O cânhamo é uma planta da
família das Cannabaceae, da mesma espécie da planta da maconha (Cannabis
sativa), porém, cultivada de forma a ter baixos níveis de THC, o composto
psicoactivo encontrado na maconha. No Século XV, o cânhamo era amplamente
cultivado e utilizado por várias culturas ao redor do mundo devido às suas
diversas aplicações.
Neste Século, o cânhamo era
especialmente valorizado pelas suas fibras, que eram utilizadas na produção de
tecidos, cordas, velas de navios, papel e outros materiais. As fibras de
cânhamo eram conhecidas pela sua durabilidade e resistência, tornando-as ideais
para uso em várias aplicações industriais e domésticas.
Além disso, o cânhamo também
era utilizado na alimentação e na saúde. As sementes de cânhamo eram consumidas
como alimento e eram consideradas nutritivas, ricas em proteínas, ácidos gordos
essenciais, vitaminas e minerais. Óleos derivados do cânhamo também eram
utilizados em preparações medicinais para tratamentos de diversas condições de
saúde, embora as práticas e conhecimentos médicos da época fossem limitados em
comparação com os de hoje.
Todavia, no Século XV, o
cânhamo desempenhava um papel importante em várias áreas da vida quotidiana,
desde a produção de materiais até o uso na alimentação e saúde.
Não há, contudo, evidências
históricas concretas que comprovem o uso do cânhamo para mascar por parte dos
marinheiros portugueses no Século XV. No entanto, é importante notar que o
cânhamo tem sido utilizado ao longo da história de várias maneiras, incluindo
como matéria-prima para cordas e tecidos, bem como para usos medicinais e
recreativos.
É possível que, devido à
presença do cânhamo em navios como matéria-prima para cordas e velas, algumas
tripulações pudessem ter acesso à planta e potencialmente experimentá-la de
diferentes maneiras, incluindo o mascar. O uso
recreativo ou medicinal de cânhamo foi mais documentado outras culturas e
períodos históricos.
O uso do cânhamo, tanto para
fins recreativos quanto medicinais, tem uma longa história em várias culturas
ao redor do mundo. Alguns exemplos incluem:
1. China Antiga: O
cânhamo é cultivado há milhares de anos na China, onde era utilizado para
produção de tecidos, papel, alimentos e fins medicinais. Há evidências de que o
cânhamo era utilizado como remédio para diversas condições de saúde.
2. Índia Antiga: Na
Índia, o cânhamo era cultivado e utilizado há milhares de anos, principalmente
para fins medicinais e religiosos. No hinduísmo, o cânhamo é associado ao deus
Shiva e é utilizado em rituais religiosos.
3. Antigo Egipto: Os
egípcios cultivavam cânhamo há milhares de anos para produção de tecidos,
cordas e papel. O cânhamo também era utilizado com fins medicinais.
4. Idade Média e Renascimento
na Europa: Durante a Idade Média e o Renascimento, o cânhamo era uma
cultura importante na Europa, sendo utilizado para produção de tecidos, cordas,
velas e papel. Também era valorizado pelas suas propriedades medicinais e
alimentícias.
5. Séculos XVIII e XIX: O
cânhamo era uma cultura comum na América do Norte, Europa e outras regiões
durante os séculos XVIII e XIX. Nos Estados Unidos, por exemplo, o cânhamo era
cultivado principalmente para produção de cordas e tecidos. Além disso, o
cânhamo também era utilizado em preparações medicinais e, ocasionalmente, para
fins recreativos.
6. Século XX em diante: O
uso recreativo e medicinal do cânhamo e de seus derivados, como o óleo de CBD,
tornou-se mais difundido em muitas partes do mundo no século XX e continua até
os dias actuais, à medida que mais pesquisas são realizadas sobre seus
potenciais benefícios para a saúde.
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