“Ontem, muitos foram Charlie,
foram-no todos aqueles que saíram para as ruas sem medo de uns malucos que por
lá andavam à solta carregados de armas, mas nós, os que acenamos com um ‘Je Suis
Charlie’ cá de longe sem receios de maior, continuamos de joelhos
porque temos medo de morrer de pé.
Ou de ser despedidos. Ou de ser mal vistos pela vizinhança. Ou
de desagradar ao chefe, à namorada, aos amigos, ao gerente do
banco, aos filhos teenagers, ao editor do jornal, ao político da praça, aos donos disto tudo.
Este não foi um atentado contra a
liberdade de expressão, ou contra a humanidade, ou contra a Democracia, este
foi um atentado contra a coragem de alguns, contra os que ainda não têm medo”.
Hoje, também, relembro Adriano
Correia de Oliveira:
Venho
dizer-vos que não tenho medo
A verdade é
mais forte que as algemas
Venho
dizer-vos que não há degredo
Quando se
traz a alma cheia de poemas
Em qualquer
parte estou presente
Tomo o
navio da canção
E vou
direito ao coração de toda a gente
Venho
dizer-vos que não tenho medo
A verdade é
mais forte que as algemas
Venho
dizer-vos que não há degredo
Quando se
traz a alma cheia de poemas
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