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"Nos últimos seis meses andei preocupado, deprimido, sentia-me defraudado…
Bem sei que algumas das promessas eleitorais (“não aumentar impostos”, “nunca retirar o subsídio de natal” e tantas outras) não tinham sido cumpridas. Mas, enfim, até ia compreendendo; o buraco era de tal modo colossal que, com todas as desculpas públicas, não era possível, por agora, manter a palavra eleitoral.
Mas, a promessa das promessas, durante tantos anos apregoada, por todos, sem excepção, ilustres professores doutores, comentadores, etc., como o remédio final (ou será fatal??) não havia maneira de aparecer e de nos salvar.
Passaram os “100 dias”, os “120 dias”, os “150 dias” e nada. Ah! Homem de pouca fé, aos 180 dias ei-la: VÃO ACABAR AS GORDURAS!!!
Agora sim. Tudo que é supérfluo, e é muito, vai finalmente desaparecer. Atenção, não são os “boys”, os assessores, os tachos, as comissões, os grupos de trabalho, os Audi, os submarinos… não, isso seria pouca coisa! As gorduras são, para aí, 9.500.000 (nove milhões e quinhentos mil) de preguiçosos, que só querem trabalhar 40 horas semanais, que querem reformas, serviços de saúde, educação, transportes; eu sei lá que mordomias mais… tudo despesas!
Arregacemos as mangas, vamos ao trabalho, a medida é para aplicar. Cantando e rindo lá terão eles de emigrar para Angola JÁ e em FORÇA (ah! também pode ser para o Brasil ou para qualquer outro lado.
Mas, esta medida não pode ser uma balda. Tem de haver ordem. Assim:
- primeiro os jovens (para que é que um país precisa deles?); depois,
- os professores (cuidado, quanto mais educação tiverem pior),
quando estes tiverem saído, para que serão precisos tantos hospitais e centros de saúde? Vamos continuar:
-vão-se médicos, enfermeiros, técnicos saúde,
se tantos milhões já saíram, para que são precisos tantos transportes públicos?
Ala com a arraia miúda:
- motoristas, maquinistas, revisores, mecânicos e similares;
- Agricultores e pescadores? Para quê? Já somos poucos, sai mais barato importar!
“Prontos”, para tudo correr como deve ser, bastará apenas que a Alemanha, China, Brasil e Angola nacionalizem as nossas empresas.[1]
Quando chegarmos a 2015 (ano de eleições) os funcionários públicos estarão já reduzidos aos ministros, secretários de estado, secretárias e assessores.
Não será preciso mais ninguém. MISSÃO CUMPRIDA!"
Eduardo Correia
[1] Só não foi ainda pensada uma solução adequada para os idosos. Provavelmente teremos de deixar a lei da vida a tratar deste problema…
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