“Mandem os fuzileiros procurar Passos Coelho
Passos Coelho
desapareceu, deixou de se ver desde que foi beber ponchas na Madeira e a bezana
lhe deu para dizer que o PSD era o partido mais português e que na hora das
decisões caramba que só ele as sabia tomar. Desde então apareceu a Teresa
Morais a inventar mortos e o Hugo Soares a dizer que o armário de Costa estava
cheio de cadáveres não contabilizados como vítimas do Estado gerido pela
geringonça.
Como Passos não
apareceu ainda com os burrinhos na areia da Manta Rota e, tanto quanto se sabe,
ainda não foi andar por aí, há forte motivos de que tenha ido em busca de
cadáveres perdidos ou de suicidas pendurados nas árvores em consequência da
ausência de António Costa. Com tantos incêndios é possível que o desgraçado
tenha sido ele próprio uma das vítimas por contabilizar e só isso explica que
tenha desaparecido, entregando o partido ao cuidado daquele senhor com umas
faces tão rosadas e uma linguagem tão primária, que faz lembrar um taberneiro.
Não, Passos não
desapareceu, é uma pena, mas deve estar bem de saúde. O que Passos está fazendo
é algo tão sinistro como inventar vítimas de suicídios. Ainda que não seja
grande coisa a experiência de governante deve ter sido suficiente para saber
que a investigação não é competência do governo e se mandou a Teresa ou o
taberneiro falar de listas de mortos foi apenas para enganar o país. É por isso
que anda desaparecido, para não dar a cara pela manobra suja que promoveu.
Aquilo a que o país
tem assistido é a manobra política mais suja e asquerosa a que o país assistiu,
foi Passos Coelho que a concebeu, que a tem dirigido e é por isso que tem estes
desaparecimentos intermitentes, para que a sua imagem não fique associada ao
oportunismo sem limite, ao aproveitamento político do sofrimento alheio e ao
deseja descarado de que se multipliquem as vítimas e os incêndios. Não é a
primeira vez que um incêndio ajudou um canalha a chegar ao poder.
Nunca o PSD desceu tão
baixo, ninguém vê Passos Coelho e a sua equipa dar qualquer apoio, mostrar o
mais pequeno sentido de Estado. Eles não aparecem na desgraça para motivar os
bombeiros, para confortar as populações. Passos aparece quando tudo passou para
cobrar votos, para cobrar pelo sofrimento alheio.
É por isso que
desaparece de vez em quando, enquanto manda a Teresa e o taberneiro fazer o
papel triste aguarda por mais uma qualquer desgraça, que ocorra mais um roubo,
que uma qualquer maluca em busca de “algo” apareça a inventar mortos, que um
oportunista sem escrúpulos de uma qualquer Santa Casa lhe diga que sabe de
suicídios. Há os que bem ou mal combatem os incêndios e dão a cara junto de
quem sofre e há os que estão no conforto da sua escassa esperando que a
desgraça alheia os ajude nas eleições.”