sábado, 27 de julho de 2013

A CONFUSÃO DA LÍNGUA EM CABEÇAS MAL PREPARADAS…




Depois de ouvir a forma como os nossos governantes tratam a nossa língua pátria – dizendo, por exemplo, “sejemos realistas”, ou “cidadões nacionais” ou ainda “nunca o fiz, não faço nem façarei”, etc., percebi a grande confusão que deve ir naquelas cabeças…

Tomemos com exemplo a possíveis eventuais interpretações que farão em relação às palavras de ordem que ouvem dos manifestantes em protesto:

Não à austeridade!
Pensarão: “se não austeridade, há que dá-la”…

Não à retirada de direitos!
Dirão: “se não retirada de direitos, há que retirá-los”…

Não à pobreza!
Comentarão: “se não pobreza, há que criá-la”…

Não à diminuição do estado social!
Ponderarão: “se não diminuição do estado social, há que diminui-lo”…

Não à diminuição do direito ao trabalho!
Determinarão: “se não diminuição do direito ao trabalho, há que diminuir esse direito”…


Dá-me ideia que (quem sou eu para ter ideias destas!?) para desempenhar funções em qualquer órgão de soberania deveria ser obrigatório ter uma aprovação (mesmo que fosse no ensino básico, mas com nota positiva) na disciplina de português; acho que seria bom (são manias!); acho que, até, deveria ser obrigatório (se calhar não deveria exagerar!). Julgo que, desta forma, se evitaria muitos mal entendidos na relação democrática com os eleitores. Por exemplo ficariam a saber que a expressão “honrar a palavra” quer dizer “cumprir o prometido”…

Depois não venham com desculpas: “É do Acordo Ortográfico…e tal, e tal…”

O Acordo Ortográfico pode ser muito mau, mas não pode ser responsabilizado pela ignorância e pela estupidez… Acreditem (ou será acreditam).


2 comentários:

Anónimo disse...

Não gostei da maneira como apresenta o tema:

É tão simples resolver a questão...

É só pronunciar as frases que o assunto fica resolvido;
É só escrever as frases e o assunto fica resolvido!

Desculpe mas foi infeliz nesses exemplos.

E infelismente, como os comentários são moderados, vossa excelência pode simplesmente apagar este meu comentário que o mesmo nunca será visível...

Fico com cópia do mesmo, para meus registos, pois tenho participado em várias discussões sobre o tema.

António disse...

Respeito a sua opinião; todavia, penso, que não terá entendido o sentido do texto que assentava no trocadilho de "à" e "há".