«O grotesco do caos em que o início do ano
lectivo se transformou vai do cómico ao dramático. Sob a tónica da insensatez
do desvairado que o dirige, o Ministério da Educação e Ciência assemelha-se a um manicómio gerido pelos doentes.A
última paciente, a directora-geral da Administração Escolar, decidiu sambar na
cara de milhares de alunos, pais e professores: com a coragem própria dos cobardes, mandou os directores despedirem
os professores anteriormente contratados.»
[…]
«Navegar por entre a teia
kafkiana da legislação aplicável aos concursos de professores é um
desesperante exercício de resistência. Só
legisladores mentalmente insanos e socialmente perversos a podem ter concebido,
acrescentando sempre uma nova injustiça à anteriormente perpetrada.»
[…]
«Quando o Papa proclama, em boa hora, que não há mães solteiras, mas
tão-só mães, nós, classe docente desunida, demoramos, primeiro, e somos inconsequentes, depois, a dizer
que não há professores de primeira e professores de segunda, mas tão-só
professores.»
[…]
«Do
outro lado da barricada, a classe dos
professores não interiorizou, enquanto tal, a dimensão política da sua
profissão. E, em momentos vitais das lutas a que tem ido, soçobrou por
isso.»
Posso não concordar com tudo, mas,
no essencial e que aqui reproduzo
(com realces a negrito da minha autoria), não posso deixar de estar de acordo…
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