Etimologicamente o termo húbris deriva do grego hybris que, por sua vez, tem a raiz no
indo-europeu e que quer dizer "peso
excessivo", "força
exagerada"…
Húbris é um conceito oriundo da antiguidade clássica grega
que se poderá, também, traduzir por "orgulho exagerado", "presunção",
"arrogância", "insolência", "tudo
o que vai além da medida racional"…
Húbris espelhava o desprezo imprudente pelo espaço alheio,
aliado à falta de controlo sobre os próprios impulsos, tornando-se num
sentimento violento inspirado por paixões exageradas.
Eurípedes, referindo-se a este conceito – Húbris – disse:
"Os deuses, primeiro, deixam louco aquele que querem destruir"…
Aristóteles definiu Húbris como uma humilhação para a
vítima… Húbris é um não caso em
que alguém julga que pode fazer tudo o que quiser.
Modernamente, o conceito húbris utiliza-se para explicar uma
possível causa do colapso das civilizações…
À Húbris opõe-se a Sofrósina,
a virtude da prudência, do bom senso e da moderação.
- E porque será que tenho aquela sensação de que alguns elementos
deste nosso governo se consideram deuses e estão a reabilitar a húbris…?
- Será porque usam e abusam de uma arrogância desmedida nos
seus actos e nas suas atitudes…?
- Será que querem, antes de nos destruírem, deixarem-nos
loucos…?
Um governo que não tem programa – apesar de identificar como
sendo seu um projecto político imposto pela Troika –, que tenta ir além do que
se lhe pediu, que se mantém orgulhosamente isolado (autista?) na defesa e manutenção
das teorias de austeridade a qualquer preço, personifica da forma mais
esclarecedora e exemplificadora o conceito húbris.
De hoje em diante, quando se falar em Passos Coelho, Relvas
& Companhia, associo imediatamente a húbris…
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