O PM-PPC está "inspirado"
pelo regime de Singapura, de tal modo que o último livro que o marcou foi "o
do presidente de Singapura", que demonstra "a
transformação" que o país fez nos últimos anos. E acrescenta,
referindo-se à leitura que fez, que é um livro "Inspirador, embora Singapura seja
evidentemente um regime autocrático, o que não é exatamente o que nós desejamos
para Portugal".
Penso que o PM-PPC não conhece nem nunca esteve em Singapura. Por
isso não deve saber que o serviço de saúde é gratuito, o ensino é obrigatório e,
também gratuito até ao final do secundário, bem como o ensino universitário.
Não há fome. Não existe desemprego.
O sistema judicial trata da mesma forma os pequenos e os grandes.
Dado o interesse manifestado pelo PM-PPC num livro que eu desconhecia,
dei comigo a "googlar"
na "net" na ânsia de
descobrir o autor e o título do mesmo. Julgando, ainda, que PPC se referia ao
actual presidente Tony Tan Keng Yam procurei em livros deste autor – não há ou
não se conhecem as obras…
Afinal, a qual presidente de Singapura se terá
referido o PM?
Este episódio trouxe-me à memória a triste "perda" da obra (penso que PPC se
referiu ao autor como sendo Jean Paul Sartre) "A fenomenologia do ser"
que, desde então se terá perdido do conhecimento dos mortais; pelo menos, ninguém
mais a terá lido e não se conhece…
Todavia, o mais interessante das declarações do PM-PPC, na
Feira do Livro, não foi a vaia dos indignados, mas o elogio deste ao
autoritarismo de Tony Tan Keng Yam – "…inspirador, embora Singapura seja
evidentemente um regime autocrático, o que não é exatamente o que nós desejamos
para Portugal".
Pasmo, assombro-me, espanto-me e quedo-me estupefacto com o
saber e com a cultura desmedida, desmesurada, incalculável, imensa – e sei lá com
que mais posso adjectivar – do PM-PPC.
Este homem não
existe…!
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