sábado, 29 de setembro de 2012

O DISPARATE ESTÁ A FAZER MODA NA ALTA-RODA…




Ser professor é muito mais do que aquilo que António Borges julga ser. Ser professor é mais do que debitar matéria para, quem quiser, aprender. Ser professor não é avaliar o conhecimento dos alunos e os "valores" em que se concorda com o discípulo.

Ser professor é uma "grandiosidade" tão simples: transmitir humildemente (com carinho e amor) o conhecimento e os saberes acumulados na humanidade, mesmo que parcialmente… É o estar sempre preparado para aprender e, depois de o assimilar, transmitir o seu conhecimento.

Ser professor será tudo aquilo que António Borges não é: Simples, despretensioso, verdadeiro, prestável…

António Borges diz "que os empresários que se apresentaram contra a medida (TSU) são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas". Não percebeu ainda que a esmagadora maioria dos Professores de Economia têm um pensamento diferente do dele…?

Sei que já não deveria admirar-me com os disparates proferidos por António Borges; mas, que querem…? Ele faz-me lembrar aquele automobilista que, circulando em contra-mão numa auto-estrada e, ouvindo, na rádio, avisar que um carro transitava em sentido contrário na mesma via, comentou: não é um, são todos… 

Este senhor continua a pensar que é o centro do universo!

Foi este homem que afirmou que o "sub-prime é uma das melhores inovações dos últimos anos…"

Sê-lo-á se a intenção for destruir a humanidade…


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CEGOS, SURDOS E MUDOS



A redução da dívida pública "é um processo demorado, sobretudo no contexto de um ambiente externo frágil", defende o Fundo Monetário Internacional (FMI) e ainda que "consertar problemas orçamentais e reduzir a dívida leva o seu tempo".

"Os esforços de consolidação orçamental necessitam de ser complementados por medidas de apoio ao crescimento", alerta um estudo intitulado "O Bom, o Mau e o Feio: 100 anos a lidar com o espectro da dívida pública".

Os técnicos do FMI estudaram um século de evolução da dívida pública, focando-se em seis casos particulares em que a dívida ultrapassou os 100 por cento do PIB (entre os quais o Reino Unido, nos anos 1920, ou a Itália, nos anos 1990) [estudo disponível (versão em inglês) na íntegra].

A conclusão é que, quando a dívida pública de um país ultrapassa os 100 por cento do respectivo PIB, são precisas décadas para a reduzir a níveis mais controláveis. Segundo o estudo, em média, 15 anos depois de um país ultrapassar os 100 por cento de endividamento, a dívida só baixa 10 pontos percentuais.

No mesmo documento, o Fundo Monetário Internacional avisa ainda que a redução do défice deve ser complementada por medidas de crescimento.


E, porque será que eu continuo com um sentimento de que, ao contrário do que diz o PM-PPC, este governo é constituído por Cegos, Surdos e Mudos que Não querem Ver, não se dispõem a Ouvir e recusam-se a Falar verdade…?


Cada vez me convenço mais (tenho a certeza) que os verdadeiros objectivos desta aparente e incompetente Cegueira, Surdez e Mutismo se devem a vis compromissos (muito pouco confessáveis) que duas Guerras Mundiais e uma larga dezena de contra-revoluções não conseguiram fazer – a implantação do liberalismo desenfreado e fascizante destruidor do Estado Social.

Milton Friedman foi o porta-estandarte desta cruzada negra contra a humanidade (camuflada de erudição académica) e que, em Portugal, teve como mais fiéis seguidores Cavaco Siva e Victor Gaspar.

Passos Coelho não conta…


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O HOMEM



Perguntaram ao Dalai Lama:

– O que mais o surpreende na humanidade?

Este respondeu:

– Os homens…! Os homens porque perdem a saúde para juntar dinheiro; depois, perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E acrescentou:

– E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.


Num outro momento, questionado sobre se haveria alguma ocasião especial para se fazer algo útil e importante na vida, respondeu:

– Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro chama-se amanhã; portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A MATEMÁTICA



A matemática é a ciência do raciocínio lógico e abstrato. A matemática estuda quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações. Um trabalho matemático consiste em procurar padrões, formular conjecturas e, por meio de deduções rigorosas a partir de axiomas e definições, estabelecer novos resultados.

Registos arqueológicos mostram que a matemática sempre fez parte da actividade humana. Ela evoluiu a partir de contagens, medições, cálculos e do estudo sistemático de formas geométricas e movimentos de objectos físicos.

"A matemática desenvolveu-se principalmente na Mesopotâmia, no Egipto, na Grécia, na Índia e no Médio Oriente. A partir da Renascença o desenvolvimento da matemática intensificou-se na Europa, quando novas descobertas científicas levaram a um crescimento acelerado que dura até os dias de hoje.

Há muito tempo que se busca um consenso quanto à definição do que é a matemática. No entanto, nas últimas décadas do século XX tomou forma uma definição que tem ampla aceitação entre os matemáticos: matemática é a ciência das regularidades (padrões). Segundo esta definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais. Ou seja, os matemáticos procuram regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e formulam teorias com as quais tentam explicar as relações observadas. Uma outra definição seria que matemática é a investigação de estruturas abstratas definidas axiomaticamente, usando a lógica formal como estrutura comum. As estruturas específicas geralmente têm sua origem nas ciências naturais, mais comumente na física, mas os matemáticos também definem e investigam estruturas por razões puramente internas à matemática (matemática pura), por exemplo, ao perceberem que as estruturas fornecem uma generalização unificante de vários subcampos ou uma ferramenta útil em cálculos comuns.

A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas do conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia, e ciências sociais. Matemática aplicada, ramo da matemática que se ocupa de aplicações do conhecimento matemático em outras áreas do conhecimento, às vezes leva ao desenvolvimento de um novo ramo, como aconteceu com Estatística ou Teoria dos jogos. O estudo de matemática pura, ou seja, da matemática pela matemática, sem a preocupação com sua aplicabilidade, muitas vezes mostrou-se útil anos ou séculos adiante, como aconteceu com os estudos das cónicas ou de Teoria dos números feitos pelos gregos, úteis, respectivamente, em descobertas sobre astronomia feitas por Kepler no século XVII, ou para o desenvolvimento de segurança em computadores nos dias de hoje." (Wikipédia)

Estes conceitos são verdadeiros para quase todo o mundo; excepto para o governo português e para os partidos que o sustentam (PSD e CDS/PP). Claro que não irei falar sobre os desvios ou sobre a incapacidade de gerir os Orçamentos de Estado, porque isto não é ignorância relativamente aos conhecimentos matemáticos – a isso chama-se incompetência…! Quero tão-somente fazer o reparo da incapacidade destes indivíduos fazerem contas, onde os dados, embora sejam os mesmos para todos, têm resultados diferentes.

Vejamos, a título de exemplo:

O PS considerou na terça-feira que "a montanha pariu um rato" no objetivo do Governo de cortar despesas com fundações e exigiu que sejam enviados para o Parlamento os estudos que estiveram na origem da proposta do executivo.

O presidente da bancada social-democrata assinalou que, "de 2008 a 2010, o Estado gastou 820 milhões de euros com o funcionamento das fundações, gastou qualquer coisa como 275 milhões de euros por ano" e que "uma poupança de 150 milhões de euros significa um decréscimo de 55 por cento dessas despesas".


O Diário de Notícias diz que o Estado poupa 200 milhões…



O Público refere que o Estado não chega a poupar os mais de 150 milhões previstos pelo executivo.


Partindo do princípio de que existem estudos feitos (e que já há muito boa gente que o duvida), como se chega a resultados tão díspares?

Como é que roubando mais aos trabalhadores, os cofres do Estado estão mais vazios?



Diria o meu neto: Eles fazem as contas pelos dedos; como os números são tão grandes e eles só têm 10 dedos, é difícil acertar…!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A OBSCENIDADE DO DINHEIRO



Os objectivos dos poderosos do mundo financeiro (capitalistas e neo-liberais) são idênticos aos de Coelho, Gaspar, Relvas & Companhia. A diferença é que os diversos "Mitt Romney's" americanos (e não só) são uns parvalhões obscenos e imorais milionários, enquanto os nossos governantes não passam de uns parvalhões obscenos, incompetentes e ridículos que, apesar de terem mais dinheiro disponível do que a esmagadora maioria do povo português e de não sofrerem a austeridade que nós sofremos, não dispõem do dinheiro que os outros arranjam, embora não deixem de ser seus lacaios…

Eis um vídeo em que Mitt Romney foi apanhado, sem o saber, a criticar metade dos contribuintes americanos:


“Há 47% de eleitores que vão votar no Presidente aconteça o que acontecer. São 47% que estão com ele, que dependem do Governo, que acreditam que são vítimas, que acreditam que o Governo tem a responsabilidade de cuidar deles, que têm direito a cuidados médicos, a comida, a casa, a tudo o que imaginarem, que isso são direitos adquiridos e que o Governo tem de garantir-lhes. E eles votarão no Presidente, em qualquer caso”, diz Romney, acrescentando que estas pessoas são as que “não pagam impostos”. Por isso, “o meu trabalho não é preocupar-me com essas pessoas, porque nunca irei convencê-las de que devem assumir responsabilidades e tomar conta das suas vidas”, conclui.

Nesta linha de raciocínio, Romney considera que a sua missão é convencer os cinco a dez por cento de eleitores independentes. Porém, nem estes escapam à crítica do candidato republicano que, num outro segmento da conversa, também gravado em vídeo e publicado num trecho à parte, se refere aos independentes dizendo que a campanha dele não foi tão dura com Obama como este tem sido com a dele porque há eleitores que ainda gostam e apoiam o adversário. "Como votaram nele [Obama], eles não querem que lhes digam que estão errados, que ele é mau, fez coisas erradas e que é corrupto". (Público online)


domingo, 16 de setembro de 2012

DESVIOS E RIGOR




Com base no Portal do Governo, o primeiro-ministro e os seus ministros gastarão este ano com o pessoal dos gabinetes mais de 8,7 milhões de euros. Por mês, o gabinete de Passo Coelho gasta com os salários do pessoal 129 mil euros. O que dá um gasto anual de 1,55 milhões de euros. O CM questionou o gabinete de Passos Coelho, mas, até ontem à noite, não recebeu resposta.

Compare-se o RIGOR ORÇAMENTAL, os DESVIOS previstos e o número de trabalhadores afectos a estes gabinetes:

PEDRO PASSOS COELHO, Primeiro-ministro
Verba orçamentada: € 1.496.476,00
Despesa realizada: € 1.552.744,00 (mais 3,76%)
Número de funcionários no gabinete: 67

MIGUEL RELVAS, Ministro dos Assuntos Parlamentares
Verba orçamentada: 543.945
Despesa realizada: 466.105
Número de funcionários no gabinete: 21

PAULO PORTAS, Ministro dos Negócios Estrangeiros
Verba orçamentada: € 409.874
Despesa realizada: 650.561 (mais 58,76%)
Número de funcionários no gabinete: 26

JOSÉ PEDRO AGUIAR BRANCO, Ministro da Defesa
Verba orçamentada: € 758.917
Despesa realizada: 1.080.000 (mais 42,3%)
Número de funcionários no gabinete: 38

VÍTOR GASPAR, Ministro das Finanças
Verba orçamentada: € 498.929
Despesa realizada: 769.420 (mais 54,21%)
Número de funcionários no gabinete: 29

PAULA TEIXEIRA DA CRUZ, Ministra da Justiça
Verba orçamentada: € 452.241
Despesa realizada: € 374.020
Número de funcionários no gabinete: 10

PAULO MACEDO, Ministro da Saúde
Verba orçamentada: € 546.745
Despesa realizada: € 532.128
Número de funcionários no gabinete: 18

NUNO CRATO, Ministro da Educação e Ciência
Verba orçamentada: € 585.111
Despesa realizada: € 687.006 (mais 17,41%)
Número de funcionários no gabinete: 26

ASSUNÇÃO CRISTAS, Ministra da Agricultura e do Mar
Verba orçamentada: € 617.577
Despesa realizada: € 770.478 (mais 24,75%)
Número de funcionários no gabinete: 26

PEDRO MOTA SOARES, Ministro da Segurança Social
Verba orçamentada: € 419.920
Despesa realizada: € 413.792
Número de funcionários no gabinete: 29

MIGUEL MACEDO, Ministro da Administração Interna
Verba orçamentada: € 473.500
Despesa realizada: € 468.590
Número de funcionários no gabinete: 21

ÁLVARO SANTOS PEREIRA, Ministro da Economia
Verba orçamentada: € 667.833
Despesa realizada: 943.585 (mais 41,29%)
Número de funcionários no gabinete: 32


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O PAPAGAIO QUE QUERIA SER PAVÃO



O papagaio


Uma das características dos papagaios é a sua capacidade de reproduzir sons idênticos à voz humana, de palrar… Palrar, diz-se, também, da capacidade de falar sem dizer nada. Os papagaios são conhecidos pela sua grande habilidade vocal, alegria e destreza com os pés. A dieta dos papagaios na natureza é variada, composta por frutos, sementes, rebentos, flores e eventualmente insetos que estão nas frutas.



O pavão
 O pavão é um animal esbelto, por vezes associados ao luxo e ao bem-estar. Os pavões preferem alimentar-se de insetos e outros pequenos invertebrados, mas também comem sementes, folhas e pétalas. Os pavões exibem um complicado ritual de acasalamento, do qual a cauda extravagante do macho tem um papel principal. As características da cauda colorida, que chega a ter dois metros de comprimento e pode ser aberta como um leque, não têm qualquer utilidade quotidiana para o animal e serão um exemplo de seleção sexual.

Nota-se esta enorme tendência de metamorfose quando se assiste a uma entrevista de um político (como aquela a que assisti hoje na RTP) – o qual não passa de um papagaio mas que se quer arrogar a posturas de pavão (ostentando a sua extravagante cauda, qual ritual complicado de acasalamento) – aquilo que poderemos obter é um triste espectáculo de insegurança, medo, acabrunhamento, dependência de outros, mas com a indisfarçável ambição de parecer um pavão.

Este animal que palra como um papagaio, embora queira parecer um pavão – talvez só para poder utilizar os seus dotes de sedução para o acasalamento – não passa de uma mistificação, tal como o papagueado que utiliza. Todavia esta situação torna-se muito mais grave porque os rituais de sedução para acasalamento que utiliza não são consensuais, o que transforma estes actos em estupros ou violações.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

QUE MAL CUIDE EM PERGUNTAR… (11)



Estou, de veras, cansado de ouvir tanta aleivosia proveniente das bocas dos responsáveis do PSD. Agora foi a vez do seu vice-presidente Jorge Moreira da Silva ao afirmar, no Negócios online, que o PSD "se congratula com a quinta avaliação da troika" e que algumas pessoas deviam ter "tido a prudência de esperar pela visão completa" do discurso parcelar sobre o OE de Passos Coelho. E acrescentou: “Foi precisamente na quinta avaliação da troika que a Grécia falhou. Por isso é uma boa notícia" (o que é boa notícia? será o falhanço da Grécia…? – não percebo), rematando com aquilo que me deixa numa enorme incógnita e perplexidade "gostava que as pessoas soubessem que se assim não fosse teria acontecido a Portugal o que aconteceu à Grécia.

Que mal cuide em perguntar:

– O que aconteceu à Grécia…?

– Estará o seu povo revoltado contra as tentativas de ser escravizado…?

– O povo está na miséria…?

Nós também…!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

OS TROCA-TINTAS



Estive tentado a dizer "raios e coriscos" em relação ao PS e ao seu comportamento face à política destruidora do Estado Social que este governo teima, a qualquer custo, fazer vingar. Em boa hora, contive-me.

Quem, de facto, tem estado ao lado dos seus "amigos e colegas" do tempo das lides (farras) políticas das Juventudes Partidárias (Relvas e Passos Coelho) é o Secretário-Geral do Partido Socialista – António José Seguro – e não os seus militantes. Quem encontrou uma forma de luta altamente inovadora para combater a aprovação do OE de 2012 – a abstenção violenta – foi o Tó Zé Seguro, que não os militantes do Partido. Quem se esconde atrás de uma retórica e verborreia de dúbia e aparente cordialidade com os inimigos do povo não são os deputados do PS (veja-se, a título de exemplo, Isabel Moreira, entre muitos) – é, mais uma vez, o seu Secretário-Geral. Quem esperou 41 horas para reagir rápida e violentamente contra o discurso destruidor do Estado Social, do Estado Previdência, do Estado Justiça, do Estado Equidade, conduzindo o País a um estado de sítio, foi, mais uma vez, António José Seguro.

Mas… Pasmem, leitores! Pasmem…! Vou justificar o Sr. Seguro:

Quem se sente tanto ou mais incapaz para assumir a governação do País (não é a mesma coisa que brincar aos políticos, nas juventudes partidárias) do que este actual governo, certamente não o quer destruir já.

E, porquê…? É simples:

Quer aguardar que este governo destrua totalmente o País para, então, poder fazer qualquer coisinha que, por mais pequena que seja, é sempre superior à do actual e, desta forma, chegar à aspiração suprema (para Relvas era ser doutor, a qualquer preço) de ser Primeiro-Ministro. Não lhe interessa se tem competência, se está preparado, se para chegar lá tivesse contribuído para a destruição de Portugal… Não interessa…! O que interessa é chegar a PM…!

Explico agora porque me contive na vociferação contra o PS.

É tão simples:

Reconheço, agora, que o PS está a acordar do pesadelo da última eleição para Secretário-geral; que foram pressionados, manipulados e ludibriados com o argumento de serem co-responsáveis na crise económica mundial; que, condicionados, elegeram para substituto do então líder da crise mundial (José Sócrates) aquele que estava a dar provas (conhecedor do aparelho político do PS, Seguro afirmou-se…) de ser um moderno substituto de Marcus Junius Brutus no assassinato do líder (não de Júlio César, mas de Sócrates – o actual).

Mais… Os deputados do PS já se manifestaram contra a aprovação do OE de 2013, ameaçando, inclusive, de solicitarem a fiscalização progressiva do documento, junto do Tribunal Constitucional. Tudo isto, sem esperarem a luz-verde do Sr. Seguro.

Só assim se percebe o rifão popular de que "o Seguro morreu de velho"! Não espero a morte deste… Basta-me, tão só, o seu afastamento da política e das relações sociais.

domingo, 9 de setembro de 2012

QUANTO CUSTA…?



Quanto custa a dignidade de um Povo?






Quando temos um governo liderado por um idiota que decidiu governar à margem da lei e de qualquer princípio ético ou moral, temos que começar a pensar quanto custa viver com dignidade. Acabaram-se as negociações entre trabalhadores e patrões; terminaram os processos de concertação e a constituição finou-se.

É tempo de perguntarmos:

– Quanto nos custa a "auto-destruição" que nos está a ser imposta…?

– Custa-nos a dignidade…!

– Quanto nos custa o vencimento do novo Presidente da RTP, que aceitou sair de uma multinacional cervejeira de renome para vir para a RTP ganhar muito menos (e ainda muito menos que o presidente cessante)…?

– Custa-nos o Serviço Público de Televisão de um País com nove séculos de História Gloriosa e a ignomínia do desrespeito das tradições e da cultura…!

– Quanto nos custa a redução indiscriminada dos salários dos trabalhadores portugueses…?

– Custa-nos o nivelamento pela mais baixa camada de explorados da China ou do Bangladesh – trabalham pela sobrevivência e para poderem trabalhar no dia seguinte, pelo mesmo motivo…

– Quanto nos custa o silêncio do Presidente da República, relativamente às agressões do Governo a um Órgão de Soberania – o Tribunal Constitucional – e a consequente falta de acção no garante do funcionamento das instituições…?

– Não sei! Mas, se calhar, o verdadeiro preço do Pavilhão Atlântico…! (ver "Sair da crise é possível")


Julgo que é tempo de reivindicarmos os nossos direitos de uma forma clara e expressiva. É tempo de despertarmos da nossa letargia. É tempo de dizer basta.

Se não o fizermos, QUANTO NOS CUSTARÁ…?

sábado, 8 de setembro de 2012

O DESCARAMENTO DO PRIMEIRO-MINISTRO



Isto é um exemplo do que escrevem sobre nós os jornais estrangeiros. O Sr. Primeiro-ministro ou anda muito desatento ou é muito descarado...





aqui

E... o que dizem os nossos jornais?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A AMEAÇA DE PASSOS COELHO



Há quem lhe chame comunicação ao País… Eu chamo-lhe ameaça…

Não tenho estômago para analisar todo o discurso do PM-PPC. Nem o ministro de Sadam Hussein era tão virulento quando desmentia as evidências televisivas da ocupação americana do Iraque. É preciso descaramento, despudor (como diria a minha avó, falta de vergonha), má-fé, incapacidade e incompetência para afirmar o que afirmou e da forma como o fez. A vontade indomável de aceder ao pote, a falta de dignidade e a vaidade desmesurada de aparecerem em público com (ir)responsabilidades novas, levou a que gente como esta perdesse o sentido da realidade e a noção do ridículo.

Eis parte do início da ameaça do PM-PPC ao País:

"[] A emergência financeira nacional em que o País foi mergulhado em 2011 a) ainda não terminou. Os problemas que enfrentamos b) começaram a ser vigorosamente atacados mas ainda não estão dominados. Por outro lado, a nossa tarefa não tem sido facilitada c) pela crescente incerteza e degradação financeira na Europa de quem estamos muito dependentes. Da nossa parte, fizemos, e estamos a fazer, o que é necessário. É a nós que cabe desfazer os danos d) que foram infligidos durante muito tempo à nossa economia. É uma tarefa árdua e longa, em que muitas das decisões só produzem efeitos com o passar de algum tempo e). Mas em resultado das nossas políticas e das nossas ações, com os esforços notáveis dos Portugueses, com a sua clarividência e paciência, podemos dizer que já começámos a reduzir f) substancialmente alguns dos perigos e riscos que nos ameaçavam g).
Hoje, já podemos reconhecer resultados das nossas escolhas que aumentaram consideravelmente a nossa estabilidade e a nossa resistência h). Estamos a reduzir o nosso défice externo mais rapidamente do que foi previsto h) e a diminuir a dependência da nossa economia relativamente ao financiamento estrangeiro.
Hoje, é fácil contrastar o profundo ceticismo de que Portugal era alvo na comunidade internacional i) com o voto diário de confiança que depositam em nós. Somos agora vistos pelos nossos parceiros internacionais e pelos agentes da economia global como um País confiável e merecedor de apoio, e a nossa reputação no exterior é incomparável com a que gozávamos há cerca de ano e meio j). Este ativo tem consequências diretas na vida dos Portugueses, como nos demos conta quando no passado o delapidámos k), quer mais recentemente quando efetuámos vários leilões de dívida pública a juros mais baixos aliviando os encargos de todos os contribuintes l) no financiamento do Estado. []"

a) - Esqueceu-se de dizer que a sede de ir ao pote era tão grande que votou contra o PEC IV, destruindo todas as hipóteses que Portugal tinha de "escapar à Troika" – até a senhora Merkel apoiava o PEC IV…

b) - Que enfrentamos?!? É preciso ter lata! Quereria dizer: "Os problemas que criamos às famílias portuguesas…"

c) - De facto a tarefa não tem sido facilitada…! As dificuldades sobejam quando abunda a incompetência…

d) - De certeza que não se referia aos danos…! O que queria dizer era "É a nós que cabe desfazer as conquistas dos portugueses…"

e) - De facto demora muito a destruir um povo… E os portugueses, apesar de tudo, são um osso duro de roer…

f) - De facto, há um ano e meio que começaram a reduzir os direitos deste povo. Cuidado…! Podem despertar o direito à indignação que, nas gentes já tão sofridas, pode não ser bom para quem as governa…!

g) - De certeza que se referia à estabilidade e resistência deles (governo), porque a do povo, mais tarde ou mais cedo – podem crer –, irão senti-la…

h) - A ânsia de agradar os donos – a Troika – levou-os a aumentarem a austeridade, reduzindo o tempo para atingirem os objectivos que nem sequer tinham sido acordados…

i) - É de tal forma verdade que somente a oposição em Portugal (incluindo o Presidente da República) contrariou aquilo que a Europa já tinha anuido e louvado, há um ano e meio…

j) - Este arauto da desgraça convence-se, da tal maneira, daquilo que diz que nem olha para os resultados e para as críticas que a imprensa estrangeira lhe faz (só a estrangeira, que a nacional – salvo raríssimas e honrosas excepções – está nas mãos deles).

k) - A desonestidade é tão grande e tão cega que nem repara que o povo já sabe que a crise no mundo não foi criada pelo Sócrates…

l) - Certamente o que quereria dizer era aliviando os proveitos de todos os contribuintes…


Eu quero acordar deste pesadelo…!

Isto é mau demais para ser verdade…!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

HÚBRIS



Etimologicamente o termo húbris deriva do grego hybris que, por sua vez, tem a raiz no indo-europeu e que quer dizer "peso excessivo", "força exagerada"…

Húbris é um conceito oriundo da antiguidade clássica grega que se poderá, também, traduzir por "orgulho exagerado", "presunção", "arrogância", "insolência", "tudo o que vai além da medida racional"…

Húbris espelhava o desprezo imprudente pelo espaço alheio, aliado à falta de controlo sobre os próprios impulsos, tornando-se num sentimento violento inspirado por paixões exageradas.

Eurípedes, referindo-se a este conceito – Húbris – disse: "Os deuses, primeiro, deixam louco aquele que querem destruir"…

Aristóteles definiu Húbris como uma humilhação para a vítima… Húbris é um não caso em que alguém julga que pode fazer tudo o que quiser.

Modernamente, o conceito húbris utiliza-se para explicar uma possível causa do colapso das civilizações…

À Húbris opõe-se a Sofrósina, a virtude da prudência, do bom senso e da moderação.

- E porque será que tenho aquela sensação de que alguns elementos deste nosso governo se consideram deuses e estão a reabilitar a húbris…?

- Será porque usam e abusam de uma arrogância desmedida nos seus actos e nas suas atitudes…?

- Será que querem, antes de nos destruírem, deixarem-nos loucos…?

Um governo que não tem programa – apesar de identificar como sendo seu um projecto político imposto pela Troika –, que tenta ir além do que se lhe pediu, que se mantém orgulhosamente isolado (autista?) na defesa e manutenção das teorias de austeridade a qualquer preço, personifica da forma mais esclarecedora e exemplificadora o conceito húbris.

De hoje em diante, quando se falar em Passos Coelho, Relvas & Companhia, associo imediatamente a húbris