Depois de ter
desabafado este texto com o meu amigo Eduardo, resolvi fazê-lo, também, convosco.
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Julgava que, depois
da 2.ª Guerra Mundial e da inundação da América Latina por criminosos dessa
guerra, a aprendizagem dos povos tinha sido eloquente, com consequente caça a tal
gente. Percebeu-se que não poderiam ficar impunes.
Ao longo dos
séculos, a aprendizagem dos povos fez-se pela dispersão da cultura dos povos,
pela democratização, a alfabetização, a partilha cultural das diferentes
sociedades. Assim foi com a Grécia e a Roma antigas, para quem a humanidade se
voltou novamente depois de “mil anos de trevas” – com o Renascimento.
Também na América
latina, os povos deixaram de estar dependentes daqueles que lhes indicavam o
que lhes convinha. Iniciaram um processo de aprendizagem pelos seus próprios
meios – já sabiam ler, já podiam aprender por si, tinham a partilha das
experiências de libertação, que só a cultura dá, e seguiram o exemplo e a
liderança dos seus pares.
Foi assim que se
libertaram dos Pinochet, Castelo Branco, Costa e Silva, Videla, Viola,
Fulgencio Batista e tantos mais que abundavam o Sul daquele continente.
Todavia, passado algum tempo, depois dos vencidos terem recuperado, sempre que punham em risco o exercício do poder dos EUA e do que estaria predefinido para aquelas paragens, por parte dos presidentes em exercício no Norte, algo corria mal.
Todavia, passado algum tempo, depois dos vencidos terem recuperado, sempre que punham em risco o exercício do poder dos EUA e do que estaria predefinido para aquelas paragens, por parte dos presidentes em exercício no Norte, algo corria mal.
Pugnava-se pelo
exercício de uma “real e autêntica democracia”, só com um senão – tinham que
saber interpretar e cumprir as determinações do dono da democracia, através dos
seus “braços armados”. As múltiplas Agências do poder americano, tão bem
representadas pelo seu actual líder, dominavam a divulgação das suas
“beneméritas” e “altruístas” actividades, através das infindas séries
televisivas.
Assim tem sido a
propagação “cultural” do Norte – uma nova dinamização cultural… baseada na Tv.
Voltando à cultura
autêntica, que é fruto das realizações dos povos, apercebemo-nos de quão frágil
é a nossa preparação para resistirmos ao controlo da sua disseminação facciosa
e tendenciosa; esta, sim, uma autêntica catequização do novo mal. Para tal,
bastou um paciente trabalho de sapa para congregar em sua volta a arma mais
poderosa que, até então, os poderia enfrentar e denunciar – a comunicação
social. Conseguiram-no!
Não, não foi pela
corrupção – que, a isto não chamamos corrupção –, chamaremos de traição:
venderam-se e continuam a vender-se por um prato de lentilhas.
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