Em Junho de 2014,
milhares de cidadãos portugueses receberam notificações da Segurança Social com
aviso de pagamento de dívidas, sob a ameaça de penhora. Os devedores tinham um
mês para pagar o que deviam, fosse muito ou pouco.
E ainda, segundo Sérgio
Lavos, no 365 Forte,
“os funcionários da Segurança Social tinham recebido uma ordem directa do
ministério para cada posto de atendimento fazer um apanhado das dívidas, um
apanhado feito em bruto sem ter em conta condicionantes como pedidos de
isenção. Funcionários em todos os centros do país andaram a fazer horas
extraordinárias, durante dias seguidos, para conseguirem notificar os devedores
até ao final de Junho – aparentemente, havia
um problema de liquidez urgente na Segurança Social e uns números para compor
nas estatísticas do Governo. A pressa era muita. Tanta que até devedores cuja dívida tinha prescrito
foram notificados”.
«O ministro da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social considerou hoje que o
primeiro-ministro foi "vítima de erros da
própria administração", à semelhança de milhares de
portugueses, referindo-se à anterior dívida de Passos Coelho à Segurança Social».
Marcelo Rebelo de
Sousa – insuspeito – pergunta “Como é que se paga
voluntariamente uma dívida prescrita?”
E acrescenta: “Não
percebo. Não percebo nada. Primeiro ponto que não percebo: entre 2004 e 2009,
Passos Coelho, como qualquer trabalhador independente, tinha de se registar e
tinha de pagar à Segurança Social. Não é preciso nenhuma notificação", no
habitual comentário na TVI”.
E eu pergunto: Que governo é este…?
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