Sonhei que tinha constituído um partido político a quem tinha chamado de ABSTENÇÃO. Teria como militantes todos aqueles que não querem saber por quem e como são governados. Neste caso, eu teria legitimidade para decidir a meu belo prazer, sem me preocupar pelo respeito das opiniões e vontades do eleitorado:
1º -Era o partido mais votado e o meu eleitorado estava-se nas tintas para o que fosse decidido por mim;
2º -Apesar de ser o mais votado, agia como se o não fosse – não tinha de me preocupar com a vontade nem com o sentido de voto dos eleitores, como nas legislativas de 2011;
3º -Podia prometer e não cumprir, desdizer aquilo que afirmava, sonegar o direito a quem o tem, mentir quando entendesse, constituir governo sem me preocupar com as competências de quem o constituía, etc.
4º -Teria a maioria parlamentar e poderia dar-me ao luxo de desrespeitar a oposição e as minorias…
5º -Não precisaria de fazer acordos pré ou pós eleitorais para iludir o eleitorado sobre as minhas intenções;
6º -Aparentemente seria, como tantos outros, um democrata;
Este sonho ocorreu-me quando analisei (com olhos de ver) os resultados eleitorais:
Mais que um sonho, a sua consequência é o actual pesadelo.
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