Vítor Gaspar demitiu-se. Da miserável consideração em que
estava cotado perante mim, conseguiu dar um salto qualitativo e assemelhar-se a
um homem com “H grande”… Deu-se ao respeito e, num assomo de dignidade, pediu a
demissão. Não se quedou por aí. Na carta justificativa do seu abandono de
lugar, retractou a real capacidade de
liderança do Primeiro-Ministro – não existia.
Hoje, pouco menos de 24 horas depois da declaração oficial
do “constitucionalista” Poiares Maduro (digno substituto de Relvas), o governo
decidiu desautorizar o seu porta-voz (e “eminente constitucionalista”)
ignorando a sua extravagante “interpretação”
do Acórdão do Tribunal Constitucional. Não foi um acto de liderança do PM (que,
no entender de Vítor Gaspar, não tem capacidade para tal), mas tão só um mero
exercício de chefia – dar ordens,
mesmo sem significado ou conteúdo…
Não sei se deva esperar que este ministro – Poiares Maduro –
tenha um assomo de dignidade semelhante ao de ex-ministro das Finanças e se
demita. Não sei se já tomou uma atitude de, no mínimo, respeitar-se a si
próprio e saia do governo (ou com o governo). Mas, se o não tiver feito ou não
o vier a fazer, não irá descer na minha consideração, porque mais baixo de onde está não pode descer.
Ele e os seus colegas de (des)governo.
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