Meu bom amigo D. Januário Torgal Ferreira, bem
hajas…!
Porque é que, dirigindo-me tão informalmente como "meu
bom amigo", trato-o por Dom.
Não, não o confundo com os elementos do governo… Por isso
invoco-o com o máximo de dignidade e respeito pela coragem que sempre o
demonstrou. Não é por se ser ministro da Defesa Nacional que se tem coragem.
Que mais não seja, nesta condição deveria, em vez de o desafiar, respeitar o
currículo de D. Januário que em nada se assemelha ao de Relvas e a de muitos
outros que pululam este governo:
"Januário Torgal Ferreira
foi chefe de Gabinete de D. António
Ferreira Gomes (o Bispo que foi exilado por Salazar). (...) Alguns
anos mais tarde, regressou a França para frequentar um curso de Pós-graduação
em Paris-Nanterre (1977-1979), sob a direcção de Paul Ricoeur. De seguida, deu
início à elaboração da sua dissertação de doutoramento em Filosofia, a qual
veio a abandonar após a morte dos pais (a mãe faleceu em 1980 e o pai em 1983).
Foi Reitor da Igreja de S. José das Taipas, no Porto, participou no Centro
Diocesano de Preparação para o Matrimónio, foi Director do Secretariado para a
Pastoral Familiar e da Pastoral Universitária e foi membro, a pedido do Prof. Daniel
Serrão, da Comissão de Ética do Hospital de S. João. No decurso da sua carreira
de docente universitário, entre 1970 e 1989, trabalhou como Professor
Assistente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde ministrou as
disciplinas de Introdução à Filosofia, Axiologia e Ética, História da Cultura
Clássica, História da Filosofia Antiga, Introdução às Ciências do Homem,
Introdução à Psicologia (no Curso de Pós-graduação em Ciências Pedagógicas),
Técnicas e Métodos de Investigação em Filosofia, Temas da Filosofia
Contemporânea e Medieval e Hermenêutica do Texto Filosófico. Paralelamente,
leccionou as disciplinas de Introdução à Psicologia e de História da Cultura na
Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (1970), também no Porto; regeu
o seminário "Introdução às Ciências do Homem", na Universidade de
Aveiro (1977) e leccionou no Instituto de Estudos Teológicos (1980), mais tarde
transitando para o Curso de Teologia da Universidade Católica, no pólo do
Porto. Em Abril de 1989, ao ingressar no Ordinariato Castrense como Bispo
Auxiliar das Forças Armadas e de Segurança, abandonou a docência e a
investigação científica. Nesse ano tornou-se Vigário-geral Castrense e
Capelão-Mor das Forças Armadas, recebendo a patente de Brigadeiro e, mais
tarde, de Major-General. De 1993 a 1999 foi porta-voz e secretário da Conferência
Episcopal Portuguesa, tendo estado em Oslo, em 1996, nessa qualidade, aquando
da atribuição do Prémio Nobel da Paz a D. Ximenes Belo e a Ramos Horta. Em 2001
foi nomeado Ordinário Castrense, ou seja, Bispo das Forças Armadas e de
Segurança, e, simultaneamente, Presidente da Comissão Episcopal das Migrações e
Turismo e da Pax Christi,
movimento católico internacional. A 24 de Junho de 2008 foi distinguido pelo
Chefe de Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho, com a
Medalha D. Afonso Henriques, Mérito do Exército, 1ª classe. Januário Torgal
Ferreira editou trabalhos de investigação em publicações periódicas, colabora
nas enciclopédias Luso-brasileira
e Logos e é comentador da rádio
TSF". (In Mainstreet)
Felizmente a
dignidade não abandonou todos os responsáveis deste País…!
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