terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PARABÉNS!



Meu irmão Fernando

Fazes, hoje, 62 anos. Como seria bom, passados que são estes anos, reveres-te numa situação mais confortável porque te abeiras rapidamente da idade da reforma. A reforma – e como lembro a do nosso pai – deveria ser um corolário de uma vida em que se contribuiu para a restante sociedade; os descontos que foram feitos para a segurança social permitiram garantir a aposentação dos mais antigos e, principalmente, acautelar o futuro de cada um. Infelizmente, não será isto o que te oferecem no teu aniversário.

Ao longo dos anos, antevia a possibilidade de um dia, sem grandes transtornos ou preocupações (os filhos já crescidos…) pudéssemos dedicar mais tempo à realização e concretização dos nossos prazeres de convívio fraternal, como quando éramos novos; reviver, de forma mais madura, algumas experiências de viagens e férias outrora experimentadas; poder visitar-te (e receber-te, em minha casa) sem condicionalismos de tempo, afazeres ou, mesmo, disponibilidade…

Como eu criei ilusões…!

Hoje, queria poder dar-te a esperança. Infelizmente este meu desejo foi-me sonegado. A esperança já não existe; ou, se subsiste, foi-nos furtada.

O que, além de mais é triste, é o facto de que os usurpadores da nossa esperança deveriam ter a obrigação de no-la dar, em vez de a subtrair. A sua ignóbil maldade, coadjuvada por despudorada incompetência de governação, ameaçam, até, a nossa possibilidade de sonhar.

Meu irmão, parabéns! Não posso oferecer-te a esperança, pois já não a tenho; mas quero dar-te, com muito amor, uma sugestão – Sonha! – pois o sonho comanda a vida e poderá trazer-te a concretização das tuas expectativas…

Já nem sonhos te posso oferecer, mas tão só, a possibilidade de sonhares. Se esse sonho que tiveres for a possibilidade de acabar com quem me furtou a esperança, chama-me…! prontamente responderei ao teu apelo e, em conjunto, recrearemos a vida.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

OUTROS TEMPOS




Lembram-se das campanhas publicitárias protagonizadas por crianças e velhinhos simpáticos como a dos chocolates Regina – "O coelhinho foi com o pai natal e o palhaço no comboio ao circo"?

Hoje, já não é assim:

1)  O "Coelhinho" transformou-se em monstro e destruiu o espírito do pai natal;

2)  O "Coelhinho" está a dar cabo dos "comboios";

3)  O "Coelhinho" ignora-nos – a nós, "palhaços";

4)  O "Circo" já não é circo; é "mercado".

SERIA SACRISTÃO…!


Publicado na revista "The Economist" – Lula, o 'analfabeto'!"

Com uma popularidade de 80%

Situação do Brasil antes e depois.
Nos tempos de FHC
(Fernando Henriques Cardoso)
Nos tempos de LULA
Risco Brasil
2.700 pontos
200 pontos
Salário Mínimo
78 dólares
210 dólares
Dólar
Rs$ 3,00
Rs$ 1,78
Dívida FMI
Não mexeu
Pagou
Indústria naval
Não mexeu
Reconstruiu
Universidades Federais Novas
Nenhuma
10
Extensões Universitárias
Nenhuma
45
Escolas Técnicas
Nenhuma
214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional
185 Bilhões de Dólares Negativos
160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB
14%
34%
Caminhos de Ferro
Nenhuma
3 em andamento
Estradas Rodoviárias
90% danificadas
70% recuperadas
Industria Automobilística
Em baixa, 20%
Em alta, 30%
Crises internacionais
4, arrasando o país
Nenhuma, pelas reservas acumuladas
Cambio
Fixo, estourando o Tesouro Nacional
Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC
27%
11%
Mobilidade Social
2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos
780 mil
11 milhões
Investimentos em infraestrutura
Nenhum
504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional
Brasil sem crédito
Brasil reconhecido como investment grade

Faz-me lembrar a estória do sacristão que foi obrigado a abandonar a sua profissão porque não sabia ler nem escrever.
O seu poder criativo, força de vontade, trabalho, habilidade e capacidade de inovação levou-o a amealhar, ao fim de pouco tempo, um bom pé-de-meia numa conta bancária.
Certo dia, o gerente do banco, vendo que o homem não movimentava o dinheiro, questionou-o:
– Sr. Manuel, o Sr. tem aqui uma boa poupança… Porque é que não faz uns investimentos… em pouco tempo aumentaria as suas poupanças…
– Sabe, eu não percebo nada disso… nem sei como se faz… – retorquiu-lhe o ex-sacristão
– Sr. Manuel, não se preocupe; o banco trata de tudo. Basta assinar aqui – prontificou-se o gerente.
– Mas, eu não sei assinar…! – respondeu-lhe o senhor Manuel.
O gerente, admirado, comentou para consigo mesmo, de modo que os colegas ouvissem:
– O Sr. Manuel, sem saber ler nem escrever, fez uma fortuna enorme… Olhem se ele soubesse ler…!?
Seria Sacristão…! – contrapôs o Sr. Manuel.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FINALMENTE TEMOS GOVERNO…



Recebido por e-mail:

"Nos últimos seis meses andei preocupado, deprimido, sentia-me defraudado…

Bem sei que algumas das promessas eleitorais (“não aumentar impostos”, “nunca retirar o subsídio de natal” e tantas outras) não tinham sido cumpridas. Mas, enfim, até ia compreendendo; o buraco era de tal modo colossal que, com todas as desculpas públicas, não era possível, por agora, manter a palavra eleitoral.

Mas, a promessa das promessas, durante tantos anos apregoada, por todos, sem excepção, ilustres professores doutores, comentadores, etc., como o remédio final (ou será fatal??) não havia maneira de aparecer e de nos salvar.

Passaram os “100 dias”, os “120 dias”, os “150 dias” e nada. Ah! Homem de pouca fé, aos 180 dias ei-la: VÃO ACABAR AS GORDURAS!!!

Agora sim. Tudo que é supérfluo, e é muito, vai finalmente desaparecer. Atenção, não são os “boys”, os assessores, os tachos, as comissões, os grupos de trabalho, os Audi, os submarinos… não, isso seria pouca coisa! As gorduras são, para aí, 9.500.000 (nove milhões e quinhentos mil) de preguiçosos, que só querem trabalhar 40 horas semanais, que querem reformas, serviços de saúde, educação, transportes; eu sei lá que mordomias mais… tudo despesas!

Arregacemos as mangas, vamos ao trabalho, a medida é para aplicar. Cantando e rindo lá terão eles de emigrar para Angola JÁ e em FORÇA (ah! também pode ser para o Brasil ou para qualquer outro lado.

Mas, esta medida não pode ser uma balda. Tem de haver ordem. Assim:
- primeiro os jovens (para que é que um país precisa deles?); depois,
- os professores (cuidado, quanto mais educação tiverem pior),

quando estes tiverem saído, para que serão precisos tantos hospitais e centros de saúde? Vamos continuar:
-vão-se médicos, enfermeiros, técnicos saúde,

se tantos milhões já saíram, para que são precisos tantos transportes públicos?

Ala com a arraia miúda:
- motoristas, maquinistas, revisores, mecânicos e similares;
- Agricultores e pescadores? Para quê? Já somos poucos, sai mais barato importar!

“Prontos”, para tudo correr como deve ser, bastará apenas que a Alemanha, China, Brasil e Angola nacionalizem as nossas empresas.[1]

Quando chegarmos a 2015 (ano de eleições) os funcionários públicos estarão já reduzidos aos ministros, secretários de estado, secretárias e assessores.

Não será preciso mais ninguém. MISSÃO CUMPRIDA!"

Eduardo Correia


[1] Só não foi ainda pensada uma solução adequada para os idosos. Provavelmente teremos de deixar a lei da vida a tratar deste problema…

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

RESPONSABILIDADES




Os responsáveis são os militantes do PSD; não é o povo eleitor… Não…!

O Povo vota por convicção e sugestão saídas do "clube/partido" por que têm simpatia. Se "gostam" de determinada corrente "ideológica", votarão naquele que o "clube/partido" sugerir como o melhor para representar os interesses dos seus "associados".

Quem está fora dos "aparelhos clubista-partidários" não conhece (porque não lhes é dado a conhecer – não interessa…!) os melhores intérpretes das correntes ideológicas dos "clubes"; quem lida diariamente com eles é que pode ser o "avalista" da sua capacidade, competência e idoneidade.

Ora, foram os militantes do PSD quem (e, para este caso, não interessa analisar a sua motivação) escolheram o seu líder e Presidente do Partido (clube); também sabiam que essa escolha seria, quase de certeza, a escolha do candidato a PM. Esses militantes tinham conhecimento de quem eram os candidatos; conheciam as suas potencialidades e capacidades; foram alertados por muitos quadros de reconhecida idoneidade, dentro do próprio partido, para os perigos e riscos da escolha e, mesmo assim, escolheram-no.

Serão masoquistas…? – Penso que não!

Serão mal-intencionados…? – De igual modo, não acredito que o sejam…!

Então…?!

Parece-me que, no mínimo, são irresponsáveis. Escolheram um "mal maior" para se verem livres das pequenas antipatias que nutriam por outros "rivais", se calhar com provas dadas, mas menos simpáticos e "mais maduros" (ou foram conduzidos a isso). É, de facto, uma grave irresponsabilidade, pois sabiam que, propondo-o, a boa-fé dos eleitores simpatizantes do "clube/partido" votaria nele.

Temo, não por militância ou simpatia, mas porque o interesse nacional deve ser superior ao dos partidos, que uma situação semelhante possa ocorrer no PS; se, a exemplo do PSD, ignorarem a opinião dos simpatizantes do partido, não despirem a roupagem da intriga, alimentarem os pequenos ódios de estimação, privilegiarem o interesse do partido em detrimento do País, não elegerem a competência e a excelência e abdicarem da coragem para defender os interesses dos portugueses (não somente das conjunturas internacionais), então sim, o futuro já acabou.

Se, como dizia atrás, o PS não for mais responsável, corremos o risco de (tal como o fez o PSD) propor e avalizar um candidato pouco credível para os interesses nacionais. Poderá, até, ser um bom candidato para uma agremiação ou clube, mas nunca para um partido que, entre muita coisa, defende o respeito pelos valores humanos, a cidadania e o Estado Social.

Ainda estão a tempo de corrigirem os erros já cometidos…!

SÓ MUDAM AS MOSCAS…



Quando um Governo chega ao desplante de não querer encarar os problemas do país, não querer procurar as soluções menos gravosas para o seu povo, retirar qualquer réstia de esperança que possa perpassar no rosto dos cidadãos, que incute um permanente terror com o crescimento da austeridade, se torna porta-voz de potências estrangeiras defendendo soluções contrárias às do seu país e que apresenta como solução para a melhoria de vida (leia-se emprego) que os professores e recém-licenciados devam emigrar… (se isto pudesse acontecer num país civilizado, no século XXI…?!?) consideraria que esse governo era uma fachada, considerá-lo-ia como uma quadrilha sabotadora dos interesses nacionais que deveria ser condenado por alta traição.

Para melhor se perceber o que a emoção me impede de retratar correctamente, relembro o que aconteceu ao governo colaboracionista francês de Vichy, liderado pelo general Philippe Pétain. Este foi condenado à pena de morte; embora, posteriormente, tenha sido convertida em prisão perpétua pelo General Charles de Gaulle.

O caricato da situação é o facto das personagens terem semelhanças, apesar da distância temporal; de, entretanto, se ter criado uma Organização das Nações Unidas para evitar terrores como os vividos outrora. Os protagonistas são análogos: o mesmo eixo Franco-Alemão, o mesmo desejo de hegemonia por parte da Alemanha e, como não poderia deixar de ser, vários idiotas sem escrúpulos mandatados pela responsável alemã para fazerem o trabalho sujo. É de tal maneira idêntico que, sendo o conflito geograficamente localizado na Europa, arrasta o mundo todo para o mesmo vórtice.

Na Europa civilizada do Século XXI não são necessárias armas para fazer a guerra. As armas, como submarinos, tanques de guerra, helicópteros, etc., servem como incentivos ao suborno fidelizando indecisos, conquistando consciências e vontades, e provocam o esvaziamento dos cofres dos oprimidos.

Quando era miúdo ouvi dizer que estava traçado, pelo ditador do III Reich, o destino para o povo Português; o seu destino seria serem sapateiros e/ou engraxadores (de qualquer forma, sempre era melhor do que combustível para fornos das uzinas). Felizmente Hitler foi vencido…!

Todavia, gostaria de saber, junto do Sr. ministro da propaganda ou do seu chefe, que destino nos foi traçado… Digam-nos…

Nós continuaremos a sorrir…!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ANAWIM ou DALIM…?



Quem, crente ou não, desconhece as Bem-aventuranças? Penso que muito poucos as desconhecem ou, dito de outra maneira, ainda não ouviu falar delas – "Bem-aventurados os pobres…"

O texto das Bem-aventuranças pode ser encontrado nos Evangelhos de Mateus e de Lucas, com uma pequena diferença. O de Mateus reza assim:

"Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu" (Mt 5,3); o de Lucas, deste modo: "Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus".

O Evangelho de Mateus foi escrito em grego, mas a sua língua materna tinha dois conceitos distintos (daí ter definido um conceito aparentemente novo, os pobres de espírito): o conceito de DAL (dalim, no plural) e o conceito de ANAW (anawim, no plural). Deste modo, poderemos considerar dois tipo de pobres:

-        Os pobres dalim – pessoas que se encontram numa situação sem terem o mínimo para viver com dignidade; e
-        Os pobres anawim – aqueles que explícita ou implicitamente admitem que tudo o que têm receberam de Deus e, por isso, se abrem aos outros incondicionalmente.

Confundir estes dois conceitos permite dar razão a Marx (que dizia que a religião era o ópio do povo) e a Freud (que a religião era uma neurose colectiva).

Ora, o povo português, talvez motivado por princípios religiosos de tradição cristã ou judaico-cristã ou, simplesmente, porque está no seu ADN, tem dado provas de uma extraordinária Bem-aventurança – a Solidariedade. Vimo-lo pela forma como foi feita a globalização iniciada no século XV por este maravilhoso povo e vemo-lo, agora, nas diversas campanhas que, por exemplo, o Banco Alimentar Contra a Fome, a Caritas e tantas outras associações de solidariedade e de voluntarismo em que tem participado.

Este é o povo português. É um povo constituído, na sua grande maioria, por pobres anawim que este governo quer transformar em pobres dalim.

Basta! A nossa história já demonstrou que, mais tarde ou mais cedo, acabamos com os tiranos exploradores.

Basta!

Nem para ganhar o Céu necessitamos de ser pobres…!

Porquê agradar a quem nos rouba e tiraniza…?

sábado, 10 de dezembro de 2011

QUE MAL CUIDE EM PERGUNTAR…(5)




Não seria bom que um Primeiro-Ministro soubesse um pouco de aritmética…?

Ou a escolha de Nuno Crato (professor de matemática) para ministro da (des)educação serve somente para poder ensinar os rudimentos da aritmética ao mosso PM?

Um PM que se pavoneia com "chavões" aparentemente técnicos (e que nada querem dizer), deveria ter um certo cuidado quando fala uma linguagem que a maioria da população ainda sabe, sob pena de mostrar a sua verdadeira face. Digo ainda sabe, pois não acredito que, no futuro – a continuar com as políticas de deseducação que estão a ser postas em prática –, as nossas criança venham a saber… Embora não seja difícil saber mais que o PM.

Não pretendo ensinar nada a quem nada quer saber. Por isto, o reparo que a seguir faço é, tão só, um reparo sem pretensões pedagógicas; todavia, ficar-me-ia mal se não dissesse que em aritmética existem:

Máximos denominadores comuns; e
Mínimos múltiplos comuns.

Sr. Dr. Passos Coelho, a expressão mínimo denominador comum não existe… Informe-se com o Professor Crato…

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

INJECÇÃO DE FORÇA AO PS…



Que me desculpe Sérgio Lavos, mas não resisto a publicar o seu post, no Arrastão, de 8 de Dezembro passado:

"É curioso como o regresso de José Sócrates aos jornais e à televisão se transformou na notícia do dia, relegando a "histórica" cimeira de Bruxelas para segundo plano. Em apenas dois dias fez mais pelo PS e pela oposição do que Seguro em 3 meses – arrisco dizer, mais do que este alguma vez fará. O homem pode até estar quase sempre errado*, mas não deixa de ter um apelo muito mais veemente do que o inenarrável Seguro ou o vil e apagado Coelho.

* Neste caso, não está; é absurdo pensar-se na inexistência de dívida pública ou externa. Apenas os países com economias fechadas (Coreia do Norte) ou primitivas (as ilhas do Pacífico, por exemplo) conseguem aproximar-se desse objectivo."

Os sublinhados e negritos são da minha responsabilidade.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ATRÁS DE MUROS DE VIDRO


Com o título "Facebook is watching you" Daniel Oliveira escreveu, no expresso online, um texto de alerta extremamente lúcido e altamente preocupante relativo à devassa permanente a que as pessoas estão sujeitas.

Querendo ou não, estamos no "Big Brother".

É importante ler o texto completo aqui.

Na verdade, escondemo-nos atrás de muros de vidro.

domingo, 4 de dezembro de 2011

SÓ QUERO ENTENDER…




Em entrevista ao "Público", o Primeiro-ministro, Passos Coelho, anuncia um excedente de dois mil milhões…

Afinal há excedente, há buraco orçamental ou, simplesmente, não sabem fazer contas…?

Na mesma entrevista, sobre o desemprego, que em Outubro atingiu um novo recorde de 12,9%, o governante garantiu que o executivo está a fazer tudo para que “os empregadores não tenham medo de fazer contratos”, mas deixou claro ameaçou: “Não vamos conseguir fazer tudo num dia, mas também não vamos desesperar”. Disse também querer, a prazo, atrair jovens de outros países para trabalharem em Portugal e dar emprego aos portugueses que se vêem forçados a emigrar.

Como é? – Dar emprego a jovens estrageiros (em Portugal), para impedir que os nossos jovens emigrem…? Depois do secretário de estado ter sugerido aos jovens emigrarem, deixando o conforto… etc.!?

Que grande confusão vai na cabeça destes governantes: Ou não sabem fazer contas, ou andam em "roda livre", ou lançam o barro à parede a ver se cola, ou – e isto é grave – são mesmo incompetentes…

terça-feira, 29 de novembro de 2011

TEORIA DA DESTRUIÇÃO DA ECONOMIA



Até os incompetentes se poderão tornar geniais. É verdade que não é muito vulgar; ou, pelo menos, não era useiro e vezeiro ver uma pessoa sem quaisquer aptidões valorizar-se de um dia para o outro. Hoje, é possível, com as novas tecnologias e com a manipulação de valores (muitas vezes pouco confessáveis), forjar uma aparência, criar um artista musical, celebrizar um actor de telenovelas, levando a que se vá perdendo referências nas diversas formas de expressão artística.

Penso que situação idêntica se pode observar em áreas e ambientes normalmente mais críticas e responsáveis. É sabido (e quase toda a gente conhece alguém assim) que existem alunos que se vão arrastando – com maior ou menor dificuldade, com maior ou menor cabulice –, num interminável curso académico (superior ou, simplesmente, secundário ou obrigatório). Muitos não acabam e aqueles que terminam, fazem-no com uma dificuldade enorme ou com muita ajuda e apoio externo. De qualquer forma, para estes não é necessário alterar as regras: pode-se fechar os olhos numa ou noutra coisa, dar um empurrãozinho aqui ou acolá, facilitar uma ou outra pergunta; tudo isto por compaixão ou dó.

Porém, há uma coisa que sempre me intrigou. Como é que um aluno acaba um curso de gestão de empresas ou economia (que é a mesma m..da coisa e é imediatamente colocado como dirigente e/ou administrador de uma empresa (mesmo que seja uma empresa de tratamento de m..da resíduos). Não será, certamente, pela média do curso ou pelo número de anos que estudou. Não! Isto só é possível se o aluno tiver uma área, uma cadeira ou uma disciplina em que é mesmo bom. E, como o importante para a entidade empregadora é a área específica em que o aluno é bom, há que contratá-lo. Esta cadeira ou disciplina em que o aluno é bom serviu, sem dúvida, para melhorar a média. Assim já se começa a perceber…

A minha filha, hoje ao jantar, comentava à laia de desabafo:
– …O PM é bom, mas é-o a destruir a economia…!

Esta frase ficou a “martelar-me” na cabeça, o que me levou a concluir:
A pessoa ou pessoas “importantes” que ao longo de tanto tempo deram a mão ao nosso actual PM e que lhe abriram as portas da formação académica tiveram que apostar pelo seguro (até aqui a palavra é ambígua) … Será que criaram uma cadeira específica em que o actual PM pudesse ser realmente bom e, deste modo, permitisse tornar a média académica positiva…?

Quero crer que sim…! E quero acreditar que a cadeira semestral que foi criada terá sido qualquer coisa como – “Teoria da Destruição da Economia” (I, II, III, IV, V, VI ou outo, conforme o semestre a que disser respeito).

Só um especialista nesta matéria poderia dar aval à política de destruição da economia que estamos a assistir…

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EUROBONDS…? OU NÃO…?


A Europa de “Merkosy” vê-se obrigada a mudar de estratégia, de opinião, de cara, de parceiros, de objectivos e sei lá que mais…


Notícias deste género são faladas nos jornais estrangeiros (aqui, por exemplo), que, em Portugal, pouco se fala dessas coisas contrárias à opção do nosso PM.

Para a semana (talvez) já saberemos qual a posição oficial do Governo… Logo que o casal “Merkosy” se defina, saberemos a posição do nosso PM…

METAMORFOSES


Sou um simples cidadão português que acreditou, em tempos, no respeito pelas pessoas. Acreditei que a humanidade já deveria ter aprendido com os seus erros: – guerras fratricidas com o intuito de assegurar a hegemonia de umas pessoas sobre as outras; tentativa de dominação de maiorias, por minorias exploradoras que pretendiam ter mais do que alguma vez poderiam gastar; subjugação a condições inferiores à de animais domésticos, de semelhantes seus que divergiam somente pela cor da pele, pela opção religiosa ou por serem naturais de uma zona geográfica pouco desenvolvida.

Com o crescer nos anos, fui aprendendo que o sentido da vida das pessoas era, embora diferente, o mesmo para quase todos – a ambição. O que mudava eram as metas dessa mesma ambição. Para uns seria a ambição de se realizarem na sua profissão, vocação, religião; outros, era valorizarem-se nas tarefas, ofícios e quaisquer misteres que se sentissem hábeis; outros, ainda, ambicionavam, a qualquer custo, serem poderosos, ricos e dominadores. Estes últimos foram sempre criticados publicamente, apodados de imorais e de desumanos, embora, convenhamos, eram muitos mais do que aparentemente se poderia pensar. A sua venalidade, porque é cívica e moralmente incorrecta, foi camuflada, ao longo dos tempos, em atitudes, actos e organizações aparentemente inócuas. Uns associaram-se em Organizações normalmente sérias e inocentes para, dentro delas, conspirarem e desenvolverem estratégias de poder pouco confessáveis que, na maior parte das vezes, são desconhecidos da própria Estrutura onde desenvolvem a sua actividade conspirativa; exemplos destes poder-se-ão ver em movimentos religiosos (ex.: Opus Dei), em movimentos cívicos (ex.: algumas obediências maçónicas), em clubes e partidos políticos, etc. De igual modo, há gente desta que se refugia em determinados grupos profissionais como os “Tudólogos” (analistas sabedores de todas as matérias relacionadas com todas as ciências no sentido de valorizarem a pseudo-ciência política). Mas, existe uma classe, ainda pior que a dos “tudólogos” – é a dos “jornalistas venais”.

É sabido e aceite que o jornalismo representa um verdadeiro poder. O poder do jornalista assenta na capacidade e determinação de informar. A informação isenta, desinteressada, honesta, ética e moralmente cautelar torna-se poder porque garante um sério e verdadeiro esclarecimento junto dos povos; porque permite acautelá-los das manobras que os condicionariam, se não houvesse a denúncia de eventuais manobras impróprias; porque, a par da justiça, são o garante da democracia. Porém, se o exercício da função de jornalista for desenvolvido por um “jornalista venal”, não há exercício de poder, mas sim exercício de dominação, conquista e exploração dos seus semelhantes; tornam-se, desta forma, os algozes assalariados dos opressores. Os “jornalistas venais” (que podem ter muitos outros nomes, como “assessor”, “conselheiro político”, “gestor de imagem”, etc.), na ânsia de agradarem aos seus donos, vão devorando tudo por onde passam e todos com quem convivem. Simplesmente não têm critérios, não têm opinião, não usam uniforme – são venais…

Pior do que “jornalista venal,” só “ministro da propaganda”…!

Felizmente, ainda existem jornalistas genuínos – a quem saúdo e presto a minha homenagem –, mas, já quase não há jornalismo em Portugal.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A MORTE ANUNCIADA DE QUEM TRABALHA




"Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros."

[Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet) – 21/11/1694 - 30/5/1778].


Adaptando a Portugal (238 anos após a morte de Voltaire), poder-se-á dizer:

O Governo de Passos Coelho, apoiado pela Troika, encontrou o segredo de fazer morrer de fome (em Portugal) aqueles que, espoliados dos seus direitos, fazem viver os outros…

Nós, indignados e espoliados, começámos a fazer parte daqueles 99% de pessoas que, no mundo inteiro, estão a ser expulsas das suas casas; são forçadas a escolher entre comprar mantimentos ou pagar renda de casa; estão privadas de cuidados médicos; são, mesmo apesar de tudo, roubadas nos seus salários de miséria; trabalham longas horas por míseros ordenados e sem quaisquer direitos.

Enquanto isto, 1% da população tem tudo – 1% da população possui 99% da riqueza que deveria ser partilhada por todos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nós estamos num estado comparável à Grécia



“Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal.”

Eça de Queirós, in “Farpas” (1872)


Inocentemente poder-se-ia acrescentar: – pelo menos, nós ainda temos um Governo eleito democraticamente (não me façam rir…!).

Caindo na realidade inferiremos: – segundando os desígnios da Grécia, falta pouco para termos um governo nomeado (não democrático), do mesmo modo como foi escolhido o governo da Grécia – Governo de Salvação Nacional.

Se assim for, as vozes murmurantes calar-se-ão nos espasmos da agonia. A besta triunfará… O Capital dominará e gozará a orgia que tem vindo a preparar – a destruição da Humanidade!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

NÃO HÁ FUMO SEM FOGO…


Em alerta de última hora, os noticiários televisivos e o Expresso online noticiam:


De facto, não há fumo sem fogo. O Octoptus comentava e alvitrava uma hipótese, a exemplo dos “golpes de estado” ocorridos na Grécia e na Itália, da nomeação de António Borges para Primeiro-ministro:

“Em Portugal, daqui por umas semanas ou meses, pode muito bem vir a acontecer o mesmo. Perante a fraca liderança de Passos Coelho e a fraca alternativa política de António José Seguro, e com o crescente agravamento da crise financeira portuguesa, pode vir a ser imposto a Portugal um homem de confiança da banca.

Esse homem poderá ser António Borges. Tem todos os requisitos: para além de ter sido vice-governador do Banco de Portugal, é actualmente director do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional e sobretudo foi vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Goldman Sachs International em Londres, entre 2000 e 2008.

António Borges é membro do clube de Bilderberg, tendo participado nas reuniões de 1997 e de 2002. Também é membro da Comissão Trilateral.

Curiosamente, ou não, decorreu de 11 a 13 de novembro, a reunião anual da Trilateral para Zona Europeia, em Haia na Holanda.”

“No creo en brujas, pero que las ay las ay…”