“Passos Coelho considerou que os juízes do Tribunal
Constitucional, ‘que determinam a inconstitucionalidade de diplomas em
circunstâncias tão especiais’, deveriam estar sujeitos a ‘um escrutínio muito
maior do que o feito’ até hoje.
‘Como é que uma sociedade com transparência e maturidade
democrática pode conferir tamanhos poderes a alguém que não foi escrutinado democraticamente’,
questionou Pedro Passos Coelho, apontando para o caso dos Estados Unidos da
América em que os juízes ‘escolhidos para este efeito têm um escrutínio
extremamente exigente’, disse.
‘Não temos sido tão exigentes quanto deveríamos ter sido’,
sublinhou, durante a intervenção que fez esta noite, em Coimbra, no
encerramento da primeira conferência do ciclo comemorativo dos 40 anos da
fundação do PSD.» [Notícias ao Minuto]
Já muita gente lhe tentou explicar como se processa a escolha dos Juízes do Tribunal
Constitucional; mas a compreensão é pouca… Até mesmo o constitucionalista, de reconhecido
mérito, e que faz parte do seu próprio Partido – Jorge Bacelar Gouveia
(professor catedrático de Direito Constitucional) – lhe relembra, no Público,
que “dez dos juízes foram eleitos pela Assembleia da República, por uma maioria
idêntica à da revisão ordinária da Constituição, que é de 2/3
dos votos, e com uma audição prévia na 1.ª comissão”. E questiona mesmo: “Não será isso uma escolha democrática? Ou a Assembleia da República deixou de ser
um órgão de excelência da democracia representativa”?
É de loucos…!
Este país está a ser liderado por loucos: um – líder do
governo, do PSD e que já o foi das “Jotas” – diz que quer alterar o
método de escolha dos juízes; o outro – líder do maior Partido da oposição,
ex-futuro candidato a PM e que, também, já o foi das “Jotas” – quer alterar a
forma como se escolhe o candidato a primeiro-ministro.
Em comum têm o facto de terem alinhado nas juventudes
partidárias respectivas, terem uma ambição desmedida, um apego ao poder (a
qualquer custo) e um desrespeito permanente e sistemático pelo supremo bem
deste País – o Povo.
Como diz “O
Jumento”, dois fulanos a quem o País nada deve e de quem ninguém conhece
qualquer luta pela democracia ou qualquer rasgo de inteligência querem governar o país à medida das suas
imbecilidades.
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