Estive tentado a dizer "raios e coriscos" em relação ao PS e ao seu comportamento
face à política destruidora do Estado Social que este governo teima, a qualquer
custo, fazer vingar. Em boa hora, contive-me.
Quem, de facto, tem estado ao lado dos seus "amigos
e colegas" do tempo das lides (farras) políticas das Juventudes Partidárias (Relvas e
Passos Coelho) é o Secretário-Geral do Partido Socialista – António José Seguro
– e não os seus militantes. Quem encontrou uma forma de luta altamente inovadora
para combater a aprovação do OE de 2012 – a abstenção violenta – foi o Tó Zé Seguro, que não os militantes do
Partido. Quem se esconde atrás de uma retórica e verborreia de dúbia e aparente
cordialidade com os inimigos do povo não são os deputados do PS (veja-se, a título
de exemplo, Isabel Moreira, entre muitos) – é, mais uma vez, o seu
Secretário-Geral. Quem esperou 41 horas para reagir rápida e violentamente contra o discurso destruidor do Estado
Social, do Estado Previdência, do Estado Justiça, do Estado Equidade,
conduzindo o País a um estado de sítio,
foi, mais uma vez, António José Seguro.
Mas… Pasmem, leitores! Pasmem…! Vou justificar o Sr. Seguro:
Quem se sente tanto ou mais incapaz para assumir a
governação do País (não é a mesma coisa que brincar aos políticos, nas
juventudes partidárias) do que este actual governo, certamente não o quer
destruir já.
E, porquê…? É simples:
Quer aguardar que este governo destrua totalmente o País
para, então, poder fazer qualquer coisinha que, por mais pequena que
seja, é sempre superior à do actual e, desta forma, chegar à aspiração suprema (para Relvas era ser
doutor, a qualquer preço) de ser
Primeiro-Ministro. Não lhe interessa se tem competência, se está preparado,
se para chegar lá tivesse contribuído para a destruição de Portugal… Não
interessa…! O que interessa é chegar a PM…!
Explico agora porque me contive na vociferação contra o PS.
É tão simples:
Reconheço, agora, que o PS está a acordar do pesadelo da
última eleição para Secretário-geral; que foram pressionados, manipulados e ludibriados
com o argumento de serem co-responsáveis na crise económica mundial; que,
condicionados, elegeram para substituto do então líder da crise mundial (José Sócrates) aquele que estava a dar provas (conhecedor
do aparelho político do PS, Seguro afirmou-se…) de ser um moderno substituto de
Marcus Junius Brutus no
assassinato do líder (não de Júlio César, mas de Sócrates – o actual).
Mais… Os deputados do PS já se manifestaram contra a
aprovação do OE de 2013, ameaçando, inclusive, de solicitarem a fiscalização
progressiva do documento, junto do Tribunal Constitucional. Tudo isto, sem
esperarem a luz-verde do Sr. Seguro.
Só assim se percebe o rifão popular de que "o Seguro morreu de velho"! Não
espero a morte deste… Basta-me, tão só, o seu afastamento da política e das
relações sociais.
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