Votar é
lutar por aquilo em que se acredita…!
Seria de louvar a intenção do Partido Socialista em não
pretender contribuir para uma crise no País e defender que Portugal precisa de
estabilidade. Sim, senhor. Seria de louvar…!
Mas…
Quando um País se encontra permanentemente em crise e as decisões
devastadoras assumidas pelo Governo (e legitimadas pelos partidos de direita da
coligação PSD/CDS) não são combatidas pela oposição, então sim, aumenta
exponencialmente o perigo de instabilidade política e social.
Aumenta o perigo de instabilidade na medida em que os
resquícios da democracia, a quase inexistente pluralidade de opinião, os
valores da ética e da deontologia já esquecidos são calados e escondidos atrás
da cobardia de quem a promove e de quem não assume o combate.
Tudo isto é tanto mais grave quando observamos que os nossos
legítimos representantes (os deputados) se exoneraram das suas
responsabilidades, fundamentados na traição à honra dos compromissos assumidos,
legitimando a opressão sobre o povo que os elegeu.
O Governo não foi eleito; por isso deve ser permanentemente escrutinado
pelo Parlamento – o que não acontece. É notório que os dois únicos Órgãos de
Soberania eleitos pelo povo – Parlamento e Presidente da República – não
cumprem as suas obrigações. Do mesmo modo, sinto que o Partido Socialista está
mais preocupado em "treinar" e "melhorar"
a sua imagem do que evitar uma crise já existente e em crescimento desenfreado.
Tem de deixar de fazer "abstenções violentas" e
partir para o combate. Só assim será possível evitar crises ainda mais graves…!
E não temam as opiniões daquela esquerda que se aliou à
direita para derrubar a estabilidade e fomentar a crise.
A democracia não se compadece do voto útil quando tem por
objectivo camuflar dificuldades ou incompetências – se tiverem que votar a
favor da Moção de Censura, façam-mo. Mas façam-no sem tibiezas e com coragem.
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