Sofia
Rodrigues, no Público de hoje, 30 de Maio, escreve que “[…] o alinhamento do Presidente
da República com o actual Governo começa a ser excessivo. Depois da acesa
controvérsia criada com a renomeação de Carlos Costa para a liderança do Banco de
Portugal (só defendida pelo PSD e CDS), Cavaco veio ontem a terreiro aconselhar
a ‘estudar’ todos aqueles que criticam a opção do Governo nesta matéria. Mais:
desdobrou-se em elogios e disse mesmo que Costa ‘é um dos poucos portugueses que
sabem de política monetária’.”
Porque é que o discurso do “popularucho dogmatismo” – “é um dos poucos portugueses que sabem de política
monetária” –, de Cavaco, aparece de
forma tão ostensiva nesta circunstância, como em outras idênticas. Será por ir
precisar da solidariedade do actual Governador do Banco de Portugal no futuro…
e, por isso, necessita semear elogios…?
Não sei responder a esta
questão, mas pressinto o medo (quase terror) das contas que terá de prestar ao País
quando regressar à humilde condição de cidadão. Com a popularidade que tem granjeado
nos últimos anos, não sei onde se poderá esconder; talvez na recolha do
pagamento dos favores que tem, discricionariamente, distribuído…
O povo irá, certamente,
cobrar os sacrifícios sofridos daqueles que se aliaram aos seus algozes. E, se
calhar, é disto que Cavaco tem medo…
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