8 de Março de 2013
Escrevo-te, hoje, mãe, mulher, companheira, filha, sogra,
nora… Escrevo-te, hoje, porque tenho de aproveitar a boa vontade daqueles que criaram
um dia para ti – Mulher –, mesmo sabendo que até neste dia te desrespeitam.
A ti, mãe, que educaste os teus filhos nos princípios da
liberdade e do respeito pelos outros e, agora, vês-te traída pela prática
indecorosa que os teus filhos põem nos teus ensinamentos…
A ti, mulher e companheira, que vês o agradecimento dos teus
sacrifícios quotidianos serem vilipendiados pela violência doméstica, já ébria
dos álcoois do desencanto e fruto das expectativas goradas da escravidão do
momento…
A ti, filha, que também és mãe, que te vês remetida às
origens da casa materna, por ser o último recurso que te resta e aos teus
filhos, depois da espoliação a que estes energúmenos do poder instituído te
sujeitaram…
A ti, filha, que, a exemplo dos teus irmãos, viste ser roubado
o sonho e o futuro imaginado – que para isso estudaste – e vives, não na
recordação de bons tempos, mas na narração, para ti ficcionada, da utopia da
tua mãe…
A ti, que és a nossa réstia de esperança, de conforto, de
apoio, de combate, de repouso e de cura, não nos esqueças, como nós tantas
vezes o fazemos pela troca viciosa dos momentos sem história.
Só reconhecendo o teu valor teremos coragem para mudar o
mundo. És a nossa musa e a nossa força.
A ti mãe, mulher, companheira, filha, sogra e nora, um muito
obrigado…!
A exemplo de todos os dias, hoje – 8 de Março – um bem haja
muito especial…!
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