Grandes Opções do Plano para 2014 (Outubro)
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Pareceres do Conselho
Económico e Social (CES)
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Respostas do
Governo
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• “O CES lamenta que (…) o problema do crescimento económico
continue subordinado aos objectivos da consolidação orçamental”.
• “Um documento como as GOP deveria traduzir uma nova
atitude face aos credores externos”.
• “O optimismo do Governo, apoiado em débeis sinais positivos
nalguns indicadores, contrasta fortemente com os números do desemprego, com o
número de empresas encerradas, com a redução do poder de compra das famílias
e com o aumento da pobreza”.
• “A ideia optimista de ‘fim de ciclo’ e de que se
inicia uma nova fase da vida nacional, que o documento procura transmitir, não
é, assim, partilhada pelo CES”, até pela “evolução da dívida pública” e
“condições de financiamento da economia”.
• “Verifica-se (...) que no ponto em que se aborda o
emprego é referido um conjunto de medidas referentes às políticas activas de
emprego que, na prática, têm demonstrado impactos insignificantes na criação
de empregos de qualidade”.
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• “O parecer do CES excede o âmbito do documento em
análise. Com efeito, são várias as passagens em que o CES procede ao
julgamento da actuação do Governo ou mesmo à apresentação de sugestões de
política, quando o parecer se deveria limitar à apreciação das GOP 2014”.
• “O parecer não procede a uma leitura correcta de duas
reformas fundamentais no âmbito do processo de ajustamento da economia portuguesa:
a reforma da administração pública e a política fiscal”.
• “As afirmações (…) a propósito do processo de
reforma do Estado são reveladoras de um profundo desconhecimento sobre a
evolução que tem vindo a ocorrer nos últimos anos em matéria de transformação
da administração pública”.
• “O Governo tem consciência dos custos económicos e sociais
do ajustamento e reconhece que persiste um contexto de riscos e incerteza. Porém,
não deixará de ter presente os sinais positivos, embora ainda ténues, de recuperação
da actividade económica”.
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(Fonte: Público, 5 de Novembro
de 2013)
Nas respostas invocadas, o Governo não justifica: Critica (e
quase insulta). Por fim, auto-elogia-se e apresenta a miragem da recuperação
económica.
O organismo presidido pelo social-democrata Silva Peneda – o
CES (que reúne sindicatos, patrões e
outras organizações da sociedade civil, bem como o Governo) no seu relatório,
elaborado pelo economista João Ferreira do Amaral e pelo presidente da CAP,
João Machado, alega que devia evitar-se penalizar mais os funcionários
públicos, reformados e pensionistas, e “excluir aumentos da carga fiscal”.
Na declaração de voto (em que manteve o hábito de se
abster), o Governo acusa o CES de “absoluto
irrealismo e até contradição” nos argumentos.
A exemplo dos condutores que circulam em contramão, o erro
não é deles, mas sim de todos os outros que circulam bem. Sós, mas orgulhosos…
ou como dizia o outro:
“Orgulhosamente
sós…”
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