatives of other organizations. Specifically, the mission met with Ministers of State Vítor Gaspar (Finance) and Paulo Portas (Foreign Affairs); Ministers José Pedro Aguiar Branco (National Defense), Miguel Macedo (Internal Administration), Paula Teixeira da Cruz (Justice), Álvaro Santos Pereira (Economy and Employment), Assunção Cristas (Agriculture, Sea, Environment, and Spatial Planning), Paulo Macedo (Health), Nuno Crato (Education and Science), and Pedro Mota Soares (Solidarity and Social Security); and Secretaries of State Carlos Moedas (Prime Minister’s Office) and Paulo Simões Júlio (Minister Assistant of Parliamentary Affairs). The mission team greatly benefitted from the guidance provided by State Secretaries Luís Morais Sarmento and Helder Rosalino of the Ministry of Finance, and Miguel Morais Leitão of the Ministry of Foreign Affairs. The team would like to express its sincere appreciation for the excellent discussions and feedback provided by the government officials it met with. It would like to express its gratitude to the staff of ESAME for its outstanding coordination and logistical help during the team’s stay in Lisbon. [pág. 5 do pretenso "Relatório" do FMI – Negritos e sublinhados nossos]

A RTP alertou, de imediato que o "Plano do FMI defende mais despedimentos e cortes em salários e pensões":




Atente-se, também na preocupação que a divulgação do “relatório” provocou em pelo menos parte do governo e da maioria. Repare-se nas reacções comprometidas dos ministros Mota Soares e Aguiar Branco em declarações na TVI24, que se pode ver aqui

Este pequeno vídeo é relevante e sintomático.

A divulgação deste pretenso "Relatório" obedece a intenções pouco confessáveis.

Concordo com Estrela Serrano quando denuncia que "a estratégia de divulgação deste 'relatório' no momento em que se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento de Estado é, no mínimo, indecorosa. Acrescentar mais medo e insegurança aos portugueses quando ainda nem sabem quanto vão receber este mês é incompetência política e insensibilidade social".

Isto não é somente incompetência…



Veja-se o que escreve a Presseurop, relativamente ao "relatório":

"A receita do FMI para cortar 4 mil milhões
No início de 2013, o FMI apresentou uma longa lista de recomendações para reformar o Estado Português e atingir os cortes necessários de quatro mil milhões de euros na despesa. O relatório 'Rethinking the State – Selected Expenditure Reforms Options' [Repensar o Estado – Seleção de Despesas e Opções de Reformas], encomendado pelo Governo, e a que o Jornal de Negócios teve acesso, o FMI diz que o Estado português precisa de 'reformas inteligentes', sugerindo como prioridade os cortes com pessoal e salários nos setores da Educação, Saúde e Forças de Segurança. O Fundo propõe um aumento das taxas para os doentes que usam o Serviço Nacional de Saúde, cortes nas pensões de reforma e também a dispensa de 50 mil professores".

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

REFUNDAR PORTUGAL



Não sei quem teve esta ideia peregrina: "Formar 1700 cidadãos para prestarem informações sobre os cidadãos e para os cidadãos"…

Criou-se uma escola de Bufos…!

Sabemos que, segundo o chefe da repartição de programas especiais da GNR, o major Fonseca (em entrevista à Antena 1), "a GNR está a dar formação a civis para servirem de interlocutores junto da população. De norte a sul do país já foram formadas cerca de 1700 pessoas, autarcas, padres, agentes de IPSS, que junto das populações vão ajudar a promover acções de sensibilização e prevenção das forças policiais".

Será mais um passo para refundar Portugal?

Se é, o resultado já tinha sido inventado no Estado Novo… Só que, agora, a GNR dá formação. Resta saber se é remunerada e se obedece a mais uma estratégia de combater o desemprego…

Ao que chegámos…!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SERÁ ILITERACIA, CONTÁGIO OU MÁ SINA…?


Não somos dois…


Passos disse à TSF que o "Pedro" do Facebook e o PM são a mesma pessoa (quem diria…?):

«Nós não somos duas pessoas, eu sou primeiro-ministro e também sou cidadão. E apesar de não utilizar o mesmo registo quando falo com a minha família ou com os meus amigos ou quando falo com os cidadãos, na minha qualidade de cidadão também, que muitas vezes uso quando falo como primeiro-ministro, isso não significa que diga coisas diferentes», afirmou Passos Coelho.

«Posso dizer de maneira diferente, mas não digo coisas diferentes», reforçou com uma "belíssima" voz de barítono (ver e ouvir aqui).


Está bem. Acreditamos.

É diferente (para melhor) e com uma construção frásica bastante mais evoluída em relação a esta de uma figura imaginária:

Nós não ser dois pessoa, mim ser promêro menistro e também ser gente. E apesar de não utilizar os mesmo registo quando falo com os meu família ou com meus amigo ou quando falo com gente, eu que também sou gente, que muitas vez uso quando falo como promêro menistro, isso não quer dizer que digo coisa diferente.

Posso dizer diferente, mas não digo coisa diferente.

Nós não semos estúpido. Semos é um pouco burro…


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

LEALDADE NÃO DEVERIA SER SINÓNIMO DE IRRACIONALIDADE




Queria descansar um pouco das "escritas", das críticas e chamadas de atenção; queria, ainda, repousar da obrigação a que me impus de comentar, alertar ou, tão-somente, indignar-me publicamente. E foi por isso que tentei passar um mês sem escrever qualquer post. Em vão…! É de tal maneira galopante e incongruente a asneira e a estupidez de quem nos governa que inviabilizou o período que tinha optado para descansar.

Nem sequer falei das férias em Hotel de luxo do ministro Miguel Relvas, pois, está-se a ver, não eram férias – era trabalho. Só não sabemos a quem servia…

Porém, quando fui confrontado com as diversas declarações, opiniões e entrevistas de Teresa Leal Coelho ao longo dos três últimos dias, não resisti: interrompi o meu repouso…!

Teresa Leal Coelho, vice de Passos, manifesta "discordância absoluta" com a ideia de Cavaco sobre a crise económica. O impacto da mensagem do Presidente é considerado no Governo "muito mau, cá dentro e lá fora", relata o Expresso. E continua:

"Não acompanhamos o Presidente da República na ideia da espiral recessiva. Discordamos em absoluta dessa ideia", afirmou Teresa [que é] Leal [ao] Coelho.

A deputada e vice-presidente de Passos Coelho no PSD lembra, ainda, que "as projeções do Governo (um crescimento de -1%) não são muito diferentes da expetativa dos organismos oficiais (-2%)".

Claro que não são muito diferentes… São o dobro…

Quanto às dúvidas levantadas pelo Presidente sobre a constitucionalidade de alguns artigos do Orçamento de Estado, Teresa [que é] Leal [ao] Coelho diz que aguardarão "serenamente" que o Tribunal Constitucional responda. Mas reconhece que se a decisão for pela inconstitucionalidade, isso "tornará o exercício orçamental ainda mais difícil para o Governo".

E como não será para os portugueses, se a opção do Tribunal Constitucional for outra…?

Ser Leal ao Coelho não deveria obrigar a que um qualquer deputado (ou até para um simples cidadão) abdique da sua inteligência, perca o seu sentido crítico ou, simplesmente, não seja honesto. Acredito que a falta de inteligência, a ausência de sentido crítico ou a desonestidade não são condições para ser deputado da maioria; mas que, por vezes, parece… parece!