Reconhecendo
tradições ancestrais e experiências novas, o Evangelho de Mateus conta a história de uns “magos”
(especialistas em ciências diversas, adivinhos, sábios) do Oriente que vieram a
Jerusalém à procura do Rei dos Judeus
para lhe apresentarem os seus cumprimentos e oferecerem os seus préstimos…
Tinham visto
a luz da sua “estrela” e imaginaram,
pelos sinais apresentados, a riqueza
da sua corte; assim, desejando-a, certificaram-se perguntando pela sua
localização exacta…
Não o
encontraram onde esperavam: nem no templo do Grande Deus da Cidade, nem no Palácio
do representante do Imperador, nem nas escolas dos Grandes Rabinos eruditos.
É da mesma forma
que, agora, vêm milhares, milhões de outros
“magos” do oriente e do ocidente, do norte e do sul à procura de um “Rei Justo” que possa protegê-los, dando-lhes
dignidade, um salário suficiente e uma casa…Não vieram em camelos, mas com polícias, em barcos ou comboios “piratas”. Aportam, não em Jerusalém, mas nas diversas Lampedusa’s espalhadas pelo
Mundo.
Procuram um “Rei Justo” no Vaticano de Roma, no Palácio
do Oriente em Madrid, na União
Europeia ou nos EUA… mas não encontram o seu verdadeiro lugar;
nada, nem ninguém, os acolhe… Fecham
as entradas com muros e soldados, matam (como Herodes fez) as crianças que
restam…
É desta forma que muitos morrem ou têm de partir de novo (como os magos
da história), sem adorar o Novo Rei, que é um menino.
É a história
de fundo da chamada festa dos Reis Magos,
celebrada a 6 de Janeiro:
– Porque, agora, somos mais civilizados…?
– Temos mais preocupações sociais…? ou
– A globalização só tem um sentido…?
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