quinta-feira, 23 de maio de 2013

QUE NOME SE DÁ AO PAI DA PROSTITUTA…?




Estou de veras (infelizmente, mais uma vez) desiludido e indignado com as posições assumidas no último Conselho de Estado. Esta minha indignação não resulta daquilo que por lá se debateu mas, tão-só, da velada (ou descarada) proibição de se relatar o ocorrido.

Estando nas minhas cogitações fugiu-me o olhar para um post-it que tenho colado por cima do monitor do computador com uma citação de Bertolt Brecht:

Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo(Bertolt Brecht).


Foi, então, que me ocorreu uma dúvida:


Que nome se dá ao pai da prostituta…?


sexta-feira, 17 de maio de 2013

DIÁSPORA DOS JUDEUS SUECOS





Seria uma análise muito simplista comparar o genocídio do povo Judeu durante a 2ª Grande Guerra Mundial com a inquisição que grassou na Europa entre os Séculos XIV e XVIII. Levar-nos-ia, quiçá, a adoptarmos atitudes de meros simpatizantes das vítimas ou, o que seria muito mais grave, justificarmos as atitudes dos carrascos.

Todavia, os algozes deste povo, quer no passado remoto quer no mais recente (no Século XX) não se quedaram só pela aniquilação de um povo; arrolaram aos seus mais pérfidos argumentos todas aquelas minorias que poderiam, segundo a sua visão dominadora, pôr em perigo a hegemonia dos poderosos opressores.

No passado, a orientação do genocídio teve como protagonista a liderança clerical da Igreja Católica. Não o fez enquanto humilde seguidora dos ensinamentos de Cristo, mas sim através dos continuadores do “Império Religioso” com o qual queriam conquistar o mundo. A conquista não se faria pelas armas; seria elaborada nas intrigas palacianas, na arbitragem dos conflitos políticos entre os reinos de então e na homologação dos títulos dos governantes. Isto não era a Igreja, era, tão-só, a ganância dos homens que se sujeitavam a envergar a sotaina (fosse qual fosse a cor) para atingir as suas ambições (tal como o que tem acontecido na cúria romana).

No Século passado, o nazismo e o arianismo, movidos por ambições desmedidas, imbuídos de fanatismos de limpeza étnica e de afirmação de superioridade rácica, adoptaram atitudes semelhantes – limpeza étnica e extermínio.

Hoje, Século XXI – contemporaneidade –, os judeus correm o risco de sofrerem atitudes semelhantes. Não quero entrar em discussões argumentativas de que eles (referindo-me aos Judeus habitantes de Israel, os quais em grande parte nem judeus são) também têm atitudes semelhantes para com os palestinianos. Esse será um outro problema; grave, mas diferente. Quero somente referir-me aos Judeus Suecos.

O anti-semitismo tornou-se um traço de carácter de Malmö, na Suécia.

As razões são muitas e diversíssimas. Mas, talvez não fosse impensado questionarmo-nos sobre as divisões criadas na Europa contemporânea:

- O que divide os países do Norte dos do Sul, na Europa?

- Porquê, contrariando todas as disposições contextualizadas nos diversos Tratados da EU, cada vez mais se acentua a falta de equidade entre os povos que a constituem?

- Porque é que o investimento na Europa está a deixar de ser feito em estruturas que geram emprego e riqueza, para, cada vez mais, se investir em “títulos” financeiros que somente geram especulação e enriquecimento de minorias capitalistas ínfimas (banqueiros e afins)?

- Porque é que, sempre que nos referimos aos conflitos na Europa (principalmente, durante o último século) a Alemanha e os seus líderes estão-lhes associados?


As respostas podem ser diversas, mas os meios utilizados são os mesmos…!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SERÁ O PRENÚNCIO DE UMA NOVA TEOCRACIA…?





Até Cristo separou os interesses terrenos, políticos e financeiros das conveniências celestiais, religiosos e de solidariedade social, quando afirmou “dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21).

É, portanto, errado – ou, pelo menos, de mau gosto – confundir a “beatice” do Presidente, da sua mulher e dos fundamentalistas religiosos (de quem Jesus, já naquele tempo, reclamava “Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície!) com o Cristianismo ou com qualquer outra religião, seja ela qual for…

Quando o Presidente diz “penso que foi, como a minha mulher me disse várias vezes, uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima e do 13 de Maio”, demonstra uma realidade bem diferente daquela que pretende fazer-se notar:

1º - Convenceu-se que é assim, porque a mulher lho "disse várias vezes”;

2º - Demonstra não ter opinião própria e defende, tão-somente, a opinião da mulher;

3º - Contrariamente a uma aparente conversão religiosa, opta pela atitude dos fariseus – seita a quem Jesus Cristo chamou de hipócritas, comparando-os a sepulcros –, transformando-se, assim, em defensor de uma nova corrente política/religiosa;

4º - Demonstra uma enorme contradição como Presidente de um Estado laico, ao defender aquilo a que se pode chamar de nova teocracia em que os governos exercem no cumprimento da vontade divina. Embora mal comparado, faz-me lembrar a queda do Xá da Pérsia e a tomada do poder pelos Ayatollah.

Se não for nenhuma destas quatro situações enunciadas, então aconselho vivamente o Sr. Presidente a consultar um médico, pois esta confusão apresentada poderá ser um sintoma patológico grave que, creio, poderá ser impeditiva de continuar a presidir este País.

As melhoras…!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

INFORMAÇÃO OU DESINFORMAÇÃO





Esta é a situação da imprensa, segundo a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação. Dados de Janeiro-Fevereiro de 2013.

Dá que pensar:

- Quem vende mais?
- Qual a razão…?
- Qual o público-alvo?
- Que tipo de informação é produzida…?


Seria bom perder um pouco de tempo e debruçarmo-nos sobre os números e gráficos apresentados. Talvez compreendêssemos como é possível que um governo como este que temos ainda se mantém no poder…