Acabei de ler, no Público online, uma notícia que relatava a descoberta de um campo de tortura no Zimbabwe – que admiração…!
Ao ler o desenvolvimento da notícia (ver aqui), constatei que a União Europeia tem-se mostrado favorável (o que esta palavra pode esconder) à retoma do comércio de diamantes em duas minas naquela região; mas – pasmem (!) – quer “provas sólidas” sobre estas violações de direitos humanos.
Dá-me ideia que a União Europeia – leia-se o “mercado” –, quando lhe cheira a lucro fácil e mais-valias gigantescas (mesmo o tão “respeitável” mercado europeu), ignora completamente os direitos humanos, tal é o poder do cheiro a “lucro fácil”.
“O sacrifício de alguns justifica o proveito de muitos”, dirão, à laia de justificação, as consciências mais afectadas; mas, di-lo-ão somente como retórica serôdia.
Se calhar querem, como “provas sólidas”, para garantirem a existência de tortura e violações:
· Cópia do documento da participação ou queixa apresentada pela vítima na esquadra da polícia da localidade, autenticada pelo notário;
· Confissão (em triplicado) do criminoso, torturador ou violador, atestado por três testemunhas; ou
· Confirmação, por escrito, do presidente da república do Zimbabwe – Robert Mugabe.
Basta de hipocrisia…!
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