Em conversa com um amigo,
citei uma frase de Elísio Estanque, do seu artigo publicado no Público, hoje,
29 de Julho, com o título “Social-democracia
e aparelhismo”: “A força do
aparelhismo tem como contraponto o vazio da política. Mas a génese disso
reside numa cultura difusa, enraizada na sociedade, onde o tráfico de influências
prevalece sobre os valores democráticos e a reverência ao poder sobre a
autonomia individual”. E acrescentei: Espero que o povo já esteja farto das
mesmas caras que se pavoneiam pelo parlamento, sem nada produzirem, quais
paus-mandados dos líderes partidários. Em suma, sem carácter e sem dignidade…
salvo raras e honrosas excepções.
O meu amigo retorquiu-me: “Não
te iludas…! O povo não vota nas pessoas, nem nos programas; vota no clube, no partido…
Salvo raríssimas e honrosas excepções, como tu dizes… O aspecto político e
social não conta nem interessa ao aparelhismo… Interessam vassalos bajuladores
dos Senhores do Partido…”
Sem comentários:
Enviar um comentário