quinta-feira, 19 de abril de 2012

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE



Cada vez mais, tenho orgulho nos meus três filhos.

Poder-se-á dizer que o comportamento deles se deve à educação que eu e a mãe lhes demos. Naturalmente, uma quota-parte estará relacionada com essa educação; mas há algo mais neles que nos conduzem a esse reconhecimento – as suas capacidades de independência, liberdade, responsabilidade e respeito pelos outros.

Desde que eram pequenos, sempre debatemos (e, muitas das vezes, bastante acesamente) as ideias e trocámos opiniões; a nossa posição, enquanto pais e educadores, foi a de estimular as convicções próprias de cada um deles, confrontando-os com outras formas de pensamento, levando-os a fundamentarem as suas próprias convicções e a respeitarem as opiniões dos outros (mesmo que adversas), desde que houvesse uma fundamentação racional – a tornarem-se responsáveis.

Cresceram em liberdade e responsabilidade.

Hoje, sei que posso confiar na maior parte dos seus conselhos; mais – posso confiar em todos os seus conselhos, pois sei que o fazem com responsabilidade, com respeito e, principalmente, com amor.

Hoje, eu e a mãe temos a certeza que os nossos três filhos são livres e responsáveis. Têm opinião própria – pensam pelas suas próprias cabeças.

Obrigado, filhos! Temos orgulho em vós!

E é por acreditar no que escrevo que sinto uma tristeza tão grande pelos pais dos nossos governantes. Quão mal se sentirão eles ao contemplarem o grau de responsabilidade demonstrado pelos seus filhos…?

É triste, mas, apesar de tudo, não responsabilizo os pais; responsabilizo somente os filhos cuja ganância e sede de poder os levou ao triste espectáculo que nos estão a dar.

É necessário que tenham e demonstrem ter opinião própria. Que aquilo que dizem hoje seja fruto de ponderação, responsabilidade e em liberdade para que, como já é hábito e vulgar, não reafirmem, no dia seguinte, o seu oposto. Pior…! Fazem-no com tal irresponsabilidade que nem parece perceberem de que está em jogo a vida de mais de 10 milhões de portugueses.

A título de exemplo vejam-se as declarações do ministro Vitor Gaspar na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington: "que Portugal oferece “uma lição de moral” a todos aqueles que defendem o aumento da despesa pública para estimular a economia. Foram as “políticas fiscais expansionistas” do anterior governo socialista de José Sócrates que conduziram o país a um défice orçamental “insustentável” que desencadeou uma crise e o pedido de ajuda financeira a entidades internacionais, disse Gaspar num debate no âmbito dos encontros bianuais do FMI e Banco Mundial" (Público).

É Preciso descaramento…!

Afinal foi o governo de José Sócrates que desencadeou a crise mundial e, em particular, a europeia…? – Não sabia…!


2 comentários:

Patrícia disse...

Eu é que tenho muito orgulho nos pais que tenho, que me proporcionaram uma infância muito feliz cheia de amor e de valores. Obrigada!

Beijinho muito especial de quem vos ama muito.

Pedro disse...

Nós quando somos novos, dizemos que que os pais não percebem nada e que nunca têm razão. Pois bem, nunca fiquei tão feliz por estar completamente errado. Digo de todo o coração que tenho um enorme orgulho em ter uns pais que me amam e que estarão sempre ao pé de mim nos bons e maus momentos da minha vida. A isto se pode chamar uma família feliz.