sexta-feira, 17 de maio de 2013

DIÁSPORA DOS JUDEUS SUECOS





Seria uma análise muito simplista comparar o genocídio do povo Judeu durante a 2ª Grande Guerra Mundial com a inquisição que grassou na Europa entre os Séculos XIV e XVIII. Levar-nos-ia, quiçá, a adoptarmos atitudes de meros simpatizantes das vítimas ou, o que seria muito mais grave, justificarmos as atitudes dos carrascos.

Todavia, os algozes deste povo, quer no passado remoto quer no mais recente (no Século XX) não se quedaram só pela aniquilação de um povo; arrolaram aos seus mais pérfidos argumentos todas aquelas minorias que poderiam, segundo a sua visão dominadora, pôr em perigo a hegemonia dos poderosos opressores.

No passado, a orientação do genocídio teve como protagonista a liderança clerical da Igreja Católica. Não o fez enquanto humilde seguidora dos ensinamentos de Cristo, mas sim através dos continuadores do “Império Religioso” com o qual queriam conquistar o mundo. A conquista não se faria pelas armas; seria elaborada nas intrigas palacianas, na arbitragem dos conflitos políticos entre os reinos de então e na homologação dos títulos dos governantes. Isto não era a Igreja, era, tão-só, a ganância dos homens que se sujeitavam a envergar a sotaina (fosse qual fosse a cor) para atingir as suas ambições (tal como o que tem acontecido na cúria romana).

No Século passado, o nazismo e o arianismo, movidos por ambições desmedidas, imbuídos de fanatismos de limpeza étnica e de afirmação de superioridade rácica, adoptaram atitudes semelhantes – limpeza étnica e extermínio.

Hoje, Século XXI – contemporaneidade –, os judeus correm o risco de sofrerem atitudes semelhantes. Não quero entrar em discussões argumentativas de que eles (referindo-me aos Judeus habitantes de Israel, os quais em grande parte nem judeus são) também têm atitudes semelhantes para com os palestinianos. Esse será um outro problema; grave, mas diferente. Quero somente referir-me aos Judeus Suecos.

O anti-semitismo tornou-se um traço de carácter de Malmö, na Suécia.

As razões são muitas e diversíssimas. Mas, talvez não fosse impensado questionarmo-nos sobre as divisões criadas na Europa contemporânea:

- O que divide os países do Norte dos do Sul, na Europa?

- Porquê, contrariando todas as disposições contextualizadas nos diversos Tratados da EU, cada vez mais se acentua a falta de equidade entre os povos que a constituem?

- Porque é que o investimento na Europa está a deixar de ser feito em estruturas que geram emprego e riqueza, para, cada vez mais, se investir em “títulos” financeiros que somente geram especulação e enriquecimento de minorias capitalistas ínfimas (banqueiros e afins)?

- Porque é que, sempre que nos referimos aos conflitos na Europa (principalmente, durante o último século) a Alemanha e os seus líderes estão-lhes associados?


As respostas podem ser diversas, mas os meios utilizados são os mesmos…!

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