quinta-feira, 21 de julho de 2011

ANALOGIAS I

ANALOGIAS
Parte I
1580 a 1640

Em Portugal, depois da morte do Cardeal-Rei D. Henrique durante as cortes de Almeirim, criou-se um aparente vazio de sucessão. Embora D. Henrique tenha deixado uma Junta composta por cinco Governadores (o arcebispo D. Jorge de Almeida, D. João Telo, D. Francisco de Sá Meneses, D. Diogo Lopes de Sousa e D.João de Mascarenhas), somente um – D. João Telo – era contrário à nomeação de Filipe II de Espanha como sucessor ao trono português.
Durante a preparação da defesa do castelo de Santarém contra uma eventual ofensiva castelhana, o povo aclamou D. António como Rei de Portugal. Este, temendo a ira da nobreza e do restante clero, contrapunha dizendo ao povo que apenas deveria ser Regedor e defensor do Reino.
Nessa altura, os poderosos do reino já manifestavam uma ambição desmedida; preferiam renunciar à independência em troca de bens materiais, títulos e cargos que lhes pudesse advir do rei espanhol.
2006 a 2011

Em Portugal, depois de Durão Barroso abandonar a governação do país quando gritava “o País está de tanga! …”, gerou-se um vazio de poder – a que se chamou “governo de Santana Lopes”. Este foi traído pela sua própria família: “os mais velhos esbofeteavam o bebé (que tentava governar) no berço…”. Acho que foi mais ou menos assim.
Seguiu-se a reposição da ordem, manifestada pela vontade popular. Desta vez houve eleições para as cortes – quero dizer, Parlamento.

Depois do governo saído destas eleições ter recuperado as contas do País, surgiu uma crise económica e financeira global que serviu para que os detractores invejosos iniciassem uma campanha tendente à destruição dos eleitos…
Nesta altura, os poderosos dos aparelhos partidários já manifestavam uma ambição desmedida; preferiam renunciar à independência do País, em troca de títulos, cargos e funções que lhes pudesse advir da UE e do FMI.

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