Há muitas “teorias” a respeito de a História se poder
repetir. O meu amigo PB lembrou-me isso ao ler este texto do Público (pág. 3 do
“Público” de hoje, 17-4-2014), que reproduzo.
Repare-se na atitude análoga entre os apoios que Putin
recebe dos partidos europeus da extrema-direita – a propósito da Ucrânia – e o
pacto assinado entre Hitler e Estaline, em 23 de agosto de 1939: Hitler e
Estaline assinaram um pacto de não-agressão. A Alemanha e a União Soviética
comprometiam-se a não se atacarem e a manterem-se neutras, caso uma delas fosse
atacada por uma terceira potência…
Hitler disse no Parlamento em Berlim: “Os senhores sabem que
a Rússia e a Alemanha são governadas por duas doutrinas diferentes. Mas, no
momento em que a União Soviética não
pensa em exportar a sua doutrina, eu não vejo mais motivo que nos impeça
uma tomada de posição. Por isso decidimos firmar um pacto que exclua o uso de todo tipo de violência entre nós por todo o futuro”.
No seu discurso no Reichstag, Hitler não disse uma palavra
sobre o que a Alemanha e a União Soviética tinham assinado, de facto, a 23 de
Agosto de 1939. O chamado “Pacto Hitler-Estaline” não consistia só na parte
oficial em que os dois ditadores se comprometiam em não apoiar os inimigos um
do outro, mas também num protocolo adicional secreto. Nesta parte ficou
combinada uma divisão da Polónia e da Finlândia; os Estados bálticos e a
Bessarábia foram prometidos à União Soviética.
Os inimigos dos meus inimigos meus amigos são…!
Que se estar é a “cozinhar”, agora…?
Assim se fazem as
guerras…
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