Às vezes fico na dúvida: o Estado português – ou, mais concretamente, o Presidente da República e o Governo – zela pelo interesse dos portugueses ou é um mero intermediário das forças internacionais que exploram e sugam os nossos bens, a nossa cultura, a nossa língua, a nossa alma…?
Segundo o Correio da Manhã (CM) “No final de uma cerimónia de inauguração de um monumento em homenagem aos fuzileiros, no Barreiro, Cavaco Silva foi questionado sobre se compreende a adopção de uma contribuição extraordinária em sede de IRS, que segundo o primeiro-ministro, Passos Coelho, será equivalente a metade do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional.
“A situação actual do nosso país não é uma fatalidade, e os portugueses devem, de facto, pensar isso mesmo: não é uma fatalidade. Se nós cumprirmos rigorosamente os compromissos que assumimos perante as entidades internacionais há uma grande possibilidade de melhores dias chegarem no futuro", respondeu o Chefe de Estado.”
Não seria melhor dizerem: Portem-se bem, se não comem mais…!
Tudo isto faz-me lembrar aquela história do menino, durante a ditadura do Estado Novo, enquanto decorria um silencioso almoço perguntou ao pai (que à mesa, e não só, não se falava):
– Pai, o que é ditadura?
Ao que o pai respondeu:
– Come e cala-te…!
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