domingo, 24 de novembro de 2013

PLANO B




Tenho lido na nossa imprensa escrita, ouvido na rádio e nas diversas televisões o eco das afirmações do ministro-adjunto Miguel Poiares Maduro, proferidas em Santarém, onde participou na sessão de encerramento do XXI Congresso da Associação Nacional de Municípios, que o Governo não tem plano B, caso TC chumbe a lei da convergência das pensões entre o sector público e o privado:

O Governo não tem nenhuma alternativa preparada; se o Governo escolheu esta medida é porque entende, sabendo que é uma medida difícil, entende que ela é aquela que melhor serve os interesses do país e porque naturalmente a considera constitucional”.

Se “o Governo escolheu”… ?
Não deveria ser, antes, impuseram este plano ao Governo…?

“O governo não tem plano B” […]
Não seria mais fácil dizer, somente: “O governo não tem planos…!”; mais nada.

Se, como é sabido, todos os planos para o afundamento do país vêm da Troika e são, meramente, subscritos pelos actuais titulares dos cargos de governação, porque é que haveriam de ter, agora, um plano – mesmo que lhe chamassem plano B? Porquê?

Os planos são (ou deveriam ser) um projecto de realização para fins úteis e necessários, resultantes de estudos aturados, consideradas todas as alternativas, prevendo eventuais contratempos e, em democracia, que cumprissem as regras legais na sua execução.
Ora – mais uma vez –, se este “governo” não faz planos, por que carga de água haveria de ter um Plano B, em alternativa a um plano A inexistente?

A isso não se chama Plano! Chamem-lhe o que quiserem: Teimosia, incompetência, cretinice, vilania, ódio, despotismo, autoritarismo, absolutismo, reinação, brincadeira, inconsciência, infantilismo… o que quiserem; mas não lhe chamem nem planos, nem governo.

É demais…


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