quinta-feira, 28 de junho de 2012

QUE MAL CUIDE EM PERGUNTAR… (9)




Com o título "Ricardo Rodrigues deixa direção do grupo parlamentar do PS", o Expresso informou a suspensão de funções do vice-presidente da direcção do Grupo Parlamentar do PS.

Na próxima terça-feira, embora contra vontade dos partidos do poder, será novamente ouvido na Comissão Parlamentar de Ética o Ministro José Relvas.


Subsiste uma dúvida relativamente à ética democrática:

– Será que é desta que Miguel Relvas suspende a sua actividade política…?

– Demitir-se-á …?

sábado, 23 de junho de 2012

QUE MAL CUIDE EM PERGUNTAR… (8)



Depois de ver este pequeno apontamento de vídeo do programa da SIC Notícias "Frente-a-frente" com Teresa Caeiro, onde Helena Roseta contou uma história que envolve a Ordem dos Arquitetos, o então secretário de Estado Miguel Relvas e uma empresa de Pedro Passos Coelho


Frente-a-frente – SIC Notícias, 22 de Junho de 2012

E depois de confirmar que o acontecimento aqui referido, sem qualquer sombra de dúvida, prefigura um crime de Tráfico de Influência, definido no Artigo 335º do Código Penal (REDACÇÃO RESULTANTE DAS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI 59/2007 DE 04/09 LEI N.º 61/2008 DE 31 DE OUTUBRO), a seguir transcrito

Artigo 335.º
Tráfico de influência
1 — Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para abusar da sua influência, real ou suposta, junto de qualquer entidade pública, é punido:
a) Com pena de prisão de 6 meses a 5 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal, se o fim for o de obter uma qualquer decisão ilícita favorável;
b) Com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal, se o fim for o de obter uma qualquer decisão lícita favorável.
2 — Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, der ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial às pessoas referidas no número anterior para os fins previstos na alínea a) é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

Subsiste-me uma dúvida: O tráfico de influências não é considerado crime público…?

SEM TIBIEZAS…


 Votar é muito mais que manifestar a nossa vontade…
Votar é lutar por aquilo em que se acredita…!


Seria de louvar a intenção do Partido Socialista em não pretender contribuir para uma crise no País e defender que Portugal precisa de estabilidade. Sim, senhor. Seria de louvar…!

Mas…

Quando um País se encontra permanentemente em crise e as decisões devastadoras assumidas pelo Governo (e legitimadas pelos partidos de direita da coligação PSD/CDS) não são combatidas pela oposição, então sim, aumenta exponencialmente o perigo de instabilidade política e social.

Aumenta o perigo de instabilidade na medida em que os resquícios da democracia, a quase inexistente pluralidade de opinião, os valores da ética e da deontologia já esquecidos são calados e escondidos atrás da cobardia de quem a promove e de quem não assume o combate.

Tudo isto é tanto mais grave quando observamos que os nossos legítimos representantes (os deputados) se exoneraram das suas responsabilidades, fundamentados na traição à honra dos compromissos assumidos, legitimando a opressão sobre o povo que os elegeu.

O Governo não foi eleito; por isso deve ser permanentemente escrutinado pelo Parlamento – o que não acontece. É notório que os dois únicos Órgãos de Soberania eleitos pelo povo – Parlamento e Presidente da República – não cumprem as suas obrigações. Do mesmo modo, sinto que o Partido Socialista está mais preocupado em "treinar" e "melhorar" a sua imagem do que evitar uma crise já existente e em crescimento desenfreado. Tem de deixar de fazer "abstenções violentas" e partir para o combate. Só assim será possível evitar crises ainda mais graves…!

E não temam as opiniões daquela esquerda que se aliou à direita para derrubar a estabilidade e fomentar a crise.

A democracia não se compadece do voto útil quando tem por objectivo camuflar dificuldades ou incompetências – se tiverem que votar a favor da Moção de Censura, façam-mo. Mas façam-no sem tibiezas e com coragem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

RELVAS OU RELVADOS





Em Varsóvia, a nossa Selecção Nacional de Futebol não treinou no Estádio onde disputará o jogo com a República Checa para proteger a relva.

Em Portugal, a ERC protegeu o Relvas. Qual a razão…?

Em Varsóvia, alegou-se que a relva estava muito degradada…

E em Portugal…? Qual a razão…?

Em Portugal há muitos problemas de jardinagem…!


domingo, 17 de junho de 2012

SALVAR A EUROPA



O PLANO MARSHALL E A EUROPA

 Cartaz criado para promover o Plano Marshall na Europa.

Com a devastação provocada pela II Grande Guerra (1939-1945), a Europa enfrentou um enormíssimo número de manifestações de contestação aos governos estabelecidos. Os Estados Unidos temeram que a crise europeia pudesse pôr em risco o futuro do capitalismo, prejudicando a sua própria economia, o que outorgaria espaço à expansão do comunismo.

George Catlett Marshall, secretário de Estado Norte-Americano, apresentou, no dia 5 de Junho de 1947, na Universidade de Harvard, em Nova Iorque, um projecto de política de estabilização, de fortalecimento das forças de resistência económica e as linhas gerais da política económica para os países da Europa Ocidental – mais tarde conhecido como Plano Marshall.

"A política dos Estados Unidos não é dirigida contra um país ou uma ideologia", esclareceu Marshall, "mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos." E acrescentou: "Quem tentar bloquear a reconstrução de outros países não pode esperar ajuda.

Estaline não pretendia beneficiar desta ajuda, pois considerava-a uma ameaça.

A ajuda financiada pelo Plano Marshall não aconteceu apenas na Alemanha. Até 1952, outros países europeus ocidentais necessitados receberam adubo, matérias-primas, combustíveis, máquinas e medicamentos no valor aproximado de 13 mil milhões de dólares. Da ajuda americana de quase 3,3 mil milhões de dólares, o governo de Alemão pagou mais de mil milhões de dólares até meados de 1978, como previa o acordo. O restante foi depositado pelos importadores alemães em moeda nacional (marco) no chamado fundo de compensação que, conforme o acordo assinado em Dezembro, reunia o chamado recurso especial (ERP). Este dinheiro ficava separado dos demais recursos federais e também do orçamento da República Federal Alemã. Ele era usado para empréstimos de longo prazo e juros bastante favoráveis, principalmente às pequenas e médias empresas.

A transação bancária desses créditos era feita pelo Instituto de Crédito para Reconstrução e pelo Banco Alemão de Compensação. Isso não era nenhuma ninharia, pois o "exercício" do Plano Marshall rendeu à Alemanha quase 120 mil milhões de marcos, entre 1949 a 1993. Posteriormente, a quando da unificação da Alemanha em 1990, esta quantia transitou (na sua grande maioria) para os Estados da antiga República Democrática Alemã, sendo utilizada sobretudo na criação de empresas, ampliação e modernização das existentes e na protecção do meio ambiente.

Alguns historiadores têm questionado quais teriam sido os verdadeiros motivos que levaram ao Plano Marshall e que efeitos se pretendiam obter. Uns acreditam que os benefícios do plano foram, na verdade, o resultado de políticas "livres" que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento económico; outros criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA a ajudar economias estrangeiras em dificuldades, valendo-se do dinheiro dos impostos dos contribuintes norte-americanos.

Hoje, apesar de tudo, reconheço que a recuperação da Europa, destruída pela Alemanha, só foi possível com o Plano Marshall. Não pelo plano em si próprio, mas porque este apostou no desenvolvimento da economia e no seu crescimento – ao contrário daquilo que as actuais forças do capital pretendem fazer.

De qualquer forma, o maior (se não o único) responsável pela destruição da Europa – a Alemanha – foi o principal beneficiário das ajudas externas… E quer continuar a sê-lo… mas, agora, como único beneficiário… Nem que, para isso, destrua outros…!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

INCOMPETENTES MENTIROSOS ou MENTIROSOS INCOMPETENTES



Francisco da Silva, no blogue "artigo 58", pergunta, referindo-se aos elementos que constituem a "cúpula" do nosso governo: Incompetentes ou mentirosos?

Gostava muito de poder responder a esta pergunta do Francisco, mas teria de reformular a proposição: em vez de usar uma conjunção adversativa (alternativa) – ou –, dever-se-á utilizar uma conjunção copulativa – e.

Desta forma a interrogação seria feita do seguinte modo: Incompetentes e mentirosos?

Ora, para esta última proposição interrogativa já tenho uma resposta:

– São, sim senhor…!

Para além disso são trapalhões – não combinam bem as versões das mentiras a usar; ou não se preocupam com o que dizem ao eleitorado…

"é o que está… ! pronto…! é assim…! Eles são o poder…!"

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ENCOVAR A DEMOCRACIA




Não sei porque continuo a tentar diferenciar-me dos animais, isto é, não sei porque insisto em participar, por forma escrita ou de viva voz, com os meus alertas para os riscos que corremos…

Explico:

Os animais não falam, não avisam nem se preocupam com aquilo que pode pôr em risco a vida ou o bem-estar dos outros, salvo se pertencerem ao mesmo grupo, matilha, manada, cáfila, bando… eu sei lá que mais…

Há, todavia, uma semelhança entre os grupos de animais da mesma espécie e os partidos de direita – grupo de pessoas "encarneiradas" (embora não possam ser considerados rebanhos porque se assemelhem a alcateias) –, que só comunicam entre os elementos do mesmo bando… Só recebem ordens do elemento aglutinador do bando – o líder.

Julgava eu que aquilo que nos diferencia dos animais – a inteligência – pudesse ser elemento catalisador na comunicação e no respeito pelos Direitos do Homem. Mas, tenho-me enganado ou têm-me iludido. O respeito pela vontade da maioria, sem se hostilizar as minorias – a democracia – está em perigo; forças ocultas (i.e. não conhecidas, mas bem próximas) estão a procurar destruí-la…

Não bastando essa virulenta destruição da democracia, temos elementos em exercício de governação, escolhidos através das regras democráticas, a tentarem (e se não agirmos rapidamente, consegui-lo-ão) destruir a credibilidade do sistema democrático.

O exemplo mais flagrante é o do nosso governo… Por incúria, desleixo, incompetência ou má-fé está a contribuir para a destruição da democracia.

Como…? – Mentindo, camuflando os acontecimentos e obedecendo aos nossos verdugos…

Vejamos: O primeiro-ministro afirmou hoje, no jornal i, que acredita e tem confiança "nos esforços desenvolvidos pelo governo espanhol", garantindo que estará atento ao pedido de ajuda feito pelos "nuestros hermanos".

É mentiroso, pois Bruxelas lembrou hoje (não vá o "rapaz" tecê-las e dar o dito por não dito), conforme noticia o Económico online, que Portugal participou no Eurogrupo de Sábado e que aceitou o tipo de resgate espanhol.

Já chega de mentiras! Nem no reino animal os líderes se comportam como o nosso PM…

Já não sei como alertar mais para os riscos que estamos a correr…

sábado, 9 de junho de 2012

AINDA BEM QUE É SÓ FUTEBOL…





Portugal perdeu 1-0 com a Alemanha no primeiro jogo do Grupo B, da fase final do Campeonato Europeu de Futebol. Convém ser bem claro, para que não haja confusões. Foi em Futebol…!

Acho bem…!

Ei…! Esperem…! Eu explico porque acho bem:

– Se Portugal tivesse ganho à Alemanha, como iria reagir o nosso PM-PPC, em relação à Sr.ª Merkel…?

Pediria desculpa…?

Justificar-se-ia, alegando mais uma qualquer desculpa esfarrapada…?

Teria de se comprometer a abdicar das "eventuais" mais-valias da venda dos submarinos…?

Teria de garantir o voto sintonizado com a Sr.ª Merkel, contra os Euro bonds…?

– Assim, tendo perdido, fez, aparentemente, mais um favor à Alemanha…


Entretanto, abro os olhos, desperto para a realidade e comento para com os meus botões:

– Ainda bem que é só futebol, porque se fosse "politicol", por vontade das equipas (dirigentes) intervenientes, já estávamos – há muito – eliminados

quarta-feira, 6 de junho de 2012

FONÉTICA AÇORIANA



Tentem perceber as diferenças com o Professor Victor Rui Dores.

Vale a pena ver e ouvir…




GOOGLE, É DE LOUVAR…!




Segundo titula o Público, o "Google vai alertar utilizadores para tentativas de 'hacking' estatal".

O Google anunciou, ainda, que os utilizadores passarão a ser alertados, através de um novo sistema, para a possibilidade de a sua actividade online estar a ser monitorizada e adulterada.

É de louvar…!

Porém, convém não se iludirem com o (aparente) Respeito pelos Direitos Humanos que muitos dos países, ditos de referência, teimam em esquecer…

Não se esqueçam de alertar também, entre outros, os utilizadores portugueses…!


A MEMÓRIA DO ESTADO NOVO





Ontem senti, verdadeiramente, o reacender do "facho" que "iluminou" o Estado Novo.

Vomitei o asco de ouvir o que já não ouvia há mais de 50 anos.

Aquela voz, apesar do timbre de barítono que o nosso PM tem, fez-me lembrar uma, não menos famosa (por idênticas razões), que se diferenciava desta por ser uma voz de falsete e com um leve sotaque beirão – a do então Presidente do Conselho, Salazar.

O cinismo de agora fez-me lembrar o de antanho:

"...Imaginar, como fazem muitas vezes, que as liberdades públicas estão ligadas à democracia e ao parlamentarismo, é não ter em conta as realidades mais evidentes da vida pública e social de todos os tempos." [(Como se Levanta um Estado (1937)]

"Autoridade e liberdade são dois conceitos incompatíveis... Onde existe uma não pode existir a outra..." (Salazar: O Homem e a Sua Obra, António Ferro)

"A gratidão pertence à História, não à política." [(Discursos (1946)]

"Havemos de chorar os mortos, se os vivos os não merecerem".

O de agora:

"É porque tenho uma grande noção de compaixão, de sensibilidade para os problemas, que serei determinado em resolver duradouramente os nossos problemas" (nossos(?), de quem?), afirma PM-PPC, um ano depois da vitória nas legislativas.


Felizmente ainda há gente a quem o medo ou a sua posição social não os inibe de se expressarem livremente. Exemplo disto é D. Januário Torgal Ferreira, Bispo da Forças Armadas, que, com coragem e determinação, "chamou o boi pelos seus nomes" em entrevista dada à TSF (que pode ser ouvida aqui) – onde apelida o Governo de União Nacional e Passos Coelho, de Salazar.


Estamos conversados…!


domingo, 3 de junho de 2012

VOZ DO DONO…?



Junto a minha indignação à da Fernanda e da Valupi, provocada pelo "vómito" de Francisco Teixeira da Mota que, na sexta-feira passada, "empestou" os leitores do Público com o seu conceito de "vida privada":

– "O facto de vivermos com alguém não é, em princípio, um facto privado, antes fazendo parte do domínio público, no sentido de ser, pelo menos, do conhecimento de quem nos conhece".

– E de quem não nos conhece? Deverá ser divulgado…?

Ora, bolas! É preciso descaramento e presunção para titular o seu artigo de opinião com a afirmação "Escrever direito"…



– Será que quer dizer "escrever direito, por linhas tortas…"? – Isto, só Deus…

– Será que quer fazer jurisprudência com este novo conceito…?

Não sei qual foi a sua intenção; porém, subsistem algumas dúvidas sobre as quais gostava de poder ser esclarecido:

– A quem serviu a divulgação deste novo conceito de Vida Privada, defendido por Francisco Mota…?

– Quando se vive com alguém (mesmo que se pretenda manter sigilo sobre esse facto), é obrigatório publicitar essa união…?

– Qual é o conceito de "foro privado" que o autor do "vómito" pretende "identificar"…?

– Quando se tenta dar cumprimento e agradar à Voz do Dono, vale tudo …?

– Quem é o Dono da Voz… e a quem (ou a quê) obedece…?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

HÁ PERGUNTAS QUE TÊM DE SER FEITAS…



O FMI disse-me que se livraram dele [António Borges] porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização. Há perguntas que têm de ser feitas”.

Quem pronuncia esta frase é o jornalista, investigador e correspondente do Le Monde (em Londres) Marc Roche. É, ainda, autor do livro "O BANCO – Como a Goldman Sachs dirige o Mundo".

A António Borges, um dos tentáculos menores da instituição financeira que domina o mundo actual – a Goldman Sachs –, foi-lhe dada por este [ir]responsável governo a [ir]responsabilidade de ser o cangalheiro das empresas públicas portuguesas.

Foi este homem que afirmou que o "sub-prime é uma das maiores inovações dos últimos anos…

Depois de conhecermos como o ex-Administrador do Goldman Sachs International, do FMI, etc. etc. etc., pensava em 2008, estamos esclarecidos – "António Borges vai liderar equipa que supervisiona as privatizações" (no Publico online).

Para aquilo que este governo precisa, é o homem ideal…!

Mas… Há perguntas que têm de ser feitas…