segunda-feira, 28 de outubro de 2013

EL PISTOLERO


A nossa mente leva-nos a cada raciocínio…!

Ao ver esta imagem no Público, de 28OUT13,


veio-me à memória aquela anedota do “pistolero” mexicano, no faroeste americano.

Mais ou menos assim:

Ei, señor…! Gringo!

I’m a professional killer; I kill for money… But, as you are my friend, I kill you for nothing, Señor.

Puumm.

Porque será que a nossa mente faz associações destas…?

A mente humana é um mistério.


domingo, 27 de outubro de 2013

HISTÓRIA DE UM NAUFRÁGIO


O Socialismo e a social-democracia, na Europa, acabaram…(?!)



O olhar atento de José Luis Fiori no Carta Maior, sobre a Europa que se autodestrói:

É preciso olhar de frente e sem ilusões: a social-democracia e o socialismo europeus acabaram.

Acabaram como utopia, como ideologia e como projecto político autónomo. De forma inglória, na Itália, Grécia, Portugal e Espanha, e de forma desastrosa, na França de Françoise Hollande, com sua xenofobia e seu “belicismo humanitário”; e na Alemanha, dos governos de coligação e da submissão social-democrata, ao conservadorismo de Angela Merkel, com sua visão “germanocêntrica” e hierárquica da União Europeia, e da sua relação com o mundo islâmico. Este espectáculo terminal, entretanto, inscreve-se numa longa história que começou no fim do século XIX, e atravessou várias “revisões” teóricas e estratégicas, e inúmeras experiências parlamentares e de governo, que foram alterando, progressivamente, através do século XX, os objectivos e a própria identidade do socialismo europeu, até chegar ao desastre actual.

Tudo começou em 1884, com a defesa de Eduard Bernstein, da necessidade de modificar ou reinterpretar algumas teses marxistas clássicas sobre a “luta de classes” e a “revolução socialista”, à luz das grandes transformações capitalistas das últimas décadas do século XIX, e das necessidades da luta eleitoral do partido social-democrata alemão, que era o mais importante da Europa, naquele momento. Segundo Bernstein, o progresso tecnológico e a centralização e internacionalização do capital haviam mudado a natureza da classe operária e a própria dinâmica do sistema capitalista, cujo desenvolvimento histórico já não apontaria mais na direcção da “pauperização crescente”, da “crise final” e da “revolução socialista”.

Como consequência, Bernstein propunha que os sociais-democratas abandonassem a “via revolucionária”, e optassem pela via eleitoral e parlamentar de transformação continua, reformista e endógena do próprio capitalismo. As ideias e propostas de Bernstein privilegiavam inicialmente a questão parlamentar, e foi só mais tarde que tiveram um peso importante na decisão dos sociais-democratas de participar dos governos de “união nacional” ou de “frente popular”, junto com outras forças políticas mais conservadoras, para enfrentar os efeitos devastadores da I Guerra Mundial, e da crise económica da década de 30.

Os problemas que estavam colocados sobre a mesa eram o colapso económico, o desemprego e a inflação, e os sociais-democratas seguiram a cartilha dos conservadores, até porque não tinham uma visão própria de como enfrentar estes desafios concretos, dentro do próprio capitalismo. Neste contexto, entretanto, destaca-se a originalidade do governo social-democrata sueco que respondeu à crise utilizando-se de uma política heterodoxa de incentivo ao crescimento económico e pleno emprego. A despeito que seu sucesso deva ser atribuído à atrelagem da economia sueca ao expansionismo bélico da economia nazista, mais do que as virtudes da própria política económica do governo social-democrata. De qualquer forma, o modelo sueco de “pacto social” foi reproduzido mais tarde, com sucesso, pelos governos sociais-democratas da Áustria, Bélgica, Holanda, e dos próprios países nórdicos, que seguiram sendo governados pelos sociais-democratas, depois da guerra. Seja como for, o caso sueco foi uma excepção no meio de vários fracassos sociais-democratas no comando das políticas económicas rigorosamente ortodoxas e conservadoras dos governos de que participaram, na Alemanha, entre 1928-30; na Grã-Bretanha, entre 1929-31; na Espanha, entre 1928-30; e na França, entre 1936-37.

Logo depois da II Guerra Mundial, os alemães lideraram outra grande revisão doutrinária e estratégica do socialismo europeu que culminou no Congresso do Bad Godesberg, realizado em 1959. Foi neste momento que os socialistas e os sociais-democratas europeus abandonaram a ortodoxia económica e aderiram às teses e às políticas keynesianas, como forma de gerir a economia capitalista com o objectivo de multiplicar os empregos e os recursos necessários para o financiamento das suas políticas distributivas e de protecção social. Dava-se como certo que no médio-prazo, as políticas favoráveis à acumulação de capital também teriam efeitos favoráveis para o mundo do trabalho e da equidade social.

Neste sentido, do ponto de vista lógico e político, a partir deste momento, o sucesso do capitalismo passou a ser uma condição indispensável do sucesso reformista dos socialistas europeus, completando-se uma volta de 180º, com relação à sua tese clássica de que a liberdade e a igualdade seriam um produto necessário da eliminação da propriedade privada e dos “estados burgueses”. Depois de Bad Godesberg, a nova proposta passou a ser: “liberdade política = igualdade social = crescimento económico = sucesso capitalista”.

De qualquer maneira, este novo consenso durou pouco, e já na década de 1980, teve início uma terceira grande “rodada revisionista”, quando os socialistas e sociais-democratas europeus abandonaram o “barco keynesiano” e aderiram às novas teses e políticas neoliberais promovidas em todo mundo, pelos governos conservadores de Margareth Thatcher e Ronald Reagan. Esta mudança de rumo avançou como um rastilho de pólvora – a partir de 80 – na Espanha de Felipe Gonzalez e na França de François Mitterand, e também na Itália de Bettino Craxi, e na Grécia de Andreas Papandreu. E logo em seguida, na Inglaterra de Tony Blair, onde foram formuladas as principais teses da “terceira via”, patrocinada pelos trabalhistas ingleses, e que era na prática uma repetição dos mesmos argumentos que Eduard Bernstein havia apresentado um século antes. Segundo os trabalhistas ingleses, teria ocorrido uma mudança do capitalismo e das suas classes sociais que limitava a eficácia da política da classe tradicional e da própria intervenção “keynesiana” do Estado, tornando-se necessário uma nova adaptação das ideias e programas socialistas a este mundo desproletarizado, desestatizado e globalizado.

No início do século XXI, entretanto, já estava claro que estas políticas e reformas tinham tido um efeito social extremamente negativo, provocando redução simultânea dos postos de trabalho, dos salários, dos gastos sociais e da segurança dos trabalhadores, junto com uma enorme concentração e centralização do capital e da renda, em todos os países do continente. Mesmo assim, os socialistas e sociais-democratas europeus mantiveram e radicalizaram as suas novas posições, transformando-se nos defensores mais intransigentes – dentro da União Europeia – dos princípios e políticas ortodoxas e neoliberais que os levaram ao “beco sem saída” em que se encontram na conjuntura desta segunda década do século XXI.

O problema agora é que já não se trata mais de uma simples crise conjuntural ou circunstancial, trata-se do esgotamento de um projecto que foi sofrendo sucessivas mudanças estratégicas até o ponto em que perdeu todo e qualquer contacto com suas próprias raízes históricas. Primeiro, os partidos socialistas e sociais-democratas abriram mão da ideia da revolução socialista, e depois do próprio socialismo como objectivo final da sua luta política. Mais à frente, deixaram de lado o projecto de socialização da propriedade privada, e de eliminação do estado, e no final do século XX, passaram a atacar as próprias políticas de crescimento, pleno emprego e protecção social que foram suas principais bandeiras depois da II Guerra Mundial, e que talvez tenha sido sua principal contribuição ao século XX.

Por isto, hoje, os socialistas europeus estão transformados numa caricatura de si mesmos, sem horizonte utópico, e sem nenhuma capacidade de inovação política, social e intelectual. Um triste fim para uma utopia e um projecto que fizeram da Europa do século XIX, a vanguarda revolucionário do mundo.”


sábado, 26 de outubro de 2013

QUANDO TEREI O PODER ABSOLUTO…?




A “leitura” do pensamento do PM e Presidente do PSD, PPC, poderia ser
Já cumpri com o prometido e atendi todos os pedidos dos ‘Senhores do Mundo’, mas ainda não me deixam ter, no meu território, o poder absoluto que me prometeram…

Vejam lá:


O “amigo” de Passos, até ter sido nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (entre Abril e Julho deste ano) tinha sido, anteriormente, vogal no “Instituto Camões” e jornalista, durante vários anos, no “Semanário”, na “Euronotícias” e, por fim, no “Diário de Notícias” (2004 a 2012). Fazia parte da Fonte de Recursos Humanos do Governo – “Jornalistas”… (Sem ofensa aos bons profissionais)

Mas, apesar de chumbada pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) a proposta do Governo para a nomeação de Francisco Almeida Leite como presidente, voltaram a insistir na sua nomeação; desta vez, para que fosse apenas vogal da comissão executiva da Sofid. Só faltou (ou não) dizerem: “Façam lá o jeitinho… É que… a nós, dava-nos jeito…

A CRESAP, enfim lá aceitou, impondo, todavia, a condição de que o ex-governante limitasse a sua acção às relações públicas e internacionais, não podendo estar envolvido na área financeira para a qual não tem experiência, conta o semanário Expresso.


Em tempo:
Quando tentei reler a notícia do Expresso, constatei que o endereço, embora sinalizado na pesquisa
  

 ao seleccioná-lo, ia para uma página com a indicação “O endereço não foi encontrado. Por favor, verifique o endereço usado.”



Dá que pensar…!


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TROIKA À BEIRA DA IMPLOSÃO





A falta de consenso entre a Comissão Europeia e o FMI sobre a forma como acabar com a crise da dívida na Europa não para de aumentar. De tal forma que, em Bruxelas, o seu desmantelamento começa a ser considerado.



Vangelis Papavassileou

Ludovic Lamant

Os “homens de negro” da troika estão em vias de ir cada um para seu lado. Três anos após a sua criação fora de qualquer quadro jurídico estabelecido pelos tratados europeus, este organismo tricéfalo, que devia conduzir os programas de reforma dos países da zona euro em risco de falência, está a ser atravessado por tensões graves. Ao ponto de estar aberto, em Bruxelas, o debate sobre o pós-troika.
Criada para o “resgate” da Grécia em maio de 2010, a impopular troika trabalha agora com os Governos de três outros membros da zona euro: Portugal, Irlanda e Chipre. É ela que decide a lista das poupanças, reformas estruturais e privatizações que cada país se deve comprometer a efectuar, se quiser, em troca, um mega-empréstimo para evitar a bancarrota. O FMI aconselha ainda os europeus em matéria de reforma do sector bancário espanhol.
Em três anos, esta estrutura de funcionamento opaco tornou-se o símbolo de uma gestão autoritária da crise, que encosta à parede as capitais da zona euro determinadas em evitar a falência, obrigando-as a pôr em prática reformas rejeitadas por grande número de cidadãos.
Pela lógica, ela dissolver-se-á quando os projectos de assistência (“bailout”) chegarem ao fim. Como seja em 2016, para Chipre, se acreditarmos nos prazos oficiais. O problema está em que, no terreno, os melhoramentos ainda se apresentam frágeis (na Irlanda) ou absolutamente inexistentes (na Grécia). Outros mega-empréstimos podem revelar-se necessários, prolongando o suplício. Os europeus e o FMI deverão discutir, no próximo fim de semana em Washington, um novo pacote de ajuda à Grécia.

Fundo Monetário Europeu 
Bruxelas não se atreve a atacar abertamente este assunto, sobretudo porque os Estados-membros, liderados pela Alemanha, não querem abrir uma caixa de Pandora.
Substituir a troika corresponderia, sem dúvida, a dar ainda mais poderes à Comissão Europeia, transformando-a ainda mais num “Fundo Monetário Europeu” – um cenário não necessariamente muito popular aos olhos de muitos cidadãos do continente...
E assim, a tensão empola-se por todos os lados. Principal razão: a crescente inquietação do FMI, que pretende limitar os danos e não perder o que lhe resta de legitimidade na gestão de crises. Na primavera de 2010, foi sobretudo Berlim que fez força para que a instituição de Washington, então dirigida por Dominique Strauss-Kahn, interviesse. Foi mesmo uma das condições estabelecidas pelo Bundestag, o Parlamento alemão, para validar cada novo plano de ajuda: é necessário que o FMI também esteja envolvido.
Mas o FMI discorda da forma como a crise está a ser gerida e faz agora questão em deixar que se saiba. O seu relatório em Junho caiu como uma bomba: a instituição critica o plano de ajuda negociado em 2010 com a Grécia, explicando que, do seu ponto de vista, teria sido melhor “suavizar” a política de austeridade, promovendo um perdão parcial das dívidas públicas – cenário excluído, na época, por Paris e Berlim.

Gestão calamitosa da crise
Outra iniciativa conflituosa: o Wall Street Journal informou na semana passada da existência de documentos internos do FMI que provam que, no decisivo mês de maio de 2010, mais de 40 Estados-membros do Fundo, todos não europeus, se opuseram ao plano de assistência tal como estava projectado para Atenas.

A retirada do FMI da resolução da crise na zona euro está já em curso
Questionada sobre esse assunto em Junho, Christine Lagarde tentou deitar água na fervura: “Os membros da troika mantiveram uma relação muito sólida e produtiva ao longo dos últimos três anos”, afirmou, elogiando o carácter “inovador” da iniciativa. Mas as pessoas não são parvas. A calamitosa gestão da crise cipriota, no início deste ano, deixou marcas indeléveis. O FMI decidiu participar apenas com 10% do volume total do apoio disponibilizado a Chipre – quando nos “bailouts” precedentes contribuíra com um terço. A retirada do FMI da resolução da crise na zona euro está já em curso.
Em menor medida, o BCE também já se distanciou do dia-a-dia da gestão da troika. No Conselho de Governadores, em Frankfurt, são cada vez mais as vozes a temer pela sacrossanta independência da instituição. “O BCE não aceita a interferência dos governos. Mas essa independência deveria funcionar nos dois sentidos: o que significa que também o BCE deveria abster-se de intervir em decisões demasiado políticas, dando conselhos sobre impostos e cortes de despesas. E, no entanto, é precisamente o que faz no seio da troika: deve sair de lá o mais depressa possível”, considera Paul de Grauwe, economista belga e professor da London School of Economics.

Malogro anunciado
Perante os eurodeputados que o questionavam no final de Setembro em Bruxelas, o presidente do BCE, Mario Draghi, tentou minimizar o papel do BCE na troika. Seria apenas um trabalho de mero conselheiro, “em articulação com a Comissão”, para prestar “aconselhamento técnico”. Daí até dizer que o BCE aconselha a troika, de fora, vai um passinho...
Numa altura em que o FMI e o BCE estão a tentar salvar a face perante o malogro anunciado, resta apenas a Comissão Europeia, estóica no meio da tempestade, para assumir o balanço – calamitoso – dos três anos de troika. Com a aproximação das eleições europeias, José Manuel Durão Barroso, tão rápido a manifestar a sua preocupação relativamente ao crescimento do “populismo” no continente, dá-se conta da manobra? O seu colega Olli Rehn não parece incomodado: em Agosto, expressou o seu desejo de concorrer às eleições como possível líder europeu dos liberais.




 Traduzido por Ana Cardoso Pires



É PRECISO DESCARAMENTO…!




Do texto de São José Almeida, no PÚBLICO, QUA 16 OUT 2013, pág. 3):
“Direcção do CDS teme que um segundo resgate imponha um ‘pacto constitucional’.
Paulo Portas discutiu com membros da comissão directiva do CDS a necessidade de o partido aceitar as medidas draconianas de cortes nas prestações sociais e a redução dos salários da função pública que estão inscritas no Orçamento do Estado para 2014, alegando que, na sua opinião, este é o mal menor para Portugal.
O líder do CDS e vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade de negociar a situação portuguesa com a troika, assumiu perante membros da direcção do partido que existe o risco de Portugal entrar em incumprimento dos compromissos actuais, por incapacidade de atingir as metas acordadas até aqui, e se ver então obrigado a recorrer a um segundo empréstimo, ainda que este viesse a adquirir a fórmula de um plano de apoio e não tanto o estatuto de segundo resgate.
[Paulo Portas] deixou claro aos seus pares de direcção que, depois dos chumbos que têm sido feitos pelo Tribunal Constitucional, ficou explícito para os credores que há uma incompatibilidade entre a leitura que o Tribunal Constitucional faz da Constituição Portuguesa
Daí que Portas tenha a percepção de que qualquer novo resgate financeiro a Portugal, adquira ou não este nome, irá ser feito com exigências que passam pela explicitação de que os partidos portugueses que podem ocupar o governo aceitam a transformação do perfil constitucional do Estado português. Uma exigência que o líder do CDS considera que nunca será aceite pelo PS.”
[…]
Os realces e sublinhados são da nossa responsabilidade.

Tanto arrazoado para justificar aquilo que todos nós já nos apercebemos, há muito: Este governo quer, a qualquer custo, alterar a Constituição, à revelia das regras democráticas.

É um objectivo ideológico ultra liberal, atentatório dos princípios democráticos mais elementares. É, não só, um atentado à social-democracia, como, principalmente, à democracia-cristã.

Há uma permanente falta de respeito pela nossa Constituição e pelos Órgãos de Soberania.

Deve ser o único Governo dito democrático que desrespeita constante e permanentemente o Tribunal Constitucional. Uma situação destas, na Alemanha (ou em qualquer outro país democrático) seria impensável e impossível de acontecer.


Quantas vezes o actual vice-primeiro ministro, quando era ministro dos negócios estrangeiros, negociou com a Srª. Lagarde (enquanto líder do FMI), ou com o Sr. Durão Barroso (enquanto presidente da Comissão Europeia) ou com o Sr. Mario Draghi (como presidente do Banco Central Europeu?

– Nunca!

O Governo irlandês sempre soube negociar os seus interesses e defendeu os interesses do seu povo com coragem, responsabilidade e firmeza.

O nosso governo (não como a exemplo da Irlanda) só negociou por via telefónica; e, mesmo assim, através de um aparelho que só tinha auscultador (como dizia João Cravinho na TVI24). Só assim é possível compreender…

É preciso descaramento…!


terça-feira, 15 de outubro de 2013

QUE MAL CUIDE EM PERGUNTAR (12)




Tenho andado tão absorvido em observar as reformas eficazes (e altamente apreciadas e valorizadas) praticadas pelo Papa Francisco, realizadas num sistema calcinado por 1700 anos de inércia (o de Roma/Vaticano), que não tenho dado a devida atenção às reformas anunciadas pelo governo de PPC e PP (os primeiros ministros de Portugal).

No Vaticano, sem anúncios de pompa e circunstância (e sem ostentação), têm-se feito reformas que julgava não poderem acontecer, em tão pouco tempo: estou fascinado!

Como ia dizendo, ao olhar para as reformas do Vaticano (e, por consequência, da religião e da Igreja), tenho-me distraído das nossas realidades. Por isso, que mal cuide em perguntar:

Alguém sabe dizer-me onde estão as reformas do Estado prometidas pelo Senhor Vice 1º Ministro, há nove meses?

Não me refiro às reformas dos aposentados e pensionistas (que essas sei que cada vez são menores); refiro-me às alterações estruturais “tão apregoadas” e… “tão necessárias”, segundo a troika (?)…

Alguém saberá dizer-me onde posso ler ou consultar o documento da Reforma do Estado ou o seu projecto…?


Portugal viola Direitos da Criança, acusa a UNICEF




  
Expresso – Daniel Ribeiro, correspondente em Paris. Segunda feira, 14 de Outubro de 2013



Papa Francisco e a despaganização do papado


Imperador Constantino conduz São Silvestre I a Roma, símbolo do triunfo da Igreja que passava a ser oficial e esplendorosa

As inovações nos hábitos e nos discursos do Papa Francisco abriram aguda crise nas hostes dos conservadores que seguiam estritamente as directrizes dos dois papas anteriores. Intolerável para eles foi o facto de ter recebido em audiência privada um dos fundadores da “condenadaTeologia da Libertação, o peruano Gustavo Gutiérrez. Sentem-se aturdidos com a sinceridade do Papa ao reconhecer erros da Igreja e de si próprio, ao denunciar o carreirismo de muitos prelados, chamando até de “lepra” o espírito cortesão e adulador de muitos no poder, os assim chamados “vaticanocêntricos”. O que realmente os escandaliza é a inversão que fez ao colocar em primeiro lugar, o amor, a misericórdia, a ternura, o diálogo com a modernidade e a tolerância para com as pessoas mesmo divorciadas, homoafectivas e não-crentes, e só a seguir as doutrinas e disciplinas eclesiásticas.

Já se fazem ouvir vozes dos mais radicais que pedem, para o “bem da Igreja” (a deles obviamente) orações nesse teor: “Senhor, ilumine-o ou elimine-o”. A eliminação de papas incómodos não é raridade na longa história do papado. Houve uma época entre os anos 900 e 1000, chamada de “idade pornocrática” do papado na qual quase todos os papas foram envenenados ou assassinados.

As críticas mais frequentes que circulam nas redes sociais destes grupos, historicamente antiquados e atrasados, vão na linha de acusar o actual Papa de estar dessacralizando a figura do papado até banalizando-o e secularizando-o. Na verdade, são ignorantes da história, reféns de uma tradição secular que pouco tem a ver com o Jesus histórico e com o estilo de vida dos Apóstolos. Mas tem tudo a ver com a lenta paganização e mundanização da Igreja no estilo dos imperadores romanos pagãos e dos príncipes renascentistas, muitos deles cardeais.

As portas para este processo foram abertas já com o imperador Constantino (274-337) que reconheceu o cristianismo e com Teodósio (379-395) que o oficializou como a única religião permitida no Império. Com a decadência do sistema imperial criaram-se as condições para que os bispos, especialmente o de Roma, assumissem funções de ordem e de mando. Isso ocorreu de forma clara com o Papa Leão I, o Grande (440-461), feito prefeito de Roma, para enfrentar a invasão dos hunos. Foi o primeiro a usar o nome de Papa, antes reservado só aos Imperadores. Ganhou mais força com o Papa Gregório, o Grande (540-604), também proclamado prefeito de Roma, culminando mais tarde com Gregório VII (1021-1085) que se arrogou o absoluto poder no campo religioso e no secular: talvez a maior revolução no campo da eclesiologia.

Os atuais hábitos imperiais, principescos e cortesãos da Hierarquia, dos Cardeais e dos Papas remetem-se especialmente ao Papa Silvestre (334-335). No seu tempo criou-se uma falsificação, chamada de “Doação de Constantino”, com o objectivo de fortalecer o poder papal. Segundo ela, o Imperador Constantino teria doado ao Papa a cidade de Roma e a parte ocidental do Império. Incluída nessa “doação”, desmascarada como falsa pelo Cardeal Nicalou de Cusa (1400-1460) estava o uso das insígnias e da indumentária imperial (a púrpura), o título de Papa, o báculo dourado, a cobertura dos ombros toda revestida de arminho e orlada com seda, a formação da corte e a residência em palácios.

Aqui está a origem dos atuais hábitos principescos e cortesãos da Cúria romana, da Hierarquia eclesiástica, dos Cardeais e especialmente do Papa. A sua origem é o estilo pagão dos imperadores romanos e a sumptuosidade dos príncipes renascentistas. Houve, pois, um processo de paganização e de mundanização da igreja como instituição hierárquica.
Os que querem o retorno à tradição ritual que cerca a figura do Papa nem sequer têm consciência deste processo historicamente datado. Insistem na volta de algo que não passa pelo crivo dos valores evangélicos e da prática de Jesus.

O que está a fazer o Papa Francisco? Está a restituir ao papado e a toda a Hierarquia o seu estilo verdadeiro, ligado à Tradição de Jesus e dos Apóstolos. Na realidade está voltando à tradição mais antiga, operando uma despaganização do papado dentro do espírito evangélico, vivido tão emblematicamente por seu inspirador São Francisco de Assis.

A autêntica Tradição está ao lado do Papa Francisco. Os tradicionalistas são apenas tradicionalistas e não tradicionais. Estão mais próximos do palácio de Herodes e de César Augusto do que da gruta de Belém e da casa do artesão de Nazaré. Contra eles está a prática de Jesus e as suas palavras sobre o despojamento, a simplicidade, a humildade e o poder como serviço e não como fazem os príncipes pagãos e “os grandes que subjugam e dominam: convosco não deve ser assim; o maior seja como o menor e quem manda, como quem serve”(Lc 22, 26).

O Papa Francisco fala a partir desta originária e mais antiga Tradição, a de Jesus e dos Apóstolos. Por isso desestabiliza os conservadores que ficaram sem argumentos.



domingo, 13 de outubro de 2013

O PERDOADO QUE NÃO PERDOA


Europa 1939 a 1941

“1. Vai faltando paciência para tanta conversa sobre a situação de Portugal antes, durante e depois da troika. Conversas de avaliações e mais avaliações, de segundo resgate ou não, de programas cautelares, de ajustamentos e desajustamentos, de renegociação da dívida, de pedido de mais tempo, de ameaças com os nossos misteriosos credores, de promessas de regresso aos mercados, de recessão com ou sem espiral e com medições fantasiosas dos défices na elaboração dos orçamentos que não são para entender, mas para sofrer.
Conversas sobre a dívida pública, em crescimento, acompanhada de austeridade e mais austeridade, de cortes e mais cortes nas magrezas das pensões da gente que não é rica, com a máquina de fazer desempregados, de tornar os pobres mais pobres e os remediados sem remédio.
Conversas nos jornais, nas rádios e televisões sobre aumento da emigração e diminuição do acesso ao ensino superior, sobre a impossível renovação etária e a solidariedade entre gerações, os idosos estarão a mais e as crianças não serão a esperança.
O recurso ao vocabulário psicanalíticode masoquistas a sádicos – para classificar o comportamento dos portugueses sobre a sustentabilidade ou insustentabilidade da dívida tornou a conversa fiada numa troca de insultos. A Constituição da República e o Tribunal Constitucional surgem como cartas fora do baralho.

2. Na área cultural, de predominância judeo-cristã, vale a pena retomar a questão do Jubileu, sem catálogos de “indulgências” e tendo diante dos olhos a escandalosa distância entre ricos e pobres. Algumas organizações retomaram a problemática do “perdão da dívida” do Terceiro Mundo, inspiradas na tradição do Antigo Testamento (AT), do Ano Sabático e do Ano Jubilar.
Não pretendo sugerir, e muito menos provar, seja o que for, a partir da Bíblia. Não é um livro, mas a biblioteca-base, ou de referência, de judeus e cristãos, com algumas marcas no Islão, escrita ao longo de séculos e composta de muitos géneros literários que exigem vários métodos de leitura e de interpretação. Não é um ditado divino, mas um conjunto de testemunhos da intervenção de Deus, se acolhidos na fé, quanto à sua intencionalidade essencial.
No AT, sobretudo em algumas correntes da teologia da prosperidade, a riqueza é valorizada como uma bênção divina. A saga dos patriarcas bíblicos mostra que uma grande família, abundância de rebanhos, ricas colheitas e uma vida longa valem como assinatura da bondade de Deus. O contrário é sinal de castigo. Ser rico é um sinal da graça; ser pobre é uma vergonha, uma miséria.
Acontece, porém, que a desigualdade na repartição da riqueza levanta problemas. Ver ricos ao lado de pobres, no seio daquele que se considerava o povo de Deus, era um escândalo, feria a ordem divina: “Não deve haver pobres entre vós”. Mas havia. Perante esta situação inaceitável, para não carregar mais, mas abrir o futuro, surgiu uma legislação audaciosa, expressa no Ano Sabático, de sete em sete anos, e no Ano Jubilar, de 49 em 49, destinados ao repouso da terra, ao perdão das dívidas e à libertação dos escravos (Lev. 25; Êx. 23; Deut. 15).
A lição é clara: só uma redistribuição periódica dos bens permite abater a espiral infernal da pauperização.

3. Servindo-se do profeta Isaías, Jesus apresentou o seu programa, na Sinagoga de Nazaré, como um grande Jubileu: proclamar um Ano da Graça do Senhor (Lc, 4,16-22). Entre as muitas parábolas acerca do perdão de dívidas, S. Mateus (18,23-35) fez um retrato espantoso da nossa situação europeia: o perdoado de uma enorme dívida estrangulou um pobre devedor.
Vamos ao texto.
O Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Um deles devia-lhe dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os fi lhos e todos os seus bens, a fi m de pagar o que devia. O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: “Concede-me um prazo e tudo te pagarei.” Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, esse servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço dizendo: “Paga o que me deves!” O seu companheiro caiu-lhe aos pés, suplicando: “Concede-me um prazo que eu te pagarei.” Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros foram contar o sucedido ao senhor. Este mandou-o chamar e disse-lhe: “Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim me suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?”
Seria um anacronismo não ter em conta a distância social, económica e cultural entre a sociedade em que Jesus viveu e a nossa, mas esta parábola exprime a atitude que gostaríamos de ver nos que, há 60 anos, foram perdoados de uma dívida colossal e hoje procuram humilhar as vítimas, não só dos seus erros, mas de uma situação internacional que não provocaram.
Frei Bento Domingues O.P. – PÚBLICO, DOM 13 OUT 2013 (pág. 51)
(Realces a negrito da nossa responsabilidade)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PARTÍCULA DEUS OU PARTÍCULA DE DEUS?



“Desde os anos 60 do século passado, físicos teóricos punham a questão: como podem as partículas elementares sem massa que surgiram com o big bang ganharem massa, após trilionésimas fracções de segundo? Qual foi a partícula ou o campo energético que conferiu massa às partículas virtuais e assim fez irromper a matéria que compõe todo o universo?

Sabemos e, faço-o de forma extremamente pedestre, que a matéria (segundo Einstein é energia altamente condensada) é composta por partículas elementares: topquarks e leptões. Quando estes se unem dão origem aos protões e aos neutrões. Esses, por sua vez, unem-se e formam o núcleo atómico. Leptões, de carga negativa, são atraídos pelo núcleo atómico, com carga positiva e juntos formam os átomos. De átomos se compõem todos os seres existentes.

Portanto, topquarks e leptões são os tijolinhos básicos com os quais todo o universo e nós mesmos somos construídos. Junto com estas partículas elementares agem as quatro forças originárias que ordenam todo o universo, cuja natureza a ciência não conseguiu ainda decifrar. Elas atuam conjuntamente e respondem pela expansão, ordenação e complexificação de todo o processo cosmogónico: a força gravitacional, a electromagnética, a nuclear fraca e forte.

Peter Higgs (*1929) um tranquilo pesquisador de física teórica da universidade de Edimburgo no Reino Unido, sugeriu que deveria existir uma partícula, um bosão ou um campo energético, responsável pela massa de todas as partículas. O físico Leon Lederman (Nobel de Física) chamou-a de partícula de Deus. Outros denominaram-na de partícula Deus, porque ela é a criadora de toda a matéria do universo.

O que seria esse bosão Higgs ou campo Higgs? Os físicos imaginam-no como um fluido viscoso finíssimo que enche todo o universo, à semelhança do éter de Aristóteles e da física clássica. Quando as partículas elementares sem massa, puramente virtuais, tocam esse bosão ou interagem com o campo Higgs sofrem resistência, são travadas, pressionadas e consolidadas e destarte ganham massa e peso.

No dia 4 de Julho de 2012, no Grande Colisor de Hádrions entre a Suíça e a França, após acelerar partículas que colidiam, quase à velocidade da luz, os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) identificaram uma partícula que preenche as características atribuídas ao bosão de Higgs. Supõe-se que seja ela ou outra partícula similar, mas que efectivamente confere massa às partículas elementares.

Esta verificação confirma o modelo standard do universo originado pelo big bang; daí a sua importância.

Mas, como entra Deus nisso tudo? Se dissermos que esta partícula é Deus, seguramente a teologia não o aceitaria, pois faria de Deus uma parte do universo. Ele é mais. É aquela Energia de Fundo, aquele Abismo possibilitador e sustentador do universo, que antecede ao big bang. Ele estaria além do “muro de Planck”, o limite intransponível, anterior ao tempo zero a partir do qual, em 10 na potência 43 de segundos após o big bang, teria surgido a matéria do universo. Atrás deste muro esconde-se aquela Energia poderosa e amorosa que origina tudo, inalcançável pela física mas acessível pela mística.

Se dissermos que o bosão de Higgs é a partícula de Deus podemos teologicamente aceitá-lo; seria o meio pelo qual Deus traria à existência as partículas materiais e assim todo o universo: um acto exclusivamente divino. Essa é a ontologia originária de Deus. A partícula de Deus mostra-nos como se cria tudo o que nos é dado ver. Filosófica e teologicamente diria: ela revela-nos como Deus fez surgir o mundo. E esse acto não se encontra no passado, mas realiza-se em cada momento e em todas as partes do universo e também em nós que estamos à mercê desta partícula de Deus. Caso contrário tudo deixaria de ser, voltaria ao nada”.

Leonardo Boff



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A PIOR GERAÇÃO DE DIRIGENTES EUROPEUS




La gran noticia será precisamente la desaparición de José Manuel Durão Barroso al frente de la Comisión. El político portugués pasará seguramente a la historia de la Unión como una calamidad para la institución que representó. Bajo su mandato, la Comisión ha sido casi irrelevante desde el punto de vista político y la UE ha actuado de manera más intergubernamental que nunca, dominada sin reparos por Alemania.”
Quiere decirse con todo esto que las instituciones europeas han atravesado, en mitad de la peor crisis económica posible, la peor crisis de falta de protagonismo y de falta de capacidad política que se recuerda en la UE, ocupadas, para desgracia de los ciudadanos, por personajes sin carácter ni convicciones que han producido un daño considerable al proyecto europeo. Y que es urgente cambiar esa situación. Es urgente que los ciudadanos europeos nos vayamos fijando en los posibles candidatos porque ya sabemos, por las heridas que nos dejan en la piel, que quienes hacen política en Europa hacen política sobre nosotros, sobre nuestro futuro y nuestros derechos.”

E nós não sabemos…?!

O problema é que ainda há cá muita gente dessa geração a governar-nos (ou a governarem-se…?) e não vejo alternativa credível…

É triste, mas é uma realidade difícil de tragar…


Teremos de continuar a “comer” disto (ou com isto)…?


É tempo de despertar.

É tempo de escolher o futuro.



domingo, 6 de outubro de 2013

OS FILHOS DO PODER


Recebi este texto por e-mail. Para o poder publicar, tive de alterá-lo ligeiramente, adaptando a original linguagem vernácula. Espero que o seu autor (que não é o remetente do e-mail) e que desconheço quem seja – embora se perceba que é, também, uma vítima deste criminoso ataque aos aposentados – não se importe da forma mais delicada como tratei o seu texto que, apesar de mais “soft”, não perde o sentido, continuando a reportar-se ao mesmo senhor da fotografia – o Secretário de Estado Hélder Rosalino.




Este ‘senhor Secretário de Estado’ sabe que a sua futura pensão não será atingida pelos cortes que defende de forma intelectualmente desonesta.
Este ‘senhor Secretário de Estado’ terá uma pensão por conta de um fundo de pensões do Banco de Portugal, instituição onde se acolhe uma ‘elite’ de ‘poderosos’ que impõem aos outros o que sabem não os atingir, como é, por exemplo, o caso do ex-ministro Gaspar.
Este ‘senhor Secretário de Estado’ é intelectualmente desonesto quando fala da situação financeira da Caixa Geral de Aposentações (CGA), pois sabe, mas esconde, que não há entradas novas no sistema e que o governo não paga à CGA (como as pessoas de bem), da mesma maneira que as demais entidades patronais são obrigadas a pagar para o regime da Segurança Social.
Este ‘senhor Secretário de Estado’ sabe que isso nunca acontecerá com a ‘elite’ privilegiada do Banco de Portugal em cujas ‘tetas’ mama. Porque o Banco de Portugal assegurará, com prejuízo dos lucros do Estado, de todos nós, o que for necessário para manter os privilégios da ‘elite’ que calca os mais fracos, condição para que possam manter o estatuto de ‘filhos do poder’.


“UMA EXPRESSÃO MENOS FELIZ”


Eis o que resulta das atitudes irresponsáveis do MNE Rui Machete:




E, pior ainda, Passos Coelho defende que o governante que empossou há menos de três meses não deve ficar “diminuído politicamente” por ter usado “uma expressão menos feliz” numa entrevista que deu no mês passado à Rádio Nacional de Angola.

Claro que esta “expressão menos feliz” só poderia dar em resposta algo como estas afirmações indecorosas do Jornal de Angola:

E, mais à frente:

Continuando:

São “expressões menos felizes” (quando pronunciadas por um Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros) que levam a posições como as do Jornal de Angola e deveriam conduzir à demissão imediata do Ministro.


sábado, 5 de outubro de 2013

OUVIDO AINDA É PIOR…!


O Ministro dos Negócios Estrangeiros, ainda que não tivesse mais nenhuma culpa – mentir a uma comissão de inquérito parlamentar, ser pago em seguros de vida para fugir ao IRS –, deveria ser demitido. Já percebemos que para se demitir necessitava de algo mais (ética, moral, respeito pela res publica, dignidade…), o que não acontece, como sucede com quase todos os que compõem este governo.

Ler a notícia, ouvir a reacção dos indignados, perceber que nada se fará com este caso: custa. Mas ouvir o excerto da entrevista é asqueroso, aviltante, sabujo…


A senhora procuradora geral deu informações genéricas, como aliás foram pedidas, que nos asseguraram que as coisas não tinham… não tinham… ham… nenhum grau de gravidade…