Estamos a sair da
crise…!
Sem grandes preocupações ou já sem necessidade de o justificar,
o governo vai acabando com a crise.
Dois casos:
1º Caso – a Fome
«Os hospitais Amadora-Sintra e Pedro Hispano, em Matosinhos,
registaram casos de grávidas ou crianças que ficaram internadas para se
alimentarem.
Alguns hospitais portugueses estão a receber grávidas e
crianças com fome que, por vezes, acabam por ser internados para suprir as suas
necessidades alimentares. A realização de alguns exames médicos, como o CTG
(que mede a frequência cardíaca do feto e as contracções), é posta em causa
pela falta de alimentação, já que se a mãe não estiver alimentada o feto não
está reactivo.
O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou, esta semana,
que está em curso uma "uma revisão da legislação para
que todos os casos de carácter social possam ser tratados na sua esfera
própria, que é a social"». (aqui)
Mas… Até agora, onde eram tratados…? Ou não passavam fome,
ou regiam-se por normas normais de sobrevivência, à margem das leis – em suma,
simplesmente viviam.
2º Caso – a Saúde
«Dois doentes morreram enquanto esperavam por uma
intervenção no Hospital Santa Cruz, alegadamente por falta de dispositivos
médicos devida a “limitações
administrativas”, denunciou hoje a Ordem dos Médicos, com base na denúncia
de clínicos da unidade de saúde.
[…] Além destas duas mortes, os médicos do Hospital de Santa
Cruz que efectuaram a denúncia à Ordem garantem que a Unidade de Intervenção
Cardiovascular “ficou sem capacidade de
resposta desde o dia 04 de Julho por falta de manutenção e material”». (aqui)
Será isto acabar com a crise…?
Por este andar, quando conseguirem acabar com a crise, poucos
sobreviventes restarão. Poderão, então, apregoar aos quatro ventos que nenhum dos sobreviventes morreu…! Todos os sobreviventes se salvaram…!
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