É bom perceber, um pouco, as “10 estratégias de manipulação”, enunciadas por Noam Chomsky, e utilizadas pelas elites políticas para atrair o apoio inconsciente (ou irresponsável) dos meios de comunicação. Vejamos:
1. A estratégia da distracção – consiste em desviar as atenções dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas; a técnica utilizada é a de injecção contínua de distracções e de informações sem importância.
2. Criar problemas e depois oferecer soluções – criam-se uma “situações” com o objectivo de causar certa reacção no público, para que este “suplique” por soluções. Assim, é legitimada a criação de remédios contrários aos interesses populares que, de outro modo, seria difícil fazer aprovar.
3. A estratégia da gradualidade – Aplicar lenta e gradualmente (a conta-gotas) uma medida (que na globalidade seria inadmissível) para que seja aceite como válida, ao fim de um certo tempo.
4. A estratégia do adiar – Para provocar a aceitação de uma decisão impopular é apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no imediato, de uma aplicação prevista para o futuro.
5. Dirigir-se ao povo como a criaturas de pouca idade – Quanto mais se pretende iludir a opinião pública, mais frequente é a adopção de uma linguagem que rase a infantil. Técnica também utilizada em publicidade.
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão – Usar e abusar do discurso emocional é uma técnica clássica para invalidar a análise racional; desta forma, neutraliza-se o sentido crítico das massas populares.
7. Manter o povo na ignorância e na mediocridade – Diferenciar a qualidade de formação a ministrar aos diversos estratos sociais, pois julgam que “a qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, para que a distância entre estas e as classes mais altas permaneça inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos.”
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade – Fazer passar a ideia de que é moda a vulgaridade, a brejeirice e o calão; valorizar personalidades sem talento ou mérito, manifestando desinteresse pelos valores culturais e intelectuais; exagerar no culto do corpo, desvalorizando o do espírito e o zelo pessoal.
9. Reforçar o sentimento de culpa pessoal – O sentimento de co-responsabilidade nos acontecimentos inibe o povo de se revoltar. Por exemplo, para justificar medidas impopulares, co-responsabiliza-se o povo pelo despesismo das famílias, do País, etc.
10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem – os avanços da ciência geraram lacunas entre os saberes populares e os utilizados pelas elites dominantes, de tal modo que o povo se sente impossibilitado de agir, com medo de ser descoberto, “mesmo antes de pensar”.
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