sábado, 16 de julho de 2016

DA MINHA CORRESPONDÊNCIA COM O EDUARDO (3)















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Nos últimos dias, intencional ou circunstancialmente, temos falado de misérias, ou se quiseres, temos trazido ao nosso discurso/diálogo a realidade social deste mundo – a desgraça.

Escrevi, ontem, que "é necessário que a Europa (e o resto do mundo) acorde, se deixe de pactos desonestos com governantes desonestos (como o Erdogan, da Turquia) e aja...".

Hoje, ao analisar os acontecimentos de ontem ocorridos na Turquia (pretensa tentativa de golpe de estado), conhecendo o Erdogan como ele se tem, involuntariamente, mostrado (um santo, líder dos infernos), depois de relembrar a prisão arbitrária, há umas semanas atrás, de cerca de 300 oficiais superiores do exército turco (convém não esquecer que este é o segundo maior exército do mundo) e ao facto (conveniente, não fosse o diabo tecê-las…) de o presidente estar de férias fora do país (todavia, preparado para regressar, se o povo saísse à rua, em resposta às suas solicitações e apelos), ainda me espanto.

Então não querem lá ver que o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou na última madrugada que a tentativa de golpe de Estado é como um "presente de Deus" que permitirá "limpar" o Exército.

Este individuo não dá ponto sem nó. Será que este tipo forjou e encenou esta aparente sublevação...?

Dele, espera-se tudo!

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sábado, 9 de julho de 2016

O QUE É O GOLDMAN SACHS?




BARROSO VAI PARA O “BANCO QUE DIRIGE O MUNDO”

É conhecido como "the firm" (a firma) e enquanto o mundo se debate com crises financeiras, o gigante do mundo financeiro não só sobrevive como mantém e cresce em poder. O Goldman Sachs é um grupo financeiro anglo-saxónico, que esteve envolvido na crise da maquilhagem das contas da Grécia, no escândalo Abacus em que era acusado de enganar os próprios clientes e, depois de todos esses casos, cresceu a influência que tem no mundo.

“As pessoas que se preocupam apenas em ganhar dinheiro, não vão aguentar esta empresa – ou a confiança dos seus clientes – por muito mais tempo”. Este foi um dos avisos dados por Greg Smith, banqueiro do Goldman Sachs durante 12 anos, que se demitiu com uma carta que tornou pública no New York Times. "Why I am leaving Goldman Sachs" (Porque saio do Goldman Sachs) foi um texto que caiu com estrondo no grupo financeiro, que já estava a braços com alguns problemas de reputação, não de poder, sobretudo desde o grande escândalo Abacus, de 2007.

Mas não abalou o gigante financeiro, que para o jornalista francês Marc Roche, funciona com o lema: "Quem faz mais dinheiro, detém o poder". Ou, nas palavras do próprio CEO do banco de investimento, Lloyd Blankfein: "Sou um banqueiro que faz o trabalho de Deus".

O demissionário Greg Smith foi apenas um dos nomes que falou sobre os problemas do gigante financeiro que, muitos dos seus críticos dizem, mais do que dominar o mundo financeiro, controla governos e instituições com relevância por todo o mundo. E como o faz? "Funcionam em todo o mundo, gostam de arranjar pessoas inteligentes de outras partes do mundo, levá-las a Nova Iorque, dar-lhes cargos importantes no Goldman. É quase como uma universidade", explicou Richard Sylla, professor da Stern Business School, no documentário "Goldman Sachs - O banco que dirige o mundo", de Jérôme Fritel, baseado no livro do jornalista Marc Roche.

Para quem analisa o mundo financeiro, o Goldman Sachs funciona assim como uma porta giratória entre o banco e lugares de influência do poder. Muitos dos nomes influentes em altos cargos políticos passaram por lá, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Durão Barroso fez o caminho inverso. Esteve primeiro em cargos de influência e agora vai para presidente não-executivo.

Mas não só. Passaram por lá Hank Paulson, que foi presidente do Goldman Sachs e depois secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos; António Borges, entretanto falecido, que chegou a ser director do Fundo Monetário Internacional para a Europa; Mário Monti, ex-primeiro-ministro italiano; Romano Prodi, ex-primeiro-ministro italiano e também ex-presidente da Comissão Europeia; Otmar Issing, que passou pelo BCE, entre outros.

Com essa rede de influência, o grupo financeiro – que não funciona como um banco normal com agências e o edifício da sua sede nem tem sinalética a identificá-lo –, está no centro das decisões políticas em todo  o mundo. E isso já lhes trouxe alguns dissabores.
Afinal, o Goldman Sachs "é o banco que manda no mundo". Foi assim que o corretor bolsista Alessio Rastani classificou o Goldman Sachs em entrevista à BBC em 2011. Em plena crise financeira, o corretor tornou-se um fenómeno viral na Internet por ter dito aquilo que muitos críticos e políticos pensam.

Quando um escândalo não vem sozinho

Apesar de ter descido os lucros, os proveitos do grupo financeiro em 2015 foram de 5,6 mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros), o que fez aumentar o bónus salarial de Lloyd Blankfein, o CEO do grupo, para quase 30 milhões de dólares (27 milhões de euros). E, mesmo assim, o valor é mais baixo porque o banco teve de pagar multas por causa de casos judiciais.

Quais? Tudo remonta a 2007 quando o banco foi acusado de enganar os próprios clientes no caso Abacus, vendendo activos imobiliários que desvalorizaram, provocando perdas avultadas de dinheiro aos clientes e lucros astronómicos ao banco. Nesse ano, apesar do caso, os lucros do Goldman Sachs foram de 13 mil milhões de euros (quase 12 mil milhões de euros).

A vítima judicial deste caso foi apenas um jovem banqueiro Fabrice Tourré – que se auto-apelidava de "Fab, o Fabuloso". O banco só em 2010 viria a ser acusado, por não ter informado com rigor os seus investidores acerca do novo produto que colocou no mercado, o Abacus, antes de a crise eclodir. Associado ao chamado crédito de alto risco, este novo produto acabou por determinar perdas de mil milhões de dólares para quem nele arriscou o seu dinheiro.

Abalou o prestígio do Goldman Sachs, sobretudo nos Estados Unidos, isto apesar de um das vítimas deste esquema ter sido um banco alemão, IKB, que teria perdas avultadas e depois foi nacionalizado.

Pouco tempo depois, o banco veria o seu nome ser envolvido num escândalo, mas por outros motivos. Em plena crise financeira, o seu principal concorrente, o Lehman Brothers, pediu ajuda ao Governo norte-americano. E o secretário de Estado do Tesouro recusou, dizendo que não queria onerar os contribuintes com o resgate de um banco de investimento.

Contudo, o verdadeiro poderio do Goldman Sachs só foi reconhecido do lado de cá do Atlântico quando foi descoberto o seu papel na maquilhagem das contas da Grécia, desde o início deste século. Para responder às regras do euro, o Tesouro grego aceitou uma operação de dívida com o grupo financeiro, que viria a contribuir para que as contas do país parecessem melhores do que realmente estavam. E quando o acordo falhou, a Grécia caiu.

Ora os ecos da ligação entre Goldman Sachs e a Grécia não se fizeram apenas sentir na finanças dos estados soberanos, com a crise a alastrar. Fizeram também sentir-se politicamente, mesmo que sem resultados práticos. Durante a audição no Parlamento Europeu antes da sua nomeação como presidente do BCE, Mario Draghi, acabou por ser confrontado sobre se sabia ou não do que tinha feito a gigante financeira. Aos eurodeputados, disse que essa relação era anterior à sua entrada no banco. "Não tive nada a ver com estes negócios, nem antes, nem depois", disse. E repetiu que nunca trabalhou com o sector público, mas com o privado e que essa foi uma das condições para ter entrado no Goldman Sachs.

Ao longo dos anos, vários têm sido os casos que atingem o grupo financeiro anglo-saxónico, mas o Goldman Sachs continua a ser, para muitos, o banco de investimento com mais poder no mundo.

Fonte Liliana Valente



terça-feira, 5 de julho de 2016

DA MINHA CORRESPONDÊNCIA COM O EDUARDO (2)











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O Sr. Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, diz que as sanções não são para punir. Irra! que estes indivíduos, além da iliteracia que detêm, querem afirmá-la publicamente…

Ora vejamos. Sanção quer dizer: 1. Parte da lei em que se estabelece a pena contra os infractores da mesma; 2. Castigo ou medida de coacção.

Percebe-se, agora, os motivos pelos quais a Europa se encontra no estado em que está...
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sexta-feira, 1 de julho de 2016

BEM-VINDO À QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL!




CASO NÃO TENHA PERCEBIDO, A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL JÁ COMEÇOU

Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no mundo. Em poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e abriu falência.

O que aconteceu com a Kodak irá acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos – e a maioria das pessoas não nota a rápida aproximação.

Poder-se-ia imaginar, em 1998, que 3 anos mais tarde nunca mais se iria registar fotos em filme de papel?

No entanto, as câmaras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em poucos anos.

O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, a saúde, veículos autónomos e eléctricos, com a educação, a impressão em 3D, a agricultura e os empregos.

O SOFTWARE irá destroçar a maioria das actividades tradicionais nos próximos 5 a 10 anos. A UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo. A AIRBNB é a maior companhia hoteleira do mundo, embora não sejam proprietários.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Computadores estão a tornar-se exponencialmente melhores no entendimento do mundo.

Nos Estados Unidos, os advogados jovens já não conseguem empregos. Com O WATSON, da IBM, pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exactidão, se comparado com os 70% de exactidão quando feito por humanos. Por isso, se está a estudar Direito, PARE imediatamente. Haverá 90% menos advogados no futuro, apenas especialistas permanecerão.

O WATSON já está a ajudar enfermeiras a diagnosticar cancro, quatro vezes mais eficazes do que enfermeiras humanas.

O FACEBOOK incorpora agora um SOFTWARE DE RECONHECIMENTO de padrões que pode identificar faces melhor que os humanos.

Em 2030, OS COMPUTADORES tornar-se-ão mais inteligentes que os humanos.

VEÍCULOS AUTÓNOMOS: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Por volta de 2020, a indústria automobilística completa começará a ser demolida. Uma pessoa não desejará mais possuir um automóvel. Os nossos filhos já não necessitarão de uma carta de condução ou serão donos de um carro. Isso mudará as cidades, pois necessitaremos 90 a 95% menos carros para isso. Poderemos transformar áreas de estacionamento em parques. Cerca de 1.200.000 pessoas morrem, por ano, em acidentes automobilísticos em todo o mundo. Temos agora um acidente a cada 100.000 km, mas com veículos autodirigidos isto cairá para um acidente a cada 10.000.000 de km. Isso salvará mais de 1.000.000 de vidas em cada ano.

A maioria das empresas de carros poderão falir. Companhias tradicionais de carros adoptam a táctica evolucionista e constroem carros melhores, enquanto as companhias tecnológicas (Tesla, Apple, Google) adoptarão a táctica revolucionária e construirão um computador sobre rodas. Eu falei com um monte de engenheiros da Volkswagen e da Audi: estão completamente aterrorizados com a TESLA.

As COMPANHIAS de SEGUROS terão problemas enormes porque, sem acidentes, o seguro tornar-se-á 100 vezes mais barato. O modelo actual dos negócios de seguros de automóveis desaparecerá.

Os NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS mudarão. Pelo facto de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão mudar-se para mais longe para desfrutarem duma paisagem mais bonita.

Os CARROS ELÉTRICOS tornar-se-ão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão electricamente.

A ELECTRICIDADE tornar-se-á incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado numa curva exponencial por 30 anos, mas somente agora se pode sentir o impacto.

No ano passado, foram montadas mais INSTALAÇÕES de ENERGIA SOLAR do que energia fóssil. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão actividades por volta de 2025.

Com electricidade barata teremos ÁGUA abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo.

SAÚDE: O preço do TRICORDER[1] X será anunciado este ano. Teremos companhias que irão construir um aparelho médico (chamado Tricorder na série Star Trek) que trabalha com o seu telefone, fazendo o despiste da retina, testa a amostra de sangue e analisa a sua respiração (espirómetro). O aparelho então analisará 54 bio marcadores que identificarão praticamente qualquer doença. Vai ser barato, de tal forma que em poucos anos cada pessoa deste planeta terá acesso a medicina de padrão mundial praticamente de graça.
IMPRESSÃO 3D: o preço da impressora 3D mais barata caiu de US$ 18.000 para US$ 400 em 10 anos. Neste mesmo intervalo, tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as maiores fábricas de sapatos começaram a imprimir sapatos 3D. Peças de reposição para aviões já são impressas em 3D em aeroportos remotos. A Estação Espacial tem agora uma impressora 3D que elimina a necessidade de se ter um monte de peças de reposição como era necessário anteriormente. No final deste ano, os novos smartphones terão capacidade de “scanear” em 3D. Você poderá então “scanear”o seu pé e imprimir sapatos perfeitos em sua casa. Na China, já imprimiram em 3D um edifício completo de escritórios de 6 andares. Lá por 2027, 10% de tudo que for produzido será impresso em 3D.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS: se pensa num nicho no qual gostaria de entrar, pergunte a si mesmo:

SERÁ QUE TEREMOS ISSO NO FUTURO?” e, se a resposta for SIM, como poderá fazer isso acontecer mais cedo? Se não funcionar com o seu telefone, ESQUEÇA a ideia. E qualquer ideia projectada para o sucesso no século XX estará fadada a falhar no século XXI.

TRABALHO: 70-80% dos empregos desaparecerão nos próximos 20 anos. Haverá uma porção de novos empregos, mas não está claro se haverá suficientes empregos novos em tempo tão exíguo.

AGRICULTURA: haverá um robô agricultor de US$ 100,00 no futuro. Agricultores do 3º mundo poderão tornar-se gerentes das suas terras ao invés de trabalhar nelas todos os dias. A AEROPONIA[2] necessitará de bem menos água. A primeira vitela produzida “in vitro” já está disponível e tornar-se-á mais barata que a vitela natural da vaca por volta do ano 2018. Actualmente, cerca de 30% de todos as superfícies agricultáveis são ocupadas por vacas. Imagine se tais espaços deixarem se ser usados desta forma. Há muitas iniciativas actuais de trazer proteína de insectos em breve para o mercado. Eles fornecem mais proteína que a carne. Deverá ser rotulada de FONTE ALTERNATIVA DE PROTEÍNA (porque muitas pessoas ainda rejeitam ideias de comer insectos).

Existe um aplicativo chamado “MOODIES” (estados de humor) que já é capaz de dizer em que estado de humor uma pessoa se encontra. Até 2020 haverá aplicativos que podem saber se, pelas suas expressões faciais, está a mentir. Imagine um debate político onde estiverem a mostrar quando as pessoas estão a dizer a verdade e quando não estão.

O BITCOIN (dinheiro virtual) pode vir a tornar-se dominante este ano e poderá até mesmo tornar-se numa moeda-reserva padrão.

LONGEVIDADE: actualmente, a esperança de vida aumenta uns 3 meses por ano. Há quatro anos, a esperança de vida costumava ser de 79 anos e agora é de 80 anos. O aumento em si também está a crescer e, por volta de 2036, haverá um aumento de mais de um ano em cada ano que passa. Assim possamos todos viver vidas longas, longas, possivelmente bem mais que 100 anos.

EDUCAÇÃO: os smartphones mais baratos já custam US$ 10,00 na África e na Ásia. Até 2020, 70% de todos os humanos terão um smartphone. Isso significa que cada um tem o mesmo acesso à educação de classe mundial. Cada criança poderá usar a academia KHAN para tudo o que uma criança aprende na escola nos países de Primeiro Mundo.


Texto composto a parir daqui e daqui.





[1] Tricorder é um dispositivo manual utilizado para digitalizar uma determinada área ou foco de interesse, interpretando e exibindo dados ao utilizador após uma varredura, com gravação isolinear de dados em chips.
[2] A aeroponia é uma técnica de cultivo que consiste essencialmente em manterem as plantas suspensas no ar, geralmente apoiadas pelo colo das raízes, e aspergindo-as com uma névoa ou com uma massa de gotículas de solução nutritiva. O sistema permite uma enorme economia de solução nutritiva, a qual chegará às raízes das plantas altamente oxigenadas. A aeroponia difere da hidroponia por não usar a água como substrato.