sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Proposição alternativa disjuntiva… ou a arte de enganar o povo



Diz o povo, no seu saber milenar, que "um homem pequenino ou é velhaco ou bailarino". O saber experimentado do povo permite fazer tal afirmação. É uma proposição que, neste caso, configura uma "regra geral" relativa à apreciação da dimensão física de cada indivíduo e relacionada com as suas apetências (e competências) ou capacidades.

Marques Mendes, homem de baixa estatura física, poderá ser uma ilustração deste aforismo. Aparece com regularidade – mais do que seria desejável – na televisão (TVI) ora como arauto para as más notícias, ora como simples intérprete das alcoviteirices que lhes são solicitadas pelos membros do governo ou correligionários partidários. Fá-lo de tal maneira que sugere a arte da revolução nos palcos ao som da música – o bailado; e, um homem, apesar de baixa estatura, que seja intérprete de bailado é um Bailarino.

Ora, o adágio popular, na sua versão original, apresenta-se como uma enunciação alternativa disjuntiva. Concluindo que a referida personagem televisiva é bailarina, levar-me-ia a excluir a primeira alternativa do ditado popular. Todavia, penso que, neste caso e com esta pessoa, há uma excepção à regra: deixa de ser uma proposição alternativa disjuntiva para passar a ser uma proposição copulativa.


…é velhaco e bailarino!

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