sábado, 22 de junho de 2013

A IGNOMÍNIA DA SUBVERSÃO DA DEMOCRACIA OU O MEDO DE PERDER AS ESTRIBEIRAS…

  

Há muito que não escrevo qualquer post neste blogue. Não o tenho feito por medo; sim, por medo. Medo de ser punido financeiramente (pior que impostos ou pilhagens) ao exercer o meu legítimo direito de opinião, principalmente se o fizer ao manifestar a indignação incontida face às arbitrariedades punitivas e destruidoras praticadas sobre aquela classe que, até há bem pouco tempo, era considerada a classe média. Medo, porque sabia que aquilo que o meu sentir exigia não se quedaria pelo simples ápodo de “malandros” a quem nos explora e destrói… Em suma, medo de perder as estribeiras…

Não amando, não se nos pode exigir que tenhamos, com quem nos mata, lealdade, como dizia o poeta. E, questionar-me-ei, então: como proceder para com quem nos mata…?

Foi com este estado de espírito e num desabafo telefónico com o meu irmão (que comigo comunga destas ideias) que senti a grande responsabilidade de não me calar. Não que quisesse começar a vilipendiar e insultar indiscriminadamente os poderes legais (que não legítimos) constituídos; mas, (isso sim) relembrar, alertar e esclarecer quem não sabe ou já se esqueceu de que a história, embora se não repita, renovará as suas forças destruidoras se, no entretanto, não tivermos aprendido com os seus ensinamentos.

Assim, a história ensinou-nos, mas talvez não o tivéssemos aprendido correctamente:

Os regimes fascistas:

1- Rejeitam o respeito pelos Direitos do Homem e pela dignidade humana, pois (para eles) os interesses do indivíduo têm de estar subordinados ao interesse do Estado;
2- Defendem que determinadas raças nascem para comandar e outras para obedecer;
3- Consideram que a liberdade (liberdade é tolerância) resulta em divisão e enfraquecimento da nação – e chamaram outro nome à tolerância;
4- Atestam que a democracia é um regime de fraqueza. Para eles, a escolha dos governantes pelo povo é uma tremenda inutilidade demagógica;
5- Afirmam que o sistema parlamentar é uma manifestação de fraqueza do poder, por não passar de um jogo estéril de verbalismo obsoleto e sem interesse para a nação;
6- Pretendem desenvolver as qualidades animalescas, mais do que as suas capacidades intelectuais, como razão de liderança dos comportamentos do próprio homem.

Como forma do seu desenvolvimento, os regimes totalitários fascistas e nazis, promovem:

a)- O Autoritarismo do Estado;
b)- -Regimes de Ditadura e Estados Policiais;
c)- O Culto do Chefe – providencial guia e salvador da Nação;
d)- O Partido Único (poderá começar por coligações até à destruição das eventuais oposições);
e)- O Nacional-Socialismo, na forma corporativa.

O corporativismo daí resultante permite ao Estado:

- Ser o Único Regulador de conflitos de trabalho;
- Dispensar os Sindicatos Livres;
- Consolidar o “equilíbrio social” e da “justiça” nas relações laborais.

E, para que tudo isto resultasse na perfeição, dispõem de uma perfeita e intensa Máquina de Propaganda. Para tal, os ditadores fascistas e Nazis:

I- Prometem um programa nacionalista de resolução da crise económica e de aumento de emprego;
II- Promovem a reestruturação [da grandeza] da Nação (reestruturação do Estado);
III- Pretendem pôr fim à agitação socialista ou às reminiscências de qualquer passado recente;
IV- Propagam a ordem, a disciplina e a estabilidade.

Para conseguirem tudo isto, empenham-se na repressão da inteligência, controlando as publicações escritas, a rádio, o cinema… antes, mediante uma apertada censura; hoje, comprando a dignidade de muitos dos que têm a obrigação e a grata missão de informar. Felizmente ainda há resistentes, o que obstaculiza essa missão nazi-fascista.

Há países onde o nosso sangue corre nas veias dos seus povos e que já rejeitaram esta repetição da história. Até quando permitiremos a ignomínia de nos quedarmos e deixarmos subverter a democracia conquistada em 25 de Abril.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

CONTESTAÇÃO…(?)




Estas são algumas das contestações – quase um Roteiro da Vaias –, que o povo português, cansado de quem o governa, tem vindo a fazer durante estes dois últimos anos.
Não são manifestações agendadas e convocadas sob um tema ou motivo específico. Não! São gritos de revolta de um povo oprimido e que não descortina qualquer futuro.




Data
Local
Acontecimento
3-12-2011
Portimão
Metade dos 1600 congressistas abandonou a sala na altura em que Miguel Relvas começou a discursar, no encerramento do congresso da associação Nacional de Freguesias. A acção foi uma forma de contestar a proposta de extinção de freguesias defendida pelo Governo.
5-12-2011
Lisboa
Um grupo de oito jovens ergueu uma faixa com a palavra “Demite-te”, no exacto momento em que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, iniciou o seu discurso durante um seminário sobre segurança na Universidade Nova de Lisboa.
14-12-2011
Matosinhos
O primeiro-ministro foi insultado por populares, em Matosinhos, à entrada para a inauguração do Centro de Arte Moderna Gerado Rueda
14-12-2011
Régua
O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas foi recebido com protestos contra a construção da barragem do Tua.
21-12-2011
Portela
No exterior da Universidade Sénior, vários reformados protestaram com Passos Coelho, que se aproximou para falar com os manifestantes.
27-12-2011
Tomar
Dezenas de populares de vários pontos do distrito de Santarém apuparam e vaiaram o ministro Miguel Relvas à entrada da Assembleia Municipal de Tomar.
01-2012
Guimarães
Cavaco Silva vaiado em Guimarães, à entrada e à saída do jantar de inauguração da Capital Europeia da Cultura.
16-2-2012
Lisboa
Cavaco Silva “fugiu” aos protestos dos estudantes da escola António Arroio.
19-2-2012
Gouveia
Passos Coelho vaiado, ainda tentou falar com os manifestantes, mas sem sucesso.
3-2012
Porto
Passos Coelho contestado na Reitoria do Porto. Em dia de greve geral, o primeiro-ministro participava no encerramento do centenário da Universidade do Porto.
13-5-2012
Lisboa
A visita do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho à Feira do Livro de Lisboa foi perturbada devido aos protestos de cerca de 50 'indignados'.
14-5-2012
Barreiro
Protestos contra o ministro da Saúde.
16-6-2012
Póvoa do Varzim
Cavaco Silva foi assobiado por dezenas de populares em frente à porta da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, onde participou numa cerimónia de celebração do dia da cidade.
24-6-2012
Guimarães e Castro d’Aire
Cavaco apupado na inauguração da Plataforma das Artes, por causa da promulgação do Código do Trabalho. Foi também recebido com algumas vaias em Castro Daire, na inauguração de um novo Parque Urbano da vila.
29-6-2012
Covilhã
Manifestantes bloquearam a saída do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, após a visita ao Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.
4-7-2012
Braga
Dezenas de pessoas concentraram-se em frente à Bosch, em Braga, para vaiar o primeiro-ministro, mas a comitiva governamental acabou por não se cruzar com os manifestantes, ao entrar por outra porta. Passos Coelho foi também recebido com protestos na reitoria da Universidade do Minho.
6-7-2012
Figueira da Foz
Passos Coelho foi recebido com apupos e assobios por mais de uma centena de manifestantes, junto a uma empresa vidreira da Figueira da Foz.
6-7-2012
Vila Real de Santo António
O Secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins foi vaiado por sindicalistas e representantes da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), à chegada à Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António.
7-7-2012
Mafra
Discurso de Relvas assobiado em Mafra, na cerimónia de abertura dos VIII Jogos CPLP.
16-7-2012
Borba
Passos Coelho vaiado na abertura do encontro internacional Global Stone Congress 2012.
25-7-2012
Cantanhede
Passos Coelho recebido com bandeiras negras. Muitos dos manifestantes estavam ligados ao Sindicato dos Professores da Região Centro.
8-9-2012
Ponte de Lima
Pedro Mota Soares – vaiado duas vezes, nas feiras Novas, em Ponte de Lima.
12-9-2012
Carnaxide
Vitor Gaspar era esperado por vários manifestantes junto à SIC, onde foi entrevistado.
23-9-2012
Vouzela
Na inauguração de um quartel de bombeiros, o ministro Miguel Macedo ouviu os protestos de algumas dezenas de pessoas contra o pagamento de portagens nas antigas Scut.
25-9-2012
Ermesinde
Nuno Crato vaiado na inauguração do centro escolar Mirante dos Sonhos.
23-9-2012
Lisboa
Passos Coelho no ISCTE - o chefe do Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP identificou um aluno que apupou o primeiro-ministro e TVI foi impedida de filmar.
27-9-2012
Estoril
Passos Coelho vaiado no Estoril, à saída de um almoço com empresários.
2-10-2012
Lisboa
Nuno Crato chegou mais cedo que o previsto, mas não conseguiu evitar os protestos no Instituto Superior Técnico.
8-10-2012
Portp
Passos Coelho vaiado à entrada para a Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, por algumas dezenas de manifestantes.
31-10-2012
Almada
Durão Barroso, apupado por ativistas dos Precários Inflexíveis e outras pessoas, à saída do Teatro Municipal de Almada, onde foi ver “O mercador de Veneza”.
3-11-2012
Barcelos
Portas faltou, mas houve vaias em Barcelos, na inauguração da estátua de D. Nuno Álvares Pereira. Em sua representação esteve a subsecretária de Estado que desistiu de discursar.
25-11-2012
Madeira
Passos Coelho vaiado por alguns delegados à chegada ao congresso do PSD Madeira.
11-12-2012
Palmela
Relvas contestado por causa da reforma autárquica.
30-1-2013
Porto
Pedro Passos Coelho foi recebido com apupos e vaias em frente ao jardim da Fundação de Serralves.
15-2-2013
Lisboa
O primeiro-ministro foi interrompido quando intervinha no debate quinzenal na Assembleia da República por um grupo de pessoas que entoaram a canção "Grândola Vila Morena".
18-2-2013
Gaia
Miguel Relvas foi interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores, em Gaia, por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram "Grândola Vila Morena" e exigiram a sua demissão.
18-2-2013
Aveiro
O primeiro-ministro foi recebido em Aveiro com palavras e cartazes de protesto por meia centena de pessoas, mobilizadas pela União de Sindicatos de Aveiro. Passos Coelho participava numa conferência da Global Compact Network Portugal.
19-2-2013
Lisboa
Miguel Relvas devia ter encerrado uma conferência comemorativa dos 20 anos da TVI no ISCTE, mas, insultado e apupado, acabou por não discursar. Abandonou o local escoltado por seguranças.
20-2-2013
Porto
Manifestantes cantam "Grândola, Vila Morena" ao ministro da Saúde na Faculdade de Medicina do Porto.
22-2-2013
Guarda
Cerca de 30 manifestantes cantaram "Grândola Vila Morena" na chegada de Miguel Macedo à Guarda.
23-2-2013
S. João da Madeira
O ministro da Economia, orador numa iniciativa da concelhia do PSD, foi recebido em S. João da Madeira com mais uma manifestação entoada ao som de "Grândola Vila Morena". Álvaro Santos Pereira foi recebido por cerca de 30 manifestantes, que empunhavam cartazes com frases como "Emigra tu!" e "Que se lixe a troika".
23-2-2013
Faro
O secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo, Franquelim Alves, e o dos Transportes, Sérgio Monteiro, foram recebidos em Faro por um grupo de manifestantes que entoaram "Grândola, Vila Morena".
24-2-2013
Coimbra
Paulo Macedo, ministro da saúde esteve numa reunião promovida pelo PSD em Coimbra onde desta vez não ouviu a "Grândola, Vila Morena". Quando os manifestantes chegaram, já Paulo Macedo tinha entrado na sala.
24-2-2013
Espinho
O ministro da Administração Interna ouviu hoje à distância a música "Grândola, Vila Morena" numa visita ao quartel dos bombeiros voluntários de Espinho.
25-2-2013
Londres
Dois portugueses cantaram nesta segunda-feira em Londres "Grândola, Vila Morena" ao ministro da Economia e do Emprego, e Álvaro Santos Pereira.
26-2-2013
Braga
O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, foi interrompido a meio da sua intervenção numa conferência ao abrigo da celebração dos 125 anos do Jornal de Notícias, na Universidade do Minho, em Braga.
28-2-2013
Lisboa
Cerca de 30 manifestantes cantaram mais uma vez o "Grândola, Vila Morena" ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, desta vez à saída de uma conferência, em Lisboa. Os manifestantes, com uma faixa em que se lia "fora, Passos" e "fora, Portas" esperaram Passos Coelho na entrada principal de um evento promovido pela rádio TSF, no Pátio da Galé, mas o chefe de Governo entrou por uma entrada lateral.
4-3-2013
Mangualde
O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, foi esta segunda-feira à tarde recebido numa escola de Mangualde, com gritos de protesto contra o Governo, ao som da canção "Grândola, Vila Morena".
15-3-2013
Aveiro
O primeiro-ministro foi recebido, em Aveiro, no último dia do Congresso da Região de Aveiro, por uma manifestação com cerca de cem pessoas com cartazes e palavras de protesto.
18-3-2013
Lisboa
O primeiro-ministro preparava-se para abrir a conferência sobre a reforma do Estado quando dezenas de estudantes começaram a persegui-lo e a gritar repetidamente "demissão". Aconteceu no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). Também à entrada, o primeiro-ministro foi recebido com protestos de estudantes do ISCSP e do ISCTE.
28-5-2013
Barreiro
Secretária de Estado do Tesouro mal recebida no Barreiro. Manifestantes vaiaram Maria Luís Albuquerque à entrada para I Fórum Baía do Tejo e interromperam-lhe o discurso de abertura do encontro no Barreiro.
31-5-2013
Lisboa
Parlamento evacuado após protestos.
Convidados dos partidos manifestaram-se gritando palavras como "chulos" e cantando "Grândola Vila Morena" na Assembleia da República, antes de serem retirados das galerias.
31-5-2013
Vila Real
Passos Coelho vaiado por taxistas e agricultores em Vila Real. A jornada que o primeiro-ministro levou a cabo por Vila Real, seu distrito natal, ficou marcada por protestos.
3-6-2013
Lisboa
Secretário de Estado impedido de falar por manifestantes abandonou uma conferência depois de manifestantes da Fectrans gritarem "Queremos o nosso dinheiro, este Governo para a rua".


quinta-feira, 23 de maio de 2013

QUE NOME SE DÁ AO PAI DA PROSTITUTA…?




Estou de veras (infelizmente, mais uma vez) desiludido e indignado com as posições assumidas no último Conselho de Estado. Esta minha indignação não resulta daquilo que por lá se debateu mas, tão-só, da velada (ou descarada) proibição de se relatar o ocorrido.

Estando nas minhas cogitações fugiu-me o olhar para um post-it que tenho colado por cima do monitor do computador com uma citação de Bertolt Brecht:

Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo(Bertolt Brecht).


Foi, então, que me ocorreu uma dúvida:


Que nome se dá ao pai da prostituta…?


sexta-feira, 17 de maio de 2013

DIÁSPORA DOS JUDEUS SUECOS





Seria uma análise muito simplista comparar o genocídio do povo Judeu durante a 2ª Grande Guerra Mundial com a inquisição que grassou na Europa entre os Séculos XIV e XVIII. Levar-nos-ia, quiçá, a adoptarmos atitudes de meros simpatizantes das vítimas ou, o que seria muito mais grave, justificarmos as atitudes dos carrascos.

Todavia, os algozes deste povo, quer no passado remoto quer no mais recente (no Século XX) não se quedaram só pela aniquilação de um povo; arrolaram aos seus mais pérfidos argumentos todas aquelas minorias que poderiam, segundo a sua visão dominadora, pôr em perigo a hegemonia dos poderosos opressores.

No passado, a orientação do genocídio teve como protagonista a liderança clerical da Igreja Católica. Não o fez enquanto humilde seguidora dos ensinamentos de Cristo, mas sim através dos continuadores do “Império Religioso” com o qual queriam conquistar o mundo. A conquista não se faria pelas armas; seria elaborada nas intrigas palacianas, na arbitragem dos conflitos políticos entre os reinos de então e na homologação dos títulos dos governantes. Isto não era a Igreja, era, tão-só, a ganância dos homens que se sujeitavam a envergar a sotaina (fosse qual fosse a cor) para atingir as suas ambições (tal como o que tem acontecido na cúria romana).

No Século passado, o nazismo e o arianismo, movidos por ambições desmedidas, imbuídos de fanatismos de limpeza étnica e de afirmação de superioridade rácica, adoptaram atitudes semelhantes – limpeza étnica e extermínio.

Hoje, Século XXI – contemporaneidade –, os judeus correm o risco de sofrerem atitudes semelhantes. Não quero entrar em discussões argumentativas de que eles (referindo-me aos Judeus habitantes de Israel, os quais em grande parte nem judeus são) também têm atitudes semelhantes para com os palestinianos. Esse será um outro problema; grave, mas diferente. Quero somente referir-me aos Judeus Suecos.

O anti-semitismo tornou-se um traço de carácter de Malmö, na Suécia.

As razões são muitas e diversíssimas. Mas, talvez não fosse impensado questionarmo-nos sobre as divisões criadas na Europa contemporânea:

- O que divide os países do Norte dos do Sul, na Europa?

- Porquê, contrariando todas as disposições contextualizadas nos diversos Tratados da EU, cada vez mais se acentua a falta de equidade entre os povos que a constituem?

- Porque é que o investimento na Europa está a deixar de ser feito em estruturas que geram emprego e riqueza, para, cada vez mais, se investir em “títulos” financeiros que somente geram especulação e enriquecimento de minorias capitalistas ínfimas (banqueiros e afins)?

- Porque é que, sempre que nos referimos aos conflitos na Europa (principalmente, durante o último século) a Alemanha e os seus líderes estão-lhes associados?


As respostas podem ser diversas, mas os meios utilizados são os mesmos…!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SERÁ O PRENÚNCIO DE UMA NOVA TEOCRACIA…?





Até Cristo separou os interesses terrenos, políticos e financeiros das conveniências celestiais, religiosos e de solidariedade social, quando afirmou “dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21).

É, portanto, errado – ou, pelo menos, de mau gosto – confundir a “beatice” do Presidente, da sua mulher e dos fundamentalistas religiosos (de quem Jesus, já naquele tempo, reclamava “Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície!) com o Cristianismo ou com qualquer outra religião, seja ela qual for…

Quando o Presidente diz “penso que foi, como a minha mulher me disse várias vezes, uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima e do 13 de Maio”, demonstra uma realidade bem diferente daquela que pretende fazer-se notar:

1º - Convenceu-se que é assim, porque a mulher lho "disse várias vezes”;

2º - Demonstra não ter opinião própria e defende, tão-somente, a opinião da mulher;

3º - Contrariamente a uma aparente conversão religiosa, opta pela atitude dos fariseus – seita a quem Jesus Cristo chamou de hipócritas, comparando-os a sepulcros –, transformando-se, assim, em defensor de uma nova corrente política/religiosa;

4º - Demonstra uma enorme contradição como Presidente de um Estado laico, ao defender aquilo a que se pode chamar de nova teocracia em que os governos exercem no cumprimento da vontade divina. Embora mal comparado, faz-me lembrar a queda do Xá da Pérsia e a tomada do poder pelos Ayatollah.

Se não for nenhuma destas quatro situações enunciadas, então aconselho vivamente o Sr. Presidente a consultar um médico, pois esta confusão apresentada poderá ser um sintoma patológico grave que, creio, poderá ser impeditiva de continuar a presidir este País.

As melhoras…!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

INFORMAÇÃO OU DESINFORMAÇÃO





Esta é a situação da imprensa, segundo a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação. Dados de Janeiro-Fevereiro de 2013.

Dá que pensar:

- Quem vende mais?
- Qual a razão…?
- Qual o público-alvo?
- Que tipo de informação é produzida…?


Seria bom perder um pouco de tempo e debruçarmo-nos sobre os números e gráficos apresentados. Talvez compreendêssemos como é possível que um governo como este que temos ainda se mantém no poder…