terça-feira, 29 de novembro de 2011

TEORIA DA DESTRUIÇÃO DA ECONOMIA



Até os incompetentes se poderão tornar geniais. É verdade que não é muito vulgar; ou, pelo menos, não era useiro e vezeiro ver uma pessoa sem quaisquer aptidões valorizar-se de um dia para o outro. Hoje, é possível, com as novas tecnologias e com a manipulação de valores (muitas vezes pouco confessáveis), forjar uma aparência, criar um artista musical, celebrizar um actor de telenovelas, levando a que se vá perdendo referências nas diversas formas de expressão artística.

Penso que situação idêntica se pode observar em áreas e ambientes normalmente mais críticas e responsáveis. É sabido (e quase toda a gente conhece alguém assim) que existem alunos que se vão arrastando – com maior ou menor dificuldade, com maior ou menor cabulice –, num interminável curso académico (superior ou, simplesmente, secundário ou obrigatório). Muitos não acabam e aqueles que terminam, fazem-no com uma dificuldade enorme ou com muita ajuda e apoio externo. De qualquer forma, para estes não é necessário alterar as regras: pode-se fechar os olhos numa ou noutra coisa, dar um empurrãozinho aqui ou acolá, facilitar uma ou outra pergunta; tudo isto por compaixão ou dó.

Porém, há uma coisa que sempre me intrigou. Como é que um aluno acaba um curso de gestão de empresas ou economia (que é a mesma m..da coisa e é imediatamente colocado como dirigente e/ou administrador de uma empresa (mesmo que seja uma empresa de tratamento de m..da resíduos). Não será, certamente, pela média do curso ou pelo número de anos que estudou. Não! Isto só é possível se o aluno tiver uma área, uma cadeira ou uma disciplina em que é mesmo bom. E, como o importante para a entidade empregadora é a área específica em que o aluno é bom, há que contratá-lo. Esta cadeira ou disciplina em que o aluno é bom serviu, sem dúvida, para melhorar a média. Assim já se começa a perceber…

A minha filha, hoje ao jantar, comentava à laia de desabafo:
– …O PM é bom, mas é-o a destruir a economia…!

Esta frase ficou a “martelar-me” na cabeça, o que me levou a concluir:
A pessoa ou pessoas “importantes” que ao longo de tanto tempo deram a mão ao nosso actual PM e que lhe abriram as portas da formação académica tiveram que apostar pelo seguro (até aqui a palavra é ambígua) … Será que criaram uma cadeira específica em que o actual PM pudesse ser realmente bom e, deste modo, permitisse tornar a média académica positiva…?

Quero crer que sim…! E quero acreditar que a cadeira semestral que foi criada terá sido qualquer coisa como – “Teoria da Destruição da Economia” (I, II, III, IV, V, VI ou outo, conforme o semestre a que disser respeito).

Só um especialista nesta matéria poderia dar aval à política de destruição da economia que estamos a assistir…

Sem comentários: