quarta-feira, 3 de julho de 2013

TENHO-ME REMETIDO AO SILÊNCIO…





Tenho-me remetido ao silêncio. Não porque não tenha opinião sobre estes acontecimentos irresponsáveis dos últimos dias; mas, não me dão azo para os poder comentar em tempo oportuno – no entretanto, a realidade já é outra, bem diferente. Mudam de opinião muito rapidamente.

Tenho-me remetido ao silêncio tão-somente porque, quando acabasse de emitir a minha opinião sobre um qualquer acontecimento protagonizado por qualquer dos actuais responsáveis políticos deste País, essa “realidade” já não existia ou estaria nos antípodas das suas intenções iniciais.

Tenho-me remetido ao silêncio porque já não tenho idade para aceitar estes jogos de garotos, tanto mais que já não suporto os insultos permanentes destes irresponsáveis…

Tenho-me remetido ao silêncio porque seria o meu fim, se o não fizesse. Já não corro nem tenho velocidade suficiente como a de outrora. Se me entusiasmasse com a minha argumentação e agisse em sua conformidade, já não conseguiria fugir e pereceria, ali, à mão dos “caceteiros”.

Tenho-me remetido ao silêncio… Mas, por favor, não me obriguem a agir contra a minha própria natureza. O meu silêncio é temporário, pois a minha dignidade, conjuntamente com a do restante povo a que pertenço, impele-nos a desejar antes a morte que esta sorte…!

Não se iludam, garotos…! O preço do nosso silêncio é a liberdade.


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