sábado, 18 de janeiro de 2014

O SOCIALISMO DO SÉCULO XXI





O Socialismo do século XXI é um conceito político e um slogan inventado por Heinz Dieterich, em 1996. Foi usada por Hugo Chávez durante um discurso no Fórum Social Mundial de 2005 e tem sido divulgada por Dieterich activamente em todo o mundo desde 2000, especialmente na América Latina.

Todavia, o socialismo a que nos queremos referir é outro…

O socialismo a que nos referimos não é o produto de uma ideologia, mas da esfera de influência de uma sociedade que baseia o seu desenvolvimento nos valores da justiça, da verdade, da solidariedade e que faz do Estado a ferramenta do povo para garantir o bem comum de toda a sociedade.

Em termos de conteúdo, a Constituição reforça a participação das populações reconhecendo, também, além da democracia representativa, a democracia participativa. Ela opõe-se ao neoliberalismo e torna-se a promotora de uma economia mista, incluindo, entre outras coisas, os modelos cooperativos e de solidariedade… Mais ainda, determina a instauração dos mais importantes espaços sociais: a saúde, a educação e o emprego.

A democracia participativa em que acreditamos, toma forma e desenvolve-se com a consciencialização da organização social e dos diferentes participantes a serem envolvidos nas decisões, nas orientações políticas e económicas. É fundamentalmente anticapitalista, sem se afirmar, no entanto, contra a propriedade privada que aceite subordinar seus interesses individuais e de mercado aos da comunidade – reconhece que há valores mais elevados na sociedade: a produção de riqueza não deve ser aproveitada em exclusivo pelo “patrão”, mas partilhada pela comunidade empresarial, organizacional ou estatal.

Os que associam o actual socialismo às experiências socialistas do século passado ou que usam o espectro do marxismo-leninismo para desacreditar o socialismo do século XXI, demonstram má-fé intelectual. É, obviamente, o caso de algumas posições religiosas (pseudocristãs) e de algumas oligarquias nacionais e internacionais. Servem, ainda, como espantalho na luta contra o comunismo e o marxismo no intuito de impugnarem as mudanças realizadas, com vista a modificarem as relações de poder, assim como os seus próprios privilégios.

Mas, pior que tudo isto, é a indefinição de muitos líderes ditos socialistas que se refugiam nas suas contradições, nos seus temores e incertezas, inviabilizando o esclarecimento das populações com o niilismo ideológico que demonstram. Desta forma permitem os avanços dos múltiplos movimentos anti-sociais que destroem a confiança e a fé dos povos nos valores humanos e de partilha social.



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