terça-feira, 5 de novembro de 2013

FALTA DE CHÁ


Paul Portas chegou quase duas horas atrasado a recepção no Consulado de Portugal, em Macau. Metade dos convidados tinha já partido. Não se explicou, não pediu desculpas e falou para quem já não estava lá.



Hoje Macau – 5-11-2013

O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, chegou quase duas horas atrasado a uma recepção organizada no passado domingo pelo consulado de Portugal em Macau para a comunidade portuguesa local, o que fez com que cerca de metade das pessoas que se encontravam presentes tenham abandonado o evento antes da sua chegada.
A recepção estava marcada para as 21 horas, mas o vice-primeiro-ministro português entrou na sala da residência consular (ex-Hotel Bela Vista) quando já eram quase 23 horas. Entretanto, praticamente todos os convidados de etnia chinesa tinham já partido, expressando delicadamente o seu desagrado pela situação. “Todos sabemos como os chineses consideram este tipo de atraso como uma ofensa e uma falta de consideração”, explicou ao HM um empresário português há muito radicado na região. “É incompreensível esta atitude que basicamente tirou face à nossa comunidade. Uma vergonha! Inenarrável!”, concluiu.
[…]

DISCURSO EQUIVOCADO
Certamente que equivocado quanto à audiência para a qual discursava, o vice-primeiro-ministro (que não explicou nem se desculpou pelo seu inusitado atraso) fez um resumo, “breve” nas suas palavras, das relações económicas recentes entre Portugal e a RPC, na sua vertente exclusivamente económica, como se se estivesse a dirigir unicamente a empresários chineses e não à comunidade portuguesa de Macau como um todo que era, afinal, a destinatária do convite endereçado para a recepção.
[…]
Médicos, arquitectos, advogados, professores, engenheiros, jornalistas, profissionais de turismo e outras profissões, que constituem a estrutura fundamental da presença portuguesa em Macau, foram simplesmente ignorados num discurso que se limitou a citar os números por todos conhecidos das relações económicas e comerciais entre os dois países e procurou, uma vez mais, vender as vantagens do investimento externo. “Provavelmente, ele pensa que nós não estamos informados sobre o desenvolvimento das relações entre a China e Portugal que não vemos televisão ou não lemos jornais”, comentou um dos presentes, que lamentou também a falta de referência à comunidade portuguesa de Macau. […] “Mais valia que não pusessem cá os pés”, disse outro dos presentes ao HM, que sublinhou também o facto de Portas se apresentar na recepção sem gravata e de camisa aberta.

E… como vem sendo hábito, a imprensa portuguesa (em Portugal) a isto nada se referiu…
Informação isenta, aberta, transparente, independente, verdadeira…
Desculpem, mas essa não é a informação em Portugal…! Já não estamos habituados à verdade (ou à informação não manipulada…).


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