quinta-feira, 19 de julho de 2012

OS PORTUGUESES EXTINGUEM-SE EM 2204…!



Um país sem habitantes é um deserto


…Começa com os desincentivos violentamente criados no interior do País, por este governo, levando as populações a procurar, em último recurso, o litoral…

…E continua, com a manutenção das dificuldades nas acessibilidades rodo e ferroviárias que impedem a fixação quer de empresas quer dos habitantes…

…E na incompetência (qual ganância subserviente junto dos lóbis das celuloses), com a desregulamentação das plantações de eucaliptos que irão secar tudo em seu redor…

…E… porque este Governo existe…!

João Silvestre, no Presseurop, alerta-nos para o facto de, nos últimos dois anos, entre o saldo natural negativo (diferença entre nascimentos e mortes) e o saldo migratório (balanço entre emigração e imigração) também negativo, Portugal perdeu 85 mil pessoas.

Desde o início dos anos 90 que a população portuguesa não diminuía. O saldo natural tinha tido já um ano negativo – em 2007 – mas tinha sido compensado pelas migrações. A partir de 2010 as coisas mudaram completamente e, o pior, é que isto não vai ficar por aqui. As más notícias na frente demográfica sucedem-se, quer em termos de natalidade, quer nos movimentos migratórios.

As últimas estimativas disponíveis, apontam para uma nova quebra dos nascimentos este ano. No ano passado, foram 97 mil, o valor mais baixo em décadas, e este ano poderão ser apenas 89 mil.

Enquanto isto, as mortes têm-se mantido sempre acima das 100 mil por ano: 104 mil, em média, desde 2007.

Ao mesmo tempo, as migrações deixaram de ajudar. Muitos estrangeiros que viviam em Portugal começaram a regressar aos seus países e os portugueses, por pressão da crise e do desemprego, começaram a sair para o exterior num ritmo que não se via há muitas décadas.

A data de 2204 é apenas um exercício simples que resulta da repetição do saldo populacional negativo que se espera para este ano, tendo em conta as estimativas de nascimentos, a manutenção das mortes e a repetição do saldo migratório médio dos últimos dois anos. Ou seja, é o ano em que a população acaba se mantiver esta trajetória perigosa de perder cerca de 55 mil pessoas por ano.

Infelizmente, esta ameaça seríssima que Portugal enfrenta não tem sido olhada com a devida atenção por parte dos responsáveis políticos. E não se trata de um problema criado com o programa da troika [Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu]. É uma tendência que já se observa há algum tempo e que tende a agravar-se e a auto-alimentar-se. Um país sem pessoas é um deserto e, já se sabe, com pequeníssimas excepções, ninguém gosta de viver no deserto. FONTE

É tempo de, a exemplo dos "nuestros hermanos", acordarmos…!


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