terça-feira, 23 de agosto de 2011

Retirar “fortunas” a quem recebe “miseravelmente”


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Não quero fazer juízos de valor sobre o rendimento declarado pelos nossos ministros (leia aqui).
Todavia, atendendo à grandeza dos números declarados, permite-nos congeminar que os trabalhos que faziam deveriam ser extraordinariamente extenuantes, de uma complexidade inigualável e de uma incomensurável responsabilidade.
Percebo agora que, pelo desgaste a que foram submetidos antes de tomarem posse no governo, tenha havido a necessidade de gozarem umas merecidas férias para descansarem (embora o Primeiro Ministro tivesse afirmado que não iria haver férias para ninguém…).
Apesar de não querer fazer juízos de valor, não posso deixar de considerar, no mínimo, obsceno.
Não! Não me refiro às importâncias auferidas, mas ao descaramento que têm, agora, em retirar “fortunas” a quem recebe “miseravelmente”.
Faz-me lembrar Maria Antonieta que, a caminho do cadafalso, perguntava porque é que o povo gritava; e concluiu: “Se têm fome, porque não comem uns ‘brioches’”…?
Como Maria Antonieta, este governo dirá: “Se não têm emprego ou ganham pouco, porque não vão trabalhar e ganhar como nós o fazíamos…?”

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