O Pavilhão Atlântico, em Lisboa, foi esta quinta-feira
vendido a Luís Montez – genro do Professor Cavaco Silva –, sócio da produtora
musical "Música no Coração", empresa que produz os festivais Sudoeste
e SBSR, por 21,2 milhões de euros. A decisão saiu do conselho de ministros.
Rejeito qualquer tipo de pensamento que leve a inferir que o
genro do Professor Cavaco Silva tenha beneficiado de qualquer privilégio
quando, dois meses depois da nacionalização do BPN, renegociou a dívida que
tinha com este Banco – € 260.000,00 (DN de
13 de Janeiro de 2011).
Faço referência a este caso tão-somente para tentar compreender
como se pode sair da crise: pois, em Janeiro de 2011 renegoceia-se uma dívida
de € 260.000,00 com um Banco; um ano e meio depois compra-se o Pavilhão
Atlântico por € 21.200.000,00 (81,5 vezes mais).
"O conselho de ministros decidiu finalizar o contrato com este consórcio
porque foi o que apresentou a melhor oferta dos três: 21,2 milhões de euros,
próximo do limite superior da avaliação realizada", disse Assunção
Cristas, que acrescentou que esta avaliação fixou um intervalo entre os 17,4
milhões de euros e 21,5 milhões de euros.
A multinacional com sede nos
Estados Unidos, a AEG, ofereceu 16,5
milhões de euros, enquanto o
consórcio da Everything Is New, Cunha Vaz e CIP deu 18,5 milhões de euros
pelo Pavilhão Atlântico.
Termina assim um processo de
concurso público que, de acordo com Assunção Cristas, decorreu "com a
maior transparência" (Agência
Financeira 26 de Julho de 2012).
Não percebi como…; mas fiquei a compreender que sair da crise é possível…!
A forma como se o faz
é que ainda não entendi…! Talvez porque não tenha economistas na família
que se disponham a explicar-me o método…
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