Até ao final do ano,
todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde deverão entregar aos utentes
das urgências e das consultas externas uma factura virtual com os custos dos
cuidados prestados. Como se mandassem à cara de cada doente o epíteto de
desavergonhado e abusador – Não têm vergonha de só pagarem essa importância,
quando os gastos são bastante superiores…?
Uma atitude desta natureza,
para mim, entendo-a como uma manifestação de desprezo por quem necessita de ir
às urgências ou de utilizar o Seu (de cada cidadão) Serviço de Saúde.
Sim…! O Seu Serviço de Saúde; porque é Nacional (da Nação), de
cada um que faz parte desta Nação. Não é um serviço estatal (ou governamental)
de saúde.
A experiência piloto deste projecto arrancou na terça-feira
no Hospital de S. José, em Lisboa. Segundo a Administração Central dos Sistemas
de Saúde (ACSS) vai avançar até ao fim deste ano nas restantes unidades
hospitalares públicas.
Pergunto: – Para quê…?
– Para humilhar
quem não pode recorrer a outro serviço, que não o público…?
– Para os apodar de
gastadores…?
– Para justificarem a
sua incompetência na gestão do Nosso Serviço Nacional de Saúde, alegando
que é muito dispendioso…?
Já chega…! O dinheiro é nosso (dos contribuintes). Exigimos
competência na sua gestão e que não nos continuem a pôr em cara que "somos
gastadores". Não nos ofendam mais…! Demitam-se, por favor!
Um povo doente, sem esperança, debilitado não pode progredir,
nem valorizar a economia. É isso que querem,
a exemplo das muitas outras más práticas vossas…?
Segundo Alexandre Lourenço, do conselho directivo da ACSS,
mais tarde prevê-se que possa também ser entregue uma factura virtual para os
internamentos.
Despesa há, isso sim, no clientelismo gerado à volta destes
casos:
- Mais assessores informáticos para estudarem as aplicações
a utilizar;
- Mais serviços de outsourcing (gestão de "afilhados"…) para fornecerem o
software necessário ao bom desempenho dos serviços (que deveriam ser de saúde,
mas, dadas as circunstâncias, são burocráticos);
- Mais despesa com consumíveis (papel, tinta…);
- E, depois disto tudo, criar um "órgão de missão"
(como é, agora, bonito e usual chamar-se às comissões) para estudar o
diferencial entre a despesa real e a
esmola concedida…
Será que foram os patrões deste governo – a Troica – quem os
mandou fazer este exercício de dominação…?
Não sei...! Mas, há
gente para tudo…!
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