segunda-feira, 14 de maio de 2012

A PAROLICE…




O PM-PPC está "inspirado" pelo regime de Singapura, de tal modo que o último livro que o marcou foi "o do presidente de Singapura", que demonstra "a transformação" que o país fez nos últimos anos. E acrescenta, referindo-se à leitura que fez, que é um livro "Inspirador, embora Singapura seja evidentemente um regime autocrático, o que não é exatamente o que nós desejamos para Portugal".

Penso que o PM-PPC não conhece nem nunca esteve em Singapura. Por isso não deve saber que o serviço de saúde é gratuito, o ensino é obrigatório e, também gratuito até ao final do secundário, bem como o ensino universitário. Não há fome. Não existe desemprego. O sistema judicial trata da mesma forma os pequenos e os grandes.

Dado o interesse manifestado pelo PM-PPC num livro que eu desconhecia, dei comigo a "googlar" na "net" na ânsia de descobrir o autor e o título do mesmo. Julgando, ainda, que PPC se referia ao actual presidente Tony Tan Keng Yam procurei em livros deste autor – não há ou não se conhecem as obras…

Afinal, a qual presidente de Singapura se terá referido o PM?

Este episódio trouxe-me à memória a triste "perda" da obra (penso que PPC se referiu ao autor como sendo Jean Paul Sartre) "A fenomenologia do ser" que, desde então se terá perdido do conhecimento dos mortais; pelo menos, ninguém mais a terá lido e não se conhece…

Todavia, o mais interessante das declarações do PM-PPC, na Feira do Livro, não foi a vaia dos indignados, mas o elogio deste ao autoritarismo de Tony Tan Keng Yam – "…inspirador, embora Singapura seja evidentemente um regime autocrático, o que não é exatamente o que nós desejamos para Portugal".

Pasmo, assombro-me, espanto-me e quedo-me estupefacto com o saber e com a cultura desmedida, desmesurada, incalculável, imensa – e sei lá com que mais posso adjectivar – do PM-PPC.

Este homem não existe…!

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