Não temos líderes…!
Temos chefias políticas arregimentadas que mais parecem os
sargentos dos séculos XVII e XVIII, os “agentes
da autoridade” (PSP) do primeiro lustre do século XX ou os chefes de posto
(GNR) do mesmo período…
Aos oficiais, de então, era necessário cultura, nobreza, dignidade
e honra. Aos sargentos e demais representantes da autoridade bastava-lhes saberem
ler, mesmo que não compreendessem o “escrito”.
Grassava a iliteracia…
Todavia, quem sabia da guerra eram os sargentos, estes
infatigáveis condutores de homens que não se limitavam a dar ordens – acompanhavam
as ordens com o seu exemplo… Eram tão vítimas quanto os seus mandados.
Quando me refiro às chefias políticas arregimentadas e à sua
aparente parecença com os sargentos e demais agentes da autoridade, não os
quero comparar a esta nobre gente de antanho, mas tão-somente ao caricato dos
personagens, porque estes quadros militares não merecem ser comparados com a
estirpe de chefias políticas que proliferam no nosso país. Muito menos os posso
equiparar com os analfabetos oficiais de outros séculos, porque a estes
era-lhes exigido cultura, nobreza, dignidade e honra, que as nossas chefias
políticas já deram provas de não possuir quaisquer destes predicados.
Não temos líderes – temos chefes opressores sem carácter…
Embora mandem… E exerçam
o poder discricionariamente… Não lideram…!
São cínicos…
Arrogantes… Mentirosos… Presunçosos… Despóticos…
…Metem nojo…!
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