quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

LEALDADE NÃO DEVERIA SER SINÓNIMO DE IRRACIONALIDADE




Queria descansar um pouco das "escritas", das críticas e chamadas de atenção; queria, ainda, repousar da obrigação a que me impus de comentar, alertar ou, tão-somente, indignar-me publicamente. E foi por isso que tentei passar um mês sem escrever qualquer post. Em vão…! É de tal maneira galopante e incongruente a asneira e a estupidez de quem nos governa que inviabilizou o período que tinha optado para descansar.

Nem sequer falei das férias em Hotel de luxo do ministro Miguel Relvas, pois, está-se a ver, não eram férias – era trabalho. Só não sabemos a quem servia…

Porém, quando fui confrontado com as diversas declarações, opiniões e entrevistas de Teresa Leal Coelho ao longo dos três últimos dias, não resisti: interrompi o meu repouso…!

Teresa Leal Coelho, vice de Passos, manifesta "discordância absoluta" com a ideia de Cavaco sobre a crise económica. O impacto da mensagem do Presidente é considerado no Governo "muito mau, cá dentro e lá fora", relata o Expresso. E continua:

"Não acompanhamos o Presidente da República na ideia da espiral recessiva. Discordamos em absoluta dessa ideia", afirmou Teresa [que é] Leal [ao] Coelho.

A deputada e vice-presidente de Passos Coelho no PSD lembra, ainda, que "as projeções do Governo (um crescimento de -1%) não são muito diferentes da expetativa dos organismos oficiais (-2%)".

Claro que não são muito diferentes… São o dobro…

Quanto às dúvidas levantadas pelo Presidente sobre a constitucionalidade de alguns artigos do Orçamento de Estado, Teresa [que é] Leal [ao] Coelho diz que aguardarão "serenamente" que o Tribunal Constitucional responda. Mas reconhece que se a decisão for pela inconstitucionalidade, isso "tornará o exercício orçamental ainda mais difícil para o Governo".

E como não será para os portugueses, se a opção do Tribunal Constitucional for outra…?

Ser Leal ao Coelho não deveria obrigar a que um qualquer deputado (ou até para um simples cidadão) abdique da sua inteligência, perca o seu sentido crítico ou, simplesmente, não seja honesto. Acredito que a falta de inteligência, a ausência de sentido crítico ou a desonestidade não são condições para ser deputado da maioria; mas que, por vezes, parece… parece!

1 comentário:

Contra.facção disse...

E não a ouviu na TVI24, no "Política mesmo", com a Isabel Moreira e António Filipe? Uma verdadeira peixeira...
Mas esta Sra. foi que disse que a troika é que paga aos deputados, ou pelo menos a ela...